Um Recomeço - #1 Trilogia Recomeço |DEGUSTAÇÃO|

Capítulo 18 - Finalmente

O jantar ficou num clima pesado, depois que perguntei sobre a pessoa da foto. Quem será ela? Se não fosse importante não estaria em sua sala, e ele, não teria ficado tão tenso. Antes mesmo de racionalizar sobre as consequências, abri a minha boca.

— Sabe Bryan, estou meio confusa. Fico pensando. Por que uma pessoa teria fotos de outra se não fosse alguém importante? — Descansei o rachi na caixinha da comida chinesa. Coloquei os cotovelos na mesa, apoiando a cabeça nas mãos, fiquei olhando para ele, esperando sua resposta. Bryan pegou a taça e tomou um gole de vinho.

— Tenho que ficar explicando o que passou em minha vida, que não importa mais? — O tom de voz mostrou que não estava à vontade. Icei as mãos em sinal de rendição.

— Sem problemas, Bryan. Isso me dá o direito de fazer o mesmo. — Peguei o rachi e continuei comendo, sem olhar para ele. Ele bufou e continuou comendo.

— Gostou da comida? Eu sei que não é muito elegante comer na caixinha, mas achei que não se importaria. — Pegou minha mão, em cima da mesa e me olhou com carinho.

— Hum... Deliciosa... Gosto mais quando você sai do modo empresário. — Brinquei. Ele arqueou as sobrancelhas, questionando:

— Modo empresário, é? Em qual modo estou agora? — Inclinou a cabeça para o lado, com um sorriso provocante nos lábios.

Quando estou com o Bryan não consigo resistir aos seus olhares. Mesmo tendo certeza de sair em desvantagem do relacionamento, sempre me desconcentro do que é importante.

— Modo divertido, galanteador e tenta...dor! — Suspirei, quando terminei de praticamente balbuciar as palavras. Ele não hesitou em levantar-se e vir até mim. Estendeu a mão para que eu a pegasse. Levantei-me, pegando em sua mão e fiquei colada ao seu corpo, com sua mão em minha cintura, me apertando contra ele. O cheiro inebriante fez meus hormônios entrarem em ebulição. Fiz o que estava com vontade, desde o momento em que ele entrou na sala, depois do seu banho. Comecei a passar os dedos nos pelos do seu peito e sem o menor controle da minha libido, encostei o nariz onde meus dedos acariciavam e funguei.

— Tentador? Acho que isso é que é tentador. Se continuar com isso não conseguirei me controlar. — Ergui o rosto, olhando em seus olhos, encontrei-os queimando de desejo. Meu Deus! Qual será o santo que controla a libido das pessoas? Acho que nem que eu chame por ele irei conseguir me segurar. Meu cérebro começou a trabalhar na velocidade do trem-bala. Em questão de segundos, passaram várias coisas pela minha cabeça: meu trauma, meus tabus, Pietro, Ethan me dizendo para aproveitar. Abaixei a cabeça – sem saber o que fazer.

— Você precisa se entregar Beatrice. Não pense demais. — Elevou meu queixo com o indicador e pousou um beijo casto em meus lábios. — Farei tudo o que for preciso para você acreditar que não quero me aproveitar de você. — Abracei-o com força, apoiando o rosto em seu peito. Bryan retribuiu o abraço, passou os dedos pelos meus cabelos – ainda úmidos do banho –, e beijou o topo da minha cabeça.

— O que quer fazer agora? Ainda está cedo para dormimos. Quer assistir a um filme? — Sem encontrar forças para responder, apenas acenei com a cabeça. Ele colocou as mãos em meus quadris – me puxando para cima.

— Coloque suas pernas na minha cintura, minha menina. — Fiz o que me pediu e passei meus braços pelo seu pescoço. Senti o impacto da sua ereção contra meu sexo e o inevitável arrepio subiu pelo meu corpo. Vendo minha reação, deu um sorrisinho de canto.

— Fico feliz que você sinta o mesmo que eu, Beatrice. — Ele consegue me decifrar, fazer eu me desmanchar em seus braços. Consegue trazer à tona o que escondi dentro de mim – por muito tempo. Comigo em seu colo, caminhou até o sofá, em frente à TV, sentou-se, me encaixando corretamente – nele. Senti-me segura, coloquei meu rosto em seu pescoço e comecei a torcer uma mecha do seu cabelo. Seu corpo ficou tenso, imediatamente.