Capítulo 5 : Continuar

15 10 9
                                    

04 de janeiro de 2018

Mesmo com os olhos fechados percebo que esta claro, luto comigo mesmo um lado meu esta cansada de fugir e quer dormir mais e o outro quer levar e sair dali o mais rápido possível.

- Acorda! - ouço a voz de Clarice me chamado.

Quando abro os olhos vejo que ela e o Guilherme já estão de pé.

- Vamos Rafa, levanta temos que sair daqui. - falava Clarice me estendendo a mão.

- Tá bom. - falei segurando na mão dela e me levantando. - obrigada.

- Bom dia! - disse o Guilherme acenando para mim.

- Oi, bom dia. - respondi enquanto passava as mãos nos olhos.

- Vamos lá, vamos pegar nossas coisas.  - disse Clarice pegando o pesqueiro dela do chão.

- Pegar o quê?, e onde? - perguntou Guilherme.

- Nossas mochilas, dinheiro essa coisas. - respondi, espalmando minhas roupas para tirar o exceço de poeira. - alugamos um quarto em um rostel.

- e por que não fomos para lá ontem? -perguntou ele.

- por que estávamos sendo procurados, tínhamos que sair das ruas, e se fossemos eles poderiam no seguir até lá,isso acabaria envolvendo mais pessoas inocentes. - respondeu Clarice descendo as escadas.

Todos saímos do prédio em construção, que ainda estava com o térreo alagado por causa da chuva de ontem. Seguimos por quase um quilómetro e meio até uma parada de ónibus. Chegado lá Guilherme fala;

- Eu ia perguntar o por que de não ter ficado na parada que passamos lá atrás, mais acho que já tenho minha resposta.

- Qual é? - pergunto.

- É que lá é perto de onde estávamos,  e não seria bom ficarmos naquela area!? - respondeu ele perguntando com insegurança.

- É isso mesmo. - respondo.

- Isso!! - falou comemorando. - é que eu sou novo nessa coisa de fugir.

- você se acostuma! - disse Clarice enquanto fazia parada para um ónibus.

Subimos no ónibus e ficamos em pé perto da porta dos fundos.

- Para onde vamos mesmo? - perguntou Guilherme.

- Zona leste. - respondi

Depois de alguns minutos descemos do ónibus e caminhamos por uma avenida.

- tá tudo acontecendo tão rápido, quatro dias atrás eu estava em coma e agora eu to sendo perseguido por uma... Organização do mal, empresa do mal, nem sei como falar..

- que tão grupo criminoso? - Perguntei.

- acho que esse serve.

Guilherme tinha razão, ele nem teve tempo de colocar os pensamentos em ordem e já foi arrastado, para esse mar de inseguras e perigo que é nossa vida pós-UniGroup.

O dia estava quente, suamos com a caminhada da parada de ónibus até o rostel.

- Vamos pegar nossas coisas e já voltamos, você fica aqui vigiando e qualquer coisa entranha venha nos avisar. - Clarice falou para Guilherme enquanto entrávamos na casa, e ele ficou de baixo de árvore bem na frente da casa.

Começamos a guardar  as roupas em nossas mochilas, eu peguei uma blusa que estava no quadra-roupa e troquei pela a que eu estava vestida, depois troquei a minha calça suja por um short. Clarice fez o mesmo trocou sua blusa regata por uma camisa normal e pós uma calça no lugar do short. Terminamos de quadrar nossas roupas e coloquei o notebook na minha mochila e saímos do quarto. Nos despedimos de todos os outros hospedes e da família dona da casa.

Do lado de fora a rua estava movimentada. Pessoas andando para cima e para baixo todas indo trabalhar, estudar, fazer compras e alguns só estavam conversando nas portas de sua casa. Não consegui parar de pensar na vida que "jogamos fora", para fazer o certo. Uma vez Clarice disse que estávamos fazendo isso para recuperar a vida que perdemos assim que UniGruop entrou em nossas vidas, mais como vamos recuperar uma coisa que nem existia antes dela?


* cometa ai se estão gostando, para saber se continuo ou não. E não esqueci de votar se tiver gostado

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 19, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Perseguidos #CPOWOnde histórias criam vida. Descubra agora