Capítulo 11 - Olá

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Olá :

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Olá :

Henry e Luna concordaram comigo em ficarmos em um Hotel. Quando descemos do avião fomos direto para as portas da frente do Aeroporto onde Luna encontrou um Táxi que iria nos levar direto para o hospital. Henry sentou na frente e Luna ficou atrás comigo.

- Estou passando mal - Falo colocando as mãos na barriga.

- Isso é normal você está nervosa não sabe como as coisas vão ser.

- Amber vamos chegar daqui apouco, você quer que eu entre no quarto com você ?

- Não precisa, acho que quero ficar sozinha com a minha irmã.

- Okey, mas eu vou ficar com na porta se precisar de mim - Henry fala.

- Corrigindo nós dois vamos ficar, se esqueceu estamos aqui pra ajudar. É isso que vamos fazer - Luna fala segurando minha mão.

Eu encosto minha minha testa no vidro e sinto novamente um frio nas pontas dos dedos das mãos. Então eu ouso uma chuva fina e fria começar, exatamente como na última vez que estive aqui, mas desta vez ela não é aconchegante. Quando o carro para de andar eu sei que chegamos no Hospital mas eu não olho para o lado de fora continuo encarando a palma da minha mão.

Luna sai do carro e abre a porta pra mim, Henry já saiu do carro e está estendendo a mão pra mim, eu encaro sua mão por alguns segundos e depois seguro ela. Henry segura minha mão me fazendo caminhar em direção a porta principal do hospital, Luna anda ao nosso lado. O Taxista combinou de ficar nos esperando, era hora do intervalo dele. Henry já tinha explicado a situação. Nem mesmo a leve chuva consegui me fazer andar mais rápido.

Quando entramos no hospital Luna vai direto nas enfermeiras perguntar onde eu posso encontrar Jackie Liu, Henry continua ao meu lado. Dentro do hospital está frio não tem muitas pessoas, apenas alguns adultos e algumas crianças. As enfermeiras explicam que ela está no segundo andar e que o corredor está com praticamente toda a família.

- Vamos ? - Luna pergunta apontando para o Elevador.

Henry me olha esperando que eu responda, mas ele percebe que eu simplesmente não consigo responder. Então ele mesmo responde por mim.

- Sim vamos, ela não está bem fisicamente pra subir as escadas.

- Concordo - Luna anda até o elevador.

Minha mente está a milhões, eu não sei o que vou disser e nem se eu falar algo ela ira escutar. Está tudo indo contra mim. E eu simplesmente não posso controlar isso. Quando as portas do elevador se abrem eu olho para a frente rapidamente e vejo todos os meus familiares.

Todos eles espalhados por acentos com os rostos enterrados nas mãos e chorando, eu tento encontrar a minha mãe mas só vejo tios, tias e primas. E alguns amigos da minha irmã. Eu passo por eles de cabeça baixa, eu realmente não quero ser agarrada nesse momento por muitas pessoas. Luna e Henry parecem saber disso e me seguram perto de si para que ninguém possa me tocar. Eu me sinto tão frágil.

- Onde a Jackie está ? - Luna pergunta para uma das minhas tias.

- Como você está Amber ?

Eu não respondo.

- Ela só quer ver a irmã dela Senhora.

- Ok - Ela arregala os olhos na direção de Henry - O quarto no final do corredor, não tem ninguém lá dentro. Sua mãe foi almoçar e volta só mais tarde, obrigamos ela a descansar um pouco.

- Ok - Henry me vira e ergue minha cabeça em sua direção, me segurando pelos ombros - Você consegui entrar lá sozinha tem certeza ?

- Eu não tenho certeza de nada...

- Vamos fazer assim, nós dois vamos na porta e se você precisar ou mudar de ideia sobre ficar sozinha é só nos chamar. Vamos ficar lá todo o tempo, é só nos chamar.

- Não seria melhor uma tia ficar com ela ? - Minha tia novamente fala.

- Não - Falo fria e seca, essa tia infelizmente foi a mesma tia que descobriu sobre a traição do meu pai e não contou pra minha mãe durante 2 meses. Minha mãe nunca perdoou ela e nem mesmo eu.

Luna e Henry me levam até a porta do quarto, andando pelo corredor eu sinto meu coração ficando cada vez mais rápido até que seja impossível controlar ele ou controlar a minha respiração.

Luna e Henry me soltam e ficam atrás de mim esperando eu abrir a porta. Sabe aquela sensação de que você está indo em direção a algo ruim, quando eu estava muito perto de abrir a maçaneta eu senti aquilo. Mas eu não podia parar agora então eu abri a porta rapidamente, quando entre tentei olhar para a parede e não para a cama que eu já sabia onde estava. Eu fecho a porta devagar e sinto que alguém também está fechando ela do lado de fora então solto a maçaneta e começo a andar em direção a cama com os olhos fixos no chão.

A cada passo sinto o meu coração se machucando e doendo cada vez mais, seria mais fácil simplesmente sair correndo daqui. Eu me aproximo o suficiente da beira da cama e ergo os olhos. E vejo seus lindos olhos escuros.

- Olá Amber - Ela fala com muito esforço.

- Oi Maninha.. - Respondo começando a chorar.


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