#18||Candy||

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- Sim - eu disse. - Acho que é inevitável. Esse momento teria que chegar. Eu estou grávida, Diego.

- Okay - ele respondeu apenas.

Eu esperava uma reação totalmente diferente.

- Como assim "okay"? Diego, você vai ser pai - Gazzy disse.

- Eu sei que ainda somos muito novos, mas, eu sei que ele é meu e vou assumir.

Eu sorri.

- Você precisa ter mais responsabilidade a partir de agora - Gazzy disse.

- Candy, mas, e a nossa guerra com a outra gangue? Me diz que desistiu, por favor. Você não pode fazer isso com nossa criança - Diego disse.

- Até arrumarmos tudo, ela já vai ter nascido.

- Não quero que nada te prejudique, ou prejudique nosso filho - Diego disse, sorrindo.

Era incrível a forma como ele era infantil para algumas coisa e maduro para outras.

- Quantos meses? - Diego perguntou.

- Quase dois - Gazzy respondeu e Diego o encarou.

- Você também sabia? - Diego perguntou.

- Sim. Candy preferia que você soubesse depois, então fiquei quieto - ele respondeu.

Ficamos conversando sobre tudo o que estava acontecendo.

Eu tentei ao máximo me centrar no assunto, mas a morte de Julian ficava em minha mente.

Zy, era a nossa gangue rival. Lá se encontravam Gabriel, Marian, Jeorge e Carl.

Marian era uma idiota. Metida a valente, coitada. Havia sido humilhada por mim inúmeras vezes.

Jeorge e Carl, a dupla de imbecis. Realmente, eu não faço ideia do por que eles o mantém naquela gangue. Eles são frios e adoram sangue, mas não tem nenhuma utilidade a mais.

Gabriel já havia tido um bom histórico comigo. Antes de Carlos, meu "pai adotivo", me nomear como sucessora da gangue, eu havia dito para meu irmão, Gabriel, que eu prezava a lealdade e odiava a traição. Aliás, sempre disse que eu mataria os traidores.

E foi exatamente o que ele fez, me denunciou para a polícia. Minha foto saiu em todos os jornais. Me traiu. Eu o odeio por isso.

Ele machucou Julian. Ele fazia parte da minha família. Eu não me importo com nada além disso. Eles mataram Julian por drogas.

Diego deve ter percebido o quão atormentada eu estava me sentindo, pois me abraçou.

- Vai ficar tudo bem, minha querida. Apenas nos dê tempo - Diego disse.

No ponto em que estávamos, duvidava de que tudo ficaria bem.

(Nove meses depois)

Samy estava chorando pela segunda vez na noite.

- Diego! - Gritei.

- O que? - respondeu sonolento.

- Acorde, a menina está chorando. Eu fui lá na primeira vez.

Ele se levantou e foi ver o que ela queria.

Nossa filha, Samy, havia nascido há pouco menos de um mês.

- O que era? - perguntei quando Diego voltou.

- Nada, só a chupeta - ele disse.

Voltamos a dormir, dessa vez, sem interrupções.

( • • • )

- Bom dia! - acordei com Diego chamando.

- Oi. Dormiu bem? - perguntei.

- Sim. Já troquei a Samy e dei a mamadeira. Ela está com alguns brinquedos agora.

Sorri. A garota era linda.

Me levantei da cama e fui a cozinha. Havia um bolo, com alguns bilhetes em volta.

Hoje era meu aniversário, droga. Odeio aniversários.

- Obrigada, Diego - disse o abraçando.

- Parabéns, pelos 17 anos.

Sorri. No próximo mês, seria o dele.

Com o ataque surpresa à Zy já marcado, não havia tempo para pensar em mim mesma.

Seria amanhã, eu mesma iria até lá.

Diego ficaria com Samy. Eu gostaria de ter o prazer de cuidar do ataque pessoalmente.

- Candy, você tem certeza que quer ir? - ele perguntou.

- Sim, não vai acontecer nada - respondi.

Ele deu um sorriso triste. Seu olhar demonstrava o quanto ele sofria por saber que eu teria de arriscar minha vida.

O dia passou rápido e loga já era noite.

Arrumei minhas roupas e carreguei meu fuzil. O ataque seria as seis da manhã.

Eu espero que eles estejam prontos para perder.

Quem Eu Quero É Você • Lil XanOnde histórias criam vida. Descubra agora