Não me deixe esquecer.

Capítulo 7- Não me deixe esquecer.

      Já faz três anos que Emma olha as tulipas vermelhas da varanda de seu quarto.

     Chora toda vez que as olhas, todas as manhãs as enfermeiras perguntam se ela se lembrou de alguém. A resposta é sempre a mesma;" Não lembro de ninguém. Mas quem é o homem que está regando as tulipas?"

     Emma nunca acreditou em espiritismo, mas de certa forma seu amor era tão grande, que de alguma forma Kelvin voltou para ela.

   As enfermeira não acreditavam muito que ela estava ficando louca. Mas delírio, faz parte do Alzheimer.

     Emma está com 67 anos, não lembra-se de nada, olha ao seu redor e não reconhece nada. Nem sua família e muito menos seu passado.

     Emma está no asilo, onde tem toda uma assistência médica. Onde pode ver o local onde ela se entregou para Kelvin na juventude, todas as manhãs.

   Sua filha vem toda noite vê-la, assim lê um romance, no qual Emma escreveu. E como magia, Emma consegue ter alguns flexes de lembranças, e surrisos surgem em sua face.

    Apesar de nada lembrar, logo de ouvir a história uma imensa alegria surgia, fazendo Emma ser a idosa mais alegre do asilo.

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    No começo da história eu disse:

   Você não nessecita saber meu nome, nem quem sou. Mas darei duas pistas tenho 67 anos e contarei uma história de romance.

    Na qual vocês irão rir no início, mas ao chegar ao final vocês irão chorar. E não digam que não avisei.

    Uma história, na qual arrancaram tudo da vida de Emma, tudo que ela mais amava. Mais dessa vez, suas lembranças ficaram, nem que seje em um livro velho, mas não esquecido.

    Não podem roubar as lembranças  de Emma novamente, essa doença pode mata-la, pode enlouquece-la, mas as lembranças irão permanecer.

    Um amor que retorna todas as manhãs para vê-la, não pode ser esquecido. Um amor assim tem que ser lembrado, tem que ser vivido.

     Eu sou Emma, e pesso não me deixe esquecer!

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