Especial Henry : Conversando :
Eu sabia onde Donghae estava, naquele horário ele sempre ficava numa cafeteria , bebendo um chá e lendo algum livro. E como previsto, ele estava lá. Bem na hora certa. Sentando numa das meças brancas que me fazem lembrar Paris, ele lê um livro branco e não se importa com o barulho ao seu redor.
Eu me aproximo devagar pra tentar não chamar atenção. Mas ele tira os olhos do livro e me vê. Como de costumo ele sorri, fechando o livro deixando apenas uma pequena dobra pra não perder a página que estava. Eu me sento na sua frente e suspiro.
- Como você está ? - Ele coloca suas mãos sob a meça e as une.
- Estou bem e você ?
- Estou ótimo.
Pronto - Penso, já passamos da primeira fase que Amber permitiu a gente enrolar. Mas faltou o oi.... e agora ?
- Oi ! - Falo sem querer, só pra completar todas as fases que posso e demorar o máximo possível pra perguntar.
- Hããã - Ele ri - Oi Henry. Você está mesmo bem ?
- Na verdade não...estou com uma coisa entalada na garganta e tô quase surtando.
- Me diga o que é então.
- Donghae - Suspiro e fecho os olhos...mas caramba eu realmente não consigo falar sobre isso - Eu não consigo...
Me alevanto começando a ir embora, sabendo que decepcionei ele, mas então sinto uma mão segurar o meu Antebraço e me fazendo parar de andar. Quando olho pra trás vejo DongHae com uma feição surpresa.
- Vamos - Ele solta meu Antebraço e começa a caminhar em direção aos dormitórios masculinos. Eu sigo ele como ele ordenou. Ele fica a alguns poucos metros a minha frente. Quando percebo chegamos no nosso quarto compartilhado que temos aqui na Universidade. Ele fecha a porta e eu me sento na beira da minha cama - Fala Henry.
- Eu não poço - Me alevanto querendo ir embora de novo, mas quando eu coloco a mão na maçaneta Donghae me vira contra a porta e me prende - Eu solto você, mas vai ter que me contar o que está acontecendo.
Eu concordo com a cabeça e ele se afasta ficando de pé. Eu volto a me sentar na beira da cama novamente juntando as mãos na minha frente. Estou tão nervoso que fico com as mãos descontroladas e o pé direito batendo no chão.
- Eu...- Suspiro e fico com raiva de mim mesmo, eu realmente não consigo falar.
- Tá vamos começar com a parte fácil. O assunto tem a ver com o que rolou entre a gente depois que você voltou da tal viajem ?
- Sim....- olho pra ele - e não.
- Como assim ?
- Não tem a ver necessariamente o anexo nisso mas.... Donghae acho que não é novidade pra ninguém que eu sou Gay. Mas...
- Você quer ficar longe de mim ? - Ele arregala os olhos. Não credito que ele teve essa reação.
- Não.
- Ata - Ele parece aliviado, ou a minha mente está criando isso pra me iludir - Você pode me contar o que quiser ?
- Eu sei.... - Olho fixamente para Donghae - Eu..amo você.
- Qual era o problema de me contar sobre isso ?
- Eu não sei... talvez por que você não é assumido ou sei la. Tipo, podia ter sido apenas curiosidade eu não sei - Percebo que meinhas bochechas estão molhadas eu nem senti que estava ficando emotivo.
- Ei - Ele se ajoelha na minha frente - Você não foi uma prova ou qualquer coisa do tipo. Eu também amo você meu Violin Prince - Ele limpa um lágrima dos meus olhos - Era só isso que queria me contar ?
- Por que você e o seu pai brigaram aquele dia ? Você não me contou o que aconteceu.
- é complicado de explicar - Ele se senta ao meu lado - Quando eu tinha 9 anos eu conheci um menino que morava do outro lado da rua. Uma vez meu pai estava voltando de casa mais cedo por que a reunião no trabalho tinha acabado mais cedo. A minha irmã tinha ido estudar no quarto dela e eu tinha ficado sozinho. Então eu fui brincar com esse menino, ele e eu estávamos brincando como sempre fazíamos mas eu acabei caindo no chão a brincadeira de lutinha acabou terminando em um selinho... - Ele suspira longo - Meu pai acabou nos vendo quando estava colocando o carro na garagem, ele empurrou o menino no chão e depois me agarrou pelo braço me puxando até dentro de casa. Ele me colocou contra a parede repetindo coisa do tipo.... " Você tem que ser um homem de verdade ! " " Você está tentando me matar de desgosto !". Ele estava realmente bravo ficava me jogando contra a parede apertando os meus braços, mas eu jamais pensei que ele iria.... meu pai me deu um soco. Eu cai no chão e de repente a minha mãe chegou e afastou ele de mim. A minha irmã e a amiga dela desceram pro corredor e me levaram pro banheiro cuidar do ferimento.
Ele segura uma das minhas mãos e me olha fixamente.
- Henry... eu não assumia por que tinha medo que isso acontece-se de novo por eu ser "famoso" na escola por causa do time. Mas o meu medo não era por causa do "perigo de destruir a minha reputação " o meu medo é que dessa vez quem fosse sofrer com todas as palavras e os socos e tudo...fosse você.
- Mas... por que não me contou sobre isso ?
- Eu não sei. Acho que não existe motivo. Mas seria babaca demais não andar de mãos dadas com você - Ele passa a mão pelo meu rosto, se aproximando e me beijando.
Eu abro o maior sorriso do mundo.
- Então... eu poço me chamar de seu namorado ?
- Sim pode - Ele segura minha outra mão.
- E a sua família ?
- Minha irmã e a minha mãe não tem problemas com isso. E meu pai.....bom quem se importa. Tanto faz.
- Certeza ?
- Sim tenho, você é a minha família. Sempre foi Meu Violin Prince.
- Meu deus eu preciso ir até a Amber ! Ela pediu pra mim contar pra ela o resultado da conversa.
- Ok eu também tenho que ir agora, tenho treino - Ele se alevanta - Nos vemos depois então ?
- Sim com certeza.
Ele pega um casaco e me dá um beijo indo logo depois pro treino. Eu espero alguns segundo digerindo tudo que aconteceu e depois me alevanto. Acho que Amber ainda está na biblioteca eu preciso ir até ela.
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AMBER
FanfictionAmber Josephine Liu acaba de iniciar sua tão sonhada faculdade de Arquitetura, um presente maravilhoso que ganhou de sua mãe quando completou 20 anos e decidiu se mudar de Los Angeles Califórnia, para São Diego. Estava tudo planejado, antes mesmo de...