Capítulo 1- O início.

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Você não nessecita saber nada sobre mim. Mas como sou boazinha darei duas pistas: tenho 67 anos e irei contar um romance.

Antes que fale que não o avisei, logo pronuncio; este romance será divertido no início, mas no final lágrimas rolaram de seu rosto.

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Já faz dois anos que Emma e sua família se mudaram. Uma família pequena, de três pessoas. Os avós de Emma falesceram a três anos. Sua avó morreu por Alzheimer, e seu avô não aguentou, enforcou-se.

Hoje Emma completa 26 anos. Como uma boa CDF ela se levanta e vai para faculdade de psicologia. Emma não liga para aparências, então mal escova os dentes. E sinceramente, ela não precisa de tanto esforço para ficar digna da beleza. E assim ela sai corendo como uma histérica. Em trinta minutos, Emma chega na faculdade. Como sempre atrasada. Abre aporta e todos olhavam fixamente para o telão. Emma senta na primeira cadeira da segunda fileira. E logo o telão começa a se transformar em mensagens.

Todos se levantam e cantam parabéns à Emma. Logo a diretora abre a porta acompanhada de um lindo homem. Os quais estragam à festa de Emma:
-- Que bagunça é esta?-- a diretora grita.
-- Desculpa, é que hoje é meu aniversário.-- Emma tenta explicar.
-- Aha! E esse é lugar? Bem este é Kelvin.-- adiretora fala apontando para o jovem.-- E por favor, deu com isso!-- ela grita se retirando.

Os alunos continuam a abraçar Emma, enquanto Kelvin a observa sem falar nada. A professora volta à dar aula, e todos ficam em silêncio. Ao seu lado se encontrava Kelvin, o qual não deixou de olha-la.

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A aula termina e Emma corre, para conseguir chegar no seu trabalha à tempo. Em menos de quinze minutos, ela estava vestida de garçonete descabelada, anotando os pedidos. Logo seria meio dia e a lanchonete estaria cheia. Pois o movimento iria começar, então Emma ouve alguém chama-la.

Ela vai se desviando da multidão, assim consegue ver quem era:
-- O que gostaria?-- Emma pergunta sem olha-lo nos olhos.
-- Seu número, mas sei que você não vai me dar. Então quero uma torta de morango moreno.
-- De sobremesa?-- Emma questiona como se quizesse saber se ele não iria almoçar primeiro, antes de comer a sobremesa. Mas cada um com suas loucuras.
-- Não é só isso.-- Kelvin diz a seguindo com os olhos. Em menos de dez minutos Emma estava lá, com um pedaço de torta:
-- Aqui está.
-- Eu pedi uma torta.
-- É eu sei, eu a trouxe.
-- Eu quero uma inteira.- ele diz com um sorriso no rosto.
-- Desculpa eu não intendi, vou buscar.

E assim começou o ano de Emma, com um homem lindo e amargo. Ta explicado o porquêe de toda aquela torta! Quem sabe assim Kelvin adoce.

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Mais um dia começa, e como sempre Emma faz sua rotina sem entusiasmo. Chega na faculdade pega os seus livros que estavam no armário. Se encaminha para a sala.

A aula estava aguniante, tanto que Emma não prestava atenção. Mas será mesmo que a culpa é da aula? Seus olhos se encontram a cada segundo com os de Kelvin. O segundo período acaba, no qual Emma sai da sala para trocar os livros.

Emma abre seu armário e encontra algo delícioso, uma torta de morango moreno com um cartão:
-- "Querida Emma, me senti culpado por estragar sua festa. Este é meu presente, espero que saborei com prazer. Com carinho Kelvin."-- Emma lê cochichando.
-- Gostou? -- Kelvin pergunta ao ver ela fechar o armário.
-- Obrigada, eu acho.-- responde confusa.
-- Você gostaria de sair comigo hoje?-- ele pergunta com um sorriso estampado no rosto.
-- Não posso, tenho compromiço.
-- Nem disse a hora.-- ele pronuncia com um sorriso maldoso.
-- Que horas?
-- A hora que puder.-- Kelvin responde se escorando no armário.
-- Eu te ligo.-- Emma fala ao ouvir o sinal bater.
-- Você pegou o guardanapo?-- ele ficou sem resposta. Mas se referia ao guardanapo que deixou na mesa no dia da compra do bolo com seu número.

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Emma chega em casa, pensa, pensa então uma luz paça à sua mente:
-- Mãe! Socorro!-- Emma grita como uma louca.
-- Que foi?-- ela chega no quarto com uma frigideira na mão.
-- Calma mãe! Eu só preciso de um conselho.
-- Por que gritou por socorro, então?
-- Porque assim a senhora viria com rapidez.
-- Fale!-- sua mãe diz indignada.
-- Eu conheci um menino ontem e ele me convidou para sair.-- vejo ela arquear a sobrancelha.
--Hoje?
-- É, mas eu não o conheço e vai que ele é um louco? Eu vi ele dois dias apenas.
-- Bom então tome isto.
-- Sprei de pimenta?-- Emma diz indignada, mas era melhir que nada.
-- É. Vocês se conheceram ontem, quem sabe é o destino. Mas se não for, use contra ele.
-- Ta bom. Deixe o seu telefone ligado. Pois concerteza irei ligar pedindo socorro.
-- Ta bom, filha. Você quer que eu compre camisinha?
-- Não mãe! Você consegue estragar o momento de mãe e filha!-- ela diz dando um tapa em sua testa como se não acreditasse no que tinha ouvido.

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Emma estava na frente de sua casa com um vestido branco, cabelos soltos e pouca maquiagem. Em poucos minutos Emma avista Kelvin, o mesmo abre a porta do carro deixando ela passar. No caminho, os dois ficaram em silêncio. Ao chegar no seu destino Emma arqueia a sobrancelha e faz um "O" com a boca:
-- Como você sabe?-- Emma pergunta apavorada.
-- Sei do que?-- Kelvin fala sem entender.
-- É o chalé onde meu avô se enforcou!-- Emma diz com as mãos trêmulas.
-- Desculpa eu não sabia.-- ele diz pegando em suas mãos.
-- Por que me trouxe aqui?-- Emma pergunta brava.
-- Porque é um lugar lindo, o meu favorito.
-- Por quê?
-- Você devia ser advogada e não psicóloga.
-- Não respondeu a minha pergunta.
-- Tá vendo o lago?-- ele aponta o dedo para o horizonte.--Eu venho aqui para ver esse fenômeno.
--O pôr do sol? Só isso?
-- Não, esse lugar trás uma energia positiva, quem sabe é a alma de seus avós.
-- Não acredito em espiritismo.
-- Mas deveria. Vamos descer?
-- Não, Kelvin me leva de volta.
-- Desculpa.-- ele diz triste por provocar tanta tristeza a Emma e estragar o seu primeiro encontro, bem o primeiro que Emma lembra-se.

Emma chorou baixinho, para que Kelvin não ouvisse e nem percebesse suas fraquezas. Esta estava estampada em sua alma, na qual Kelvin à conhecia como mais ninguém. Emma sentiu um calafrio ao descer do carro. E uma pergunta ecoava em sua mente: " Como ele sabia?"

Quem sabe nem o tempo poderá responder. Porém mais sedo ou mais tarde a resposta sempre vem à tona. Emma ja se encontra embaixo do edredom, seus olhos estão ficando pesados. Porém ela tem impressão de estar sendo vigiada, a impressão de ter olhos fixamentes em sua direção. A mesma levanta-se para puxar a cortina, mas antes de práticar esse ato, ela consegue ver um vulto se escondendo atrás das árvores.

Será mesmo que estava sendo perseguida? Ou era coisa de sua imaginação. Uma pessoa sonolenta e cansada pode imaginar diversas coisas sem explicações.

Não me deixe esquecer.Onde histórias criam vida. Descubra agora