eu 'tô aqui fora
te esperando
e rimando teu nome
com coisas que eu amo
como
você
como o ukulelê
que eu aprendi a tocar
pra ver se você abria a porta
dessa toca gigante
para me receber
ou melhor
para vir ver
o pôr-do-sol
para viver
o que você não vive aí
sozinha
estocando cantigas
que eu poderia estar compondo
para vocêo inverno ainda está longe
e não abres essa janela
vou cantar cada vez mais alto
para que sintas meu amor
nunca te vi
sei só o teu nome
que foi escrito em uma letra torta
na sua caixa de correios
em que eu encho de cartas
semanalmente
cartas cheias de amor
recolhes todas que eu sei
mas seria muito eu te vigiar
vou te dar mais espaço
pra ver se deixas eu
aos poucos
me aproximarformiga tu me encantas
com esse seu jeito difícil
mas formiga
escondes do frio
e não aproveita o sol
goze do calor
que eu emito
do amor
quente e sincero
que ofereço
cuidarei de ti
por todo o inverno
nem que eu tenha que cantar
gemer de amargura
na neve
no gelo moído
que tu me dás
nem se for de pena abrirás a portauma hora eu consigo entrar
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café, chocolate e alma
PoetrySirvo café - preto, pouco açúcar, acostume-se -, chocolate amargo e almas perdidas, apaixonadas, vívidas e opacas. Notas confusas, trocadilhos, amor e sentimentos mofados. Não reclame pois não pagastes nada, assim como a vida azeda que algum mestre...