II

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sou uma desastrada e por vezes desatenta. são frequentes as vezes que não vejo exatamente aquilo que está à minha frente.

eu podia ter-te conhecido em setembro mas também podia ter-te conhecido apenas daqui a dois anos, ou duas décadas.

demorei um mês desde a tua chegada à minha escola a ver-te pela primeira vez - nada mau, dado a pouquíssima regularidade com que isso acontece.

parece que algo queria que tivesses cruzado o meu caminho tão cedo... talvez para que eu tivesse tempo de ganhar coragem para ir falar contigo visto que sou péssima com essas coisas.

três meses depois, um dos teus amigos puxou conversa com o meu grupo na fila da cantina mas tu não estavas lá. combinámos de voltarmos a almoçar juntos e qual não foi meu espanto quando apareceste tu.

quando te vi, estavas no fim da fila e, pela primeira vez, sem ao menos te conhecer minimamente, consegui arrastar-te lá para frente e passares a vez das outras pessoas. lembro-me do teu amigo ficar chocado em como consegui convencer-te apenas dizendo o meu nome e apertando a tua mão.

no mês seguinte, já almoçávamos juntos várias vezes e convidei-te para seres o meu par no baile de finalistas. disseste que sim!

não consegui parar de sorrir durante horas. a ideia de te ter comigo num dia tão importante, fazia o meu coração transbordar de alegria. tu fazes sempre com que me sinta assim. feliz. só tu, mais ninguém.

e hoje, dia 10 de junho, vamos de vermelho e com uma rosa a condizer. de braço dado e de sorriso de orelha a orelha.

vamos celebrar estes quase 6 meses juntos, mesmo enquanto amigos.

se eu te vejo com outros olhos? quem sabe?

se sabes disso? provavelmente.

mas se eu sou a miúda mais feliz do baile por ter a tua companhia? não haja dúvida que sou.

fizeste o dia 10 de junho de 2017 um dos melhores dias da minha vida. obrigada.

1 coríntios 13:4‭-‬7Onde histórias criam vida. Descubra agora