CAPÍTULO 6

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Alice

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Alice

Acordo e não tenho forças para abrir os olhos. Sinto minha cabeça explodindo e aos poucos, as memorias do dia anterior voltam com força total. O estacionamento, a ligação, mamãe... Inevitavelmente algumas lágrimas escapam e rolam pelo meu rosto. Eu sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde, mas saber não diminui em nada a dor que estou sentindo. Mamãe sempre foi minha rocha, depois que perdemos o papai, ela foi tudo que me restou. Não tenho parentes vivos, meus pais eram filhos únicos, assim como eu e meus avós morreram quando eu era ainda bem pequena.

Mamãe me ensinou a lutar pelos meus sonhos, sempre me apoiou e aconselhou. Tudo que eu sou hoje, devo exclusivamente a ela. Sei que nada acontece por acaso e que tudo tem um propósito, mas sinceramente? Não faço a mínima ideia do que vai ser da minha vida de agora em diante e não sei se estou preparada para descobrir.

Abro os olhos tentando me acostumar com a claridade vinda da enorme janela, que vai do chão ao teto de uma parede inteira. Meu corpo todo dói, parece até que um trem desgovernado me acertou em cheio. Tento me sentar para me localizar melhor, mas um braço forte me impede. Olho para o lado e vejo o senhor Bennett dormindo profundamente.

Mais uma vez as lembranças da noite anterior invadem minha memoria, o hospital, o carro, Henry... A meu Deus... nós... ele... eu... Não consigo acreditar no que eu fiz. Acusatóriamente as palavras começam a se repetir como um mantra na minha cabeça, "Me faz esquecer"... E ele fez, apesar das circunstancias, foi a melhor noite da minha vida. Henry foi carinhoso, cuidadoso, safado na medida certa. Mas nada disso muda o fato de que pedi ao "MEU CHEFE" que transasse comigo, e como se isso não bastasse, pedi que tirasse minha virgindade.

Instantaneamente sinto minha intimidade pulsar ao lembrar daquilo tudo entrando dentro de mim, doeu para uma porra, mas assim que a dor inicial foi passando, senti um prazer que jamais pensei ser possível. Não sei como vou conseguir encara-lo, eu nunca devia ter ultrapassado essa linha, e se ele me demitir? Eu preciso desse emprego. Como se advinhasse meus pepensament, Henry se mexe na cama e eu rapidamente fecho meus olhos fingindo dormir. Alguns segundos se passam e tenho a sensação de ser observada, tento controlar minha respiração pedindo aos céus que ele não esteja escutando as batidas frenéticas do meu coração desenfreado.

- Bom dia! - Ele fala, mas permaneço com o meu teatro. - Sei que esta acordada Alice. - Sem pensar, abro os olhos na mesma hora e acabo me entregando. Henry solta uma gargalhada gostosa que arrepia todo o meu corpo. - Não vai me cumprimentar de volta? - Pergunta divertido e eu nego ficando mais vermelha que um tomate. - Vamos, estou esperando.

- Bom dia. - Respondo morta de vergonha.

- Dormiu bem? - Continua se divertindo com a minha desgraça e eu apenas me limito a assentir com a cabeça. - Esta dolorida? - Aponta para minha menina e se eu já estava vermelha, provavelmente fiquei roxa.

Submissão - Série Domados ▪ Livro 1 (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora