Capítulo 2

116 5 0
                                    

Acordei na manhã seguinte um caco,meu pai apareceu na porta do meu quarto logo cedo. Vesti um vesti longo e de mangas longas preto,o meu pingete 'protetor' como o chamo agora,estava em meu pescoço e coloquei alguns aneis. Eu queria conversar com meu pai,mas provavelmente hoje não era o dia. A mesa do café estava posta e o senhor Alucard conversava com o senhor de idade do outro dia. Alucard mostrou as extremidades do seu castelo para nós e quando estavamos lá fora o rapaz da noite anterior estava limpando a carruagem. O que me levantou suspeita foi a falta de funcionarios no castelo já que o Alucard disse que ontem eles estavam atarefados. Será que estavam trabalhando desde ontem? Enquanto meu pai e o senhor Alucard conversavam um pouco mais ao longe me aproximei da carruagem.

- E falta de educação fechar a cortina na cara de alguém. - a voz do rapaz saindo de dentro da carruagem me assustou. Ele estava varrendo o chão da carruagem. - Não vai falar nada? Você é muda?
- Não é assim que você deve falar com uma dama. - eu disse com uma voz áspera.
- Alguém acordou de mal humor hoje. - comentou ele saindo da carruagem. - Mas,eu tenho um otimo senso de humor para nós dois. Caleb Morris. - ele estendeu a mão para mim.
- Ariel Evans. - eu apertei a mão dele.
- Gostando do castelo? - ele disse fechando a porta carruagem.
- Das certezas que eu tenho...a mais forte é a indecisão... - ele riu.
- Que tipo de indecisão?
- Isso não te diz ao respeito.
- Quem comentou foi você. - tinha sarcasmo na voz dele.
- Ariel. - meu pai me chamou e eu fui até ele. Em todo momento em que eu estava no castelo eu tive a sensação de que só haviamos eu,meu pai,senhor Alucard,o senhor de idade e o Caleb. Meu pai e eu estavamos na biblioteca quando ouvi vozes do corredor,ele pareceu tão foca nos livros que nem percebeu,encostei meus ouvidos na porta e prestei o maximo de atenção. Claro que era feio ouvir conversa dos outros,e só que eu queria conversar com pessoas novas. As vozes parecia ser do senhor Alucard e do senhor de idade que nos trouxe.
- Eu quero que você e o Caleb os vigie! - disse Alucard.
- Mas meu senhor...sabe muito bem como eu fico perto desse... - o Alucard interrompeu.
- Se controle! Ou nosso planos estaram por um fio! E por favor John...os mantenha longe o quarto das esposas...eu não quero desastres...Não ainda. - Pelo visto eles se referiam a nós. E isso me deixou mais curiosa ainda.
- Papai...- chamei meu pai e ele levantou os olhos do livro.
- Sim?
- Você não achou esse castelo um pouco estranho?
- Defina estranho. - ele riu sem mostrar os dentes.
- E um pouco mórbido e solitário...
- Isso e porque os funcionarios do Alucard estão atarefados.
- E você acredita? - eu disse indignada.
- Desculpe-me incomodar... - o Alucard saiu das sombras das prateleiras. Será que ele estava ali o tempo todo?
- Diga senhor Alucard.
- O café da tarde esta posto na mesa.
- Otimo! - disse meu pai. - Vamos Ariel?
- Sabe o que é pai...eu vou ficar aqui,estou sem fome...
- Tem certeza? Você comeu tão pouco no almoço hoje.
- Tenho. - meu pai me deu um beijo na testa e saiu com o senhor alucard. Esperei alguns segundos e sai logo atrás mas para o corredor ao contrário eu desvendaria os segredos daquele Castelo. As portas que apareceram estavam todas trancadas.
- Droga. - disse para mim mesma. Os quadros que apareciam nas paredes eram macabrados. Cheios de demônios pintados ou mortes horríveis. E um certo frio na espinha me fez arrepiar,estava doida para ir embora quando encontrei Caleb no corredor.
- O que uma dama faz sozinha do corredor. Não sabe que quando o sol se põe os monstros das sombras saem para aterrorizar meninas inocentes como você? - ele tinha um sorriso diabólico nos lábios.
- Ah senhor Caleb... - eu disse fazendo uma voz misteriosa. - Quem disse que eu era tão inocente assim? E quem voce acha consegue enganar com essas historinhas de monstros imaginarios? E além do mais...Eu me perdi...- menti.
- Então você acha que minhas "historinhas" são mentiras? - ele levantou uma sobrancelha e me entrou um jornal que estava debaixo no seus braços.
- O que é isso?
-Leia aqui. - ele apontou para uma matéria que dizia : " sexta morte por escassez de sangue no corpo deixa cidade aterrorizada. Cristãos acredita que um demônio pagã está por trás disso. E você leitor. O que acha? " - Acredita em mim agora? - disse Caleb.
- Isso é loucura...
- Ah claro. Os aldeões dessa cidade diz que esse demônio se chama Vampiro. Mas como nome de gente se chama Conde Dracula.
- Dracula...
- É...Bom,não quero que alguém nos veja nesse corredor afastado. - Caleb me pegou pela mão.
- Caleb,posso te fazer uma pergunta?
- Diga.
- Não há outras pessoas nesse Castelo a não ser nós,não é? - Eu disse olhando nos olhos dele.
- Nós?
- É,não se faça de bobo,isso não combina com você.
- Eu não vou poder de responder essa pergunta Ariel... - essa resposta dele me bastava. Caleb me guiou até a biblioteca aonde se despediu. Eu ainda não estava me dando por satisfeita.
Para o jantar escolhi um vestido longo marrom e de mangas que iam até os cotovelos. Não arrisquei não comer o que não sabia então apenas jantei as batatas assadas com pão e uma taça de vinho. Alucard não comeu nenhuma vez.
- Esta sem fome senhor alucard? - eu disse apontando para seu patro vazio.
- Estou sem fome mimha jovem. Só achei deselegante não lhe fazer companhia.
- Oh... - depois do jantar meu pai e senhor alucard foram furar alguns charutos e eu fui para meu quarto e no caminho encontrei Caleb sentado no chão impaciente.
- Caleb...? - chamei ele.
- Que demora Ariel...- ele se levantou.
- Eu não sabia que tinha babá. O que quer?
- Queria saber se você não que minha companhia ja que meus serviços so são necessitados pela manhã e de vez enquanto a noite.
- Hum,não aguentou ficar longe de mim é? - eu segurei o riso.
- Não se gabe tanto...- ele revirou os olhos.
- O que tem em mente?
- Vem comigo. - Caleb me guiava pelos corredores do Castelo até atravessarmos uma porta de madeira que deva nos estábulos.
- Quero que conheça o Angus. - ele disse entrando no estábulo e saindo com um belíssimo cavala Preto e de pelagem brilhante. Aproximei minhas mãos para toca-lo. - Quero sumir? - perguntou Caleb.
- Não...obrigada.
- Ah! O que é isso Ariel? A vida e curta demais para não se montar em cavalos. - ele disse balançando as rédeas do cavalo e tinha tudo isso de caso pensado.
- Agora você coloca esse pé aqui e da impulso com o outro. - ele me explicou.
- Certo. - eu cheguei perto da orelha do angus e sussurei. - Não me derruba. Depois de três tentativas eu consegui. Caleb acendeu uma lamparina e começou a guiar o angus pelo Jardim de trás do Castelo. A brisa estava ótima e Caleb parecia realmente relaxado,uma coisa que eu não vi nesses dias. De repente um vulto com vestes brancas passou por nós. Angus começou a ficar agitado e Caleb teve que acalma-lo várias vezes. Eu achei melhor voltar e pude sentir medo no rosto do Caleb. Ele me ajudou a descer e colocou angus no estábulo. - Ariel! Suba já. - pude ouvir meu pai dizer da varanda acima de nos. Acenei para Caleb e entrei,meu pai olhava para mim com uma expressão indecifrável.- Eu não estava fazendo nada de errado. - eu disse por fim. - Não é muito certo ficar vagando pelo castelo a noite com um rapaz desconhecedio.- Ora papai,eu sei bem me cuidar,e além do mais...Caleb não é um total desconhecido. Ele trabalha no castelo.- Eu não quero render esse assunto com você Ariel,por favor,vá para seu quarto.- Já? Ainda não estou com sono! - eu protestei.- Eu não vou pedir de novo Ariel! - ele levantou um pouco a voz. Eu revirei os olhos e fui para meu quarto. Enquanto caminhava pelos corredores um vulto branco passou por mim e se transformou em uma mulher de pele negra e cabelos curtos ondulados,ela tinha olhos cor de mel e tinha dois dentes ponteagudos saindo pela sua boca enquanto ela ria pra mim.- Pais são tão cansativos. - ela disse por fim.- Quem é você?- Tiana. - e depois um silencio apareceu no corredor. - Eu estou tão entediada,vem ficar comigo e com minhas outras irmãs. Elas vão adorar. - ela parecia petrificada bem na minha frente e com os olhos bem abertos,eu parecia entrar em transe,mas algo dentro de mim me despetou a tempo de me soltar de suas mãos e correr para meu quarto. Quando fechei a porta,vi sua sombra por de baixo dela.- Acha mesmo que vai conseguir resistir? Oh inocente criança...você e seu pai...vão morrer aqui. - e ela deu um risada tão irritante e malvada que me fez recoar de perto da porta e apertar a cruz,e depois,tudo ficou em repleto silencio. Passei a noite em claro até que por volta das três da manhã eu peguei no sono.

*

Espero que gostem. Beijinhos. 

O despertar do DráculaOnde histórias criam vida. Descubra agora