Elizabeth observou que seu novo assistente era um pouco folgado. Mas, se ele pensava que teria moleza com ela, estava muito enganado. Ela era a chefe e o colocaria em seu lugar, num estalar de dedos!
Depois do ocorrido naquela tarde, saiu para almoçar com Michael e logo voltou ao escritório. Edward também não se atrasou, passando por ela com um sorriso amarelo. Elizabeth não fez questão de lhe dirigir a palavra durante toda a tarde.
Para Edward, o dia tinha sido produtivo. É claro que, ainda demoraria até se acostumar com a empresa, mas tinha certeza de que passaria do primeiro mês.
No outro dia, Elizabeth levantou mais cedo que o costume. Rapidamente tomou banho e escolheu sua roupa de trabalho. Meia calça grossa, saia e uma camisa social, além, de um casaco bem grosso. Aquele dia não estava tão frio, mas era imprescindível que saísse de casa preparada, nunca se sabia quando poderia esfriar mais.
― Bom dia, senhorita Adams — Jofrey, seu mordomo, a cumprimentou, enquanto descia as escadas.
― Bom dia, Jofrey.
Podia ser uma mulher insuportável, mas não era mal-educada.
― O café da manhã pode ser servido? — perguntou delicadamente.
― Não é necessário, preciso chegar mais cedo à empresa para resolver algumas coisas.
O mordomo assentiu e se retirou para a cozinha. Elizabeth pegou as chaves de seu carro na bolsa, olhou para os lados e as lembranças invadiram sua mente.
Balançou a cabeça, tentando afastar aquelas imagens e viu que era melhor se apressar, nunca sabia quando imprevistos podiam acontecer.
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Edward teve a pior noite da sua vida. Ao chegar à esquina de seu prédio, foi assaltado. O bandido só não levou sua mochila, sabe-se lá Deus por quê. Porém o premiado foi seu celular, que não fazia nem três meses que havia sido adquirido.
Sabe aquela famosa cena de chegar à delegacia e os policiais nem lhe darem atenção, enquanto comem rosquinhas e assistem a vídeos engraçados no celular? Pois é, foi exatamente isso que encontrou ao chegar lá.
― Compra outro celular, colega — um dos policiais murmurou ao avistá-lo.
Se queria seu celular de volta, teria que ele mesmo encontrar o bandido e dar-lhe uma lição. Mas como tinha dinheiro na conta, resolveu comprar outro.
Saiu mais cedo de casa e pegou o metrô que o faria chegar ao coração de Manhattan. Aquela cidade era mágica. A cada esquina, sentia-se dentro de um filme. Subiu as escadas do metrô e deu de cara com o cruzamento mais famoso do mundo, a Times Square.
Edward caminhou um pouco e encontrou uma loja especializada em eletrônicos. Entrando lá, escolheu o mesmo modelo, a diferença para um anterior era mínima e agora que estava empregado, poderia dar-se ao luxo. Saiu de lá com o aparelho já em funcionamento e então olhou no relógio, ainda faltavam quarenta minutos para começar o seu expediente.
Como ainda tinha tempo de sobra, caminhou até a sua cafeteria preferida.
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Elizabeth não acreditava no que estava acontecendo. O trânsito em Nova York sem dúvidas era dos infernos, mas aquele dia estava pior. Faltavam cerca de quarenta minutos para seu horário normal e com aquele atraso, seus planos de chegar mais cedo, desciam por água abaixo.
Para ajudar, seu celular começou a tocar insistentemente. Sua bolsa estava no assoalho do carro e, com certa dificuldade, equilibrando-se entre dirigir e pegar a bolsa, finalmente conseguiu abri-la.
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Minha chefe me odeia - Pt. 1 - (Degustação)
Chick-LitEdward Smith saiu de Londres para tentar a sorte em Nova York, longe da pressão de sua família. Com uma nova identidade, ele estava pronto para ser mais um cidadão comum, em uma grande cidade. Mesmo com a dificuldade para encontrar emprego, é surpre...