as pessoas olham para nós e vêm um exemplo a seguir.
perguntam-lhes "o que é o amor?" e vem à mente a época em que me viram a esperar pacientemente por ti. 7 meses de espera. espera essa que talvez não iria acabar. mas acabou.
o amor é esperar e acreditar. é não desistir e não escolher o caminho mais simples. porque o amor não é simples. pode parecer simples nas músicas que tocam na rádio. pode parecer simples na voz de clarisse lispector, no ninho dos seus versos. pode parecer simples nas comédias românticas dos sábados à tarde. mas o amor não é uma música, não é um poema e não é um filme. sim, o amor dança-se. sim, o amor escreve-se. sim, o amor ri-se. mas o amor não se sabe de cor como a letra de uma música (e não se assobia em meio do tédio). o amor não se interpreta como um poema. o amor não está num ecrã e não se baseia em efeitos especiais.
o amor vai além de qualquer dimensão. é por isso que não é permitido conhecê-lo na totalidade.
mas uma parte dele é.
em ti, eu sinto o amor. eu beijo-o quando o encontro desprevenido. eu dou-lhe o braço, a mão, o dedo mindinho. eu vejo-o ao longe e logo sorrio. eu abraço o amor. eu agarro o amor. eu envolvo o amor. eu danço o amor. eu escrevo o amor. eu rio com o amor. eu provoco-o, subestimo-o, amo-o.
eu amo-te.