11. Vai me contar a verdade?

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Lucas estava do outro lado da porta carregando algumas malas. Um gosto amargo tomou o meu paladar, o cumprimentei e o ajudei a trazer as malas para dentro de casa.

Depois disso fomos para o sofá e ele quis saber tudo sobre São Paulo:

- A capital é legal, tem bastante coisa, sabe?

Lucas ficou me encarando por uns segundos, então perguntou:

- Você está gostando daqui?
- Mais ou menos... Não aproveitei muito.

Nós somos melhores amigos, ele sabia que eu estava muito monossilábica. Desde que descobri a verdade eu fiquei mais quieta:

- E o Rio? É quente mesmo?
- Sim! O tempo inteiro!

Dei um sorriso para ele. Eu não poderia pedir um amigo/ namorado melhor do que ele. Ele me completava em todos os sentidos e agora eu poderia perder tudo isso...

Conversamos mais um pouco sobre trivialidades, então Lucas mandou a real:

- Nanda, você está estranha...
- Eu?

Minha voz afinou quando eu perguntei, quase como um apito, e ele sabia que só acontecia isso com a minha voz quando eu estava mentindo.

- Tem alguma coisa que você precisa me contar?
- Nada não... - minha voz saiu fina de novo, droga!
- Tem certeza?
- Tenho... - engoli em seco.
- Certeza absoluta?
- Absoluta, absoluta!

Respirei fundo algumas vezes, então ele disse:

- Nanda, eu te conheço desde os 7 anos de idade e sei o que a voz fina significa...
- Sabe?
- Sei! Significa que você está mentindo. Nosso relacionamento só deu certo até aqui porque a gente foi sincero, nunca escondemos nada um do outro...
- Eu sei! Eu sei - interrompi ele.
- E então? Vai me contar a verdade?

- E então? Vai me contar a verdade?

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O melhor de nós dois - Livro 02 (Série Família Cavallero) [Concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora