Capítulo 3: Encontro Turbulento

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03 de Janeiro de 2018
São Paulo, SP - Brasil

Logo pela manhã alguém bate na porta.

- Já vai, quem é? - Pergunto.

E uma voz feminina do lado de fora responde;

- ahnn.. Bom dia, deslcupe incomodar, eu  gostaria falar com o Guilherme. Ele se encontra?.

Clack...(barulho de chave)

- sim, sou eu - digo enquanto abro a porta e me deparo com duas garotas, uma baixinha e franzina de aparentemente 14 anos de pele negra com cabelos pretos cacheado, com um olhar castanho bem intenso, que passava confiança e vestida uma calça jeans clara e uma blusa azul com uma águia que parecia um brasão, e outra já tinha por volta de 1,70 de altura e aparentava ter por volta de 17 a 18 anos de idade, com cabelos loiros e olhos verdes estranhamente familiar, com uma blusa regata banca com nomes em inglês e um short jeans azul, e ela disse;

- Podemos entrar? Não se preocupe não estamos aqui pra roubar nada. - falou sorrindo.

Hesitante, mais as convidei a entrar, pensei comigo - elas são só duas garotas é óbvio que elas não vão fazer mal algum, mesmo estando em uma cidade como essa. - Pelo menos era isso que eu queria acreditar.

- Entrem.

- Obrigado. - disse a mais alta.

Assim que fechei a porta a mais nova disse;

- podemos conversar agora?, meu nome e Rafaela e essa é a Clarice!

As duas ficaram em pé, e ficaram olhando a decoração da sala, a Clarice se dirigiu a janela e olhando para a rua la fora perguntou;

- tem alguém em casa?

- Não, só eu.

- nós viemos aqui pegar uma coisa que me pertence e que está com você.

Mesmo ela falando uma coisa tão direta e que não fazia sentindo, ela não soava como uma pessoa grossa ou ignorante.

- Eu não tenho nada seu, deve ter se confundido.

- Não, não estou enganada! - ela disse com tanta confiança que eu cheguei a acreditar.

Quando percebi já estava começando a chover aos poucos a chuva foi ficando mais forte e um clima foi ficando úmido e frio.

Rafaela só ficava olhando as fotos que ficavam na parede, como se aquela situação foi a mais normal do mundo.

Clarice - você não percebeu mais eu deixei uma coisa com você ontem.

Agora eu lembro de onde conhecia ela, foi ela que esbarrou em mim ontem, quando eu saía do quarto.

Fiquei tão exaltado que bati as mãos uma na outra como se eu tivesse desvendado um grande mistério, fazendo a garotinha parar de olhar para os retratos e olhar para mim com um semblante de susto, ai eu disse;

- Eu sabia que te conhecia mais você tá diferente, ontem seus cabelos eram pretos...

- eu estava usando uma peruca, mais eu preciso que me entregue o que eu deixei com você.

Me perguntei o porque ela estava com peruca, e comecei achar toda aquela situação estranha não que já não tivesse achado mais agora faz mais sentido, pelo o que ela disse ela "deixou", o que quer disser que foi proposital, e a duvida mais importante o por que ela deixou comigo se é que ela deixou alguma coisa.

- olha, não sei se você entendeu mais eu não tenho nada seu.

Falei com aspereza o que fez com que eu me sentisse o fodão, na minha cabeça se eu fosse rude com elas, elas iriam embora e me deixavam em paz. Mais ai à Clarice, nem sei se esse é o nome dela mesmo, disse;

- olhe no bolso da sua jaqueta, a que você estava vestido ontem. Você esta com ela ai não está?

- Ann...sim. - respondi tentando lembrar.

- pegue ela por favor. - falou a menina franzina, que se dizia chamar Rafaela.

- Espere aqui, já volto.

Em quanto caminhava em direção ao quarto, já estava pensando se dava meia volta e falava que não ia ver jaqueta nenhuma e madava elas irem embora, ou saia pela janela do quarto e chamava a policia.

- deixa de ser besta, pega logo essa jaqueta mostra que não tem nada, assim elas vão embora - falei baixinho, sussurrando sozinho enquanto abria a mala que já estava pronta para a viajem de hoje de noite. Peguei a jaqueta, meti a mão em um bolso e só tinha umas balinha de café,  coloquei a  mão no outro bolso e puxei o que tinha dentro. - deve ser só outra balinha. - quando abri a mão lá esta não uma balinha, mais um pen-drive em forma de nemo.

-Viu!

Levei um susto e me virei pra ver quem tinha falado isso, e vi ela, Rafaela, nesse momento tive a impressão de que já tinha visto ela antes...

- você não pode aparecer assim. - disse com coração acelerado.

- foi mal. - estendeu a mão enquanto andava em minha direção.

Estava preste a entregar o pen-drive  a ela, quando..

Clarice bate a porta do quarto de uma vez e fecha com a chave que estava na maçaneta e fala ao mesmo tempo - temos que ir embora agora!

-por quê? - Eu perguntei sem entender nada.

Logo após escutei alguém bater na porta.

- Isso aqui já ta muito estranho, eu vou ver quem é e já aproveito pra levar vocês ate a porta! - falei enquanto abria a porta. - Gostaria de dizer que essa nossa conversa foi proveitosa, ehh mais não foi né, então...

Antes que eu pudesse terminar de falar a Clarice, fechou a porta com força passou a chave

e botou no bolso e depois disse;

- Vamos sair pela janela! - sua preocupação estava visível.

- de novo não. - disse a Rafaela enquanto abria a janela e subia na cama quefica do lado da mesma.

- Que meda é essa? - perguntei com raiva. -que palhaçada e essa aqui? Vocês duas entram aqui falando que eu estava com uma coisa sua que você mesmo colocou na minha roupa. - apontando para Clarice. - ai agora não deixam eu abrir a porta para ver quem é, e ainda por cima querem que eu saia correndo pela janela do quarto, sem contar que está caindo um toró lá fora.

Continuaram a bater na porta, dessa  vez chamando meu nome.

Vocês vão me explicar o que tá acontecendo? - perguntei para as duas enquanto cruzava meu braço.

- tem pessoas atrás de nós, e não vão pensar duas vezes em acabar com agente.! - Falou a Gabriela enquanto pulava da janela e já do lado de fora ela chama Clarice para pular também.

Nesse mesmo instante começo a sorrir desesperadamente que até saiu lágrimas dos meus olhos. - vocês são hilárias.

Me recompondo um pouco digo;

- ai ai, primeiro se fosse verdade vocês já tinham ido embora, e segundo se fosse verdade vocês não iam falar assim logo de cara, ninguém faz isso vocês nunca assistiram filme não? - pergunto com deboche.

- Tem razão - falou Clarice enquanto subia na janela e pulava.

As duas saíram correndo na chuva e pularam o murro da casa dos fundos, ate sumirem.

- Ahhnh?, tá bem então, podem ir embora e me deixar aqui no vácuo.  - falei enquanto me recompunha. - Eu vou ficar aqui no quarto, não correndo de ninguém. - gritei pela janela na esperança delas poderem ouvir.

Perseguidos #CPOWOnde histórias criam vida. Descubra agora