CAPÍTULO 7

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Alice

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Alice

Assim como prometido, Henry me levou até o banheiro e lavou meu corpo minuciosamente, depois me enxugou e entregou uma de suas camisetas para que eu vestisse. Fomos até a cozinha e ele preparou um delicioso desjejum com direito a frutas, pães e bolos. Jamais imaginei que um dia estaria tomando café só de camiseta e sem calcinha na cozinha do meu chefe. De certo modo, até que é bom.

- Você esta tão quieta. - Henry é o primeiro a quebrar o silencio confortável em que estávamos.

- Só estou pensando.

- Devo me preocupar? - Pergunta divertido e é impossível não sorrir quando vejo sua expressão travessa.

- Não. - Respondo e terminamos o café em silencio novamente.

Henry observa cada movimento meu, em alguns momentos parece que ele pode enxergar através de mim e isso me assusta. Ele me leva de volta ao quarto e nos vestimos, eu com as roupas do dia anterior e ele com uma calça jeans, camiseta branca gola 'V' e uma jaqueta de couro marrom. Seguimos para o estacionamento de mãos dadas e fizemos o percurso até o meu apartamento, da mesma forma. É gostoso sentir o contato de sua pele com a minha.

Abro a porta e instantaneamente posso sentir o toque da mamãe em cada cantinho. Ela me ajudou a pintar as paredes do apartamento, a escolher os moveis e colocar tudo em seu devido lugar. Quase posso ouvir sua risada e sentir seu carinho. Uma nova onda de lágrimas ameaça cair e antes que Henry perceba, peço que se sinta à vontade e corro para o meu quarto.

Respiro fundo diversas vezes na tentativa de me acalmar. Tiro as roupas usadas e as coloco no cesto de roupa para lavar. Escolho um vestido soltinho preto e sapatilhas nude, me troco e sei que chegou a hora de dizer adeus definitivamente. Henry me ajudou muito, me consolou em todo os momentos e depois me levou até as margens do rio Tâmisa, onde realizei o último desejo da mamãe jogando suas cinzas nas aguas escuras.

Na volta, ele insistiu que fossemos até o apartamento dele. Tentei de todas as formas que ele me levasse ao meu, mas discutir com Henry Bennett é o mesmo que discutir com uma porta e eu não estou no clima para discussões agora. Assim que chegamos, ele pediu que eu me deitasse até o almoço ficar pronto, nem questionei, eu realmente preciso de um momento sozinha para colocar a cabeça no lugar. Fiquei quietinha na cama, relembrando os bons momentos que passei ao lado dos meus pais. Por mais que pareça que estou sozinha, sei que eles sempre estarão comigo.

O tempo passou e eu nem percebi, só despertei quando ele veio me chamar para almoçarmos. A comida estava deliciosa e fiquei impressionada com a quantidade de coisas que ele preparou em tão pouco tempo. Mas então olhei para o lado e vi as embalagens de comida do estaurante onde Thony sempre almoça com seus sócios ou pede que eu reserve uma mesa para os almoços de negocios. Sorri com essa pequena trapaça e resolvi não comentar nada, afinal ele ja tem feito muito por mim.

Submissão - Série Domados ▪ Livro 1 (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora