Passei pouco mais de vinte minutos ali, e acabei dormindo no colo de Diego, que me levou pra casa.
Eu o amo. Muito. Pra caralho. Mas, o que posso fazer? Não vai dar certo.
Eu sou uma quase chefe de uma gangue, vivo me escondendo, pra que não descubram que faço parte deles, e tenho medo de me apaixonar.
Talvez, Diego não se lembre de mim, mas já morei na mesma rua, e estudei na mesma escola que ele.
Talvez, ele só lembre de mim pelo nome, o que torna tudo complicado...
Hoje Diego virá em casa. Provavelmente, ele irá pedir meu caderno emprestado.
Os garotos sempre reclamam comigo disso. "Ah, Candy é uma garota sem sentido! Ela tem uma gangue, onde eles usam drogas, bebem, mas todos tem de ser estudiosos!", era o que sempre diziam. O que me adiantaria, ter uma gangue, onde as pessoas não saibam fazer cálculos simples? Eles precisavam pelo menos completar o terceiro colegial para continuarem lá.
- Candy? - Ouço a voz de Gazzy.
- O que é? - Abro a janela do meu quarto, que ficava no andar de cima, e olho para a cara deles.
- Diego quer seu caderno.
- Abre a porra do portão e entra.
- "Tamo" entrando. - Fez o favor de gritar Gazzy.
- É "LICENÇA", NÃO "TAMO ENTRANDO", DESGRAÇA. - Berrei.
Diego abaixou a cabeça.
- Por que tu tá assim? - Gazzy perguntou, já entrando no quarto.
A minha vontade, era grudar no pescoço deles, Diego e Gazzy, por mais que Diego não tivesse feito nada.
- Não aconteceu nada, peguem o caralho do caderno e vão pra puta que pariu com ele.
- Diego, me espera na sala, lá em baixo.
- Tá. - Respondeu Diego, seco.
- Me conta, por que tá assim?
- Não é nada. - Respondi.
- Eu sei que é.
- Não é nada, eu já disse.
- Candy, eu te conheço desde que você se conhece por gente, sei que tem algo de errado. Me conta, o que é?
- Eu tô apaixonada.
- O QUÊ? - Gazzy berrou, com todas as forças possíveis.
Ri baixinho.
- Calma, calma.
- Por quem?
- Começa com "D", termina com "iego".
Foi a vez dele de rir.
- Isso dura desde a "rua trinta e cinco"?
- Dura. - Rimos escandalosamente.
- Bons tempos aquele. - Ele falou, e seus olhos brilharam.
Eu o olhei, e simplesmente disse:
- Eu te amo.
- Eu também, baixinha.
Nos abraçamos
- Vão demorar? Estou com sono. - Era Diego.
- Já estamos indo.
Gazzy beijou minha testa.
- Dieeeego. - Falei um pouco alto demais.
- O que é? - Ele estava bravo.
- Entra, nenê.
Ele ficou calado, e então entrou... Sorrindo.
- Meu caderno... Tá na... Primeira gaveta da penteadeira.
- Obrigada, Candy.
- Não foi nada! - Sorri, gentilmente.
Gazzy beijou novamente minha bochecha.
- Fica bem, Candy. Te amo. Até amanhã.
- Obrigado. Te amo. Até, meninos.
Diego fechou a cara, e olhou pra mim.
"Vai tomar no seu cu, menino.", Pensei.
Novamente, O garoto me olhou, disse um "Tchau" áspero e saiu, batendo os pés no chão, de cara amarrada e deixando Gazzy e eu sozinhos.
- Gazzy, me faz um favor?
- Faço sim, qual?
- Manda o Diego ir tomar no cu dele, e parar com isso de ficar fechando a cara do nada, sem motivos.
- Eu falo, sim. - Ele riu, e saiu do quarto.
Dormi a menos de cinco minutos depois daquilo.
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Quem Eu Quero É Você • Lil Xan
FanficDiego finalmente completa dezesseis e contrariando as expectativas da mãe, a cada ano se torna mais rebelde. Percebendo tais atitudes, seus pais decidem ser necessária uma mudança radical; começando pela escola. O garoto tem que ir pra um novo ambie...