- Sim - eu disse. - Acho que é inevitável. Esse momento teria que chegar. Eu estou grávida, Diego.
- Okay - ele respondeu apenas.
Eu esperava uma reação totalmente diferente.
- Como assim "okay"? Diego, você vai ser pai - Gazzy disse.
- Eu sei que ainda somos muito novos, mas, eu sei que ele é meu e vou assumir.
Eu sorri.
- Você precisa ter mais responsabilidade a partir de agora - Gazzy disse.
- Candy, mas, e a nossa guerra com a outra gangue? Me diz que desistiu, por favor. Você não pode fazer isso com nossa criança - Diego disse.
- Até arrumarmos tudo, ela já vai ter nascido.
- Não quero que nada te prejudique, ou prejudique nosso filho - Diego disse, sorrindo.
Era incrível a forma como ele era infantil para algumas coisa e maduro para outras.
- Quantos meses? - Diego perguntou.
- Quase dois - Gazzy respondeu e Diego o encarou.
- Você também sabia? - Diego perguntou.
- Sim. Candy preferia que você soubesse depois, então fiquei quieto - ele respondeu.
Ficamos conversando sobre tudo o que estava acontecendo.
Eu tentei ao máximo me centrar no assunto, mas a morte de Julian ficava em minha mente.
Zy, era a nossa gangue rival. Lá se encontravam Gabriel, Marian, Jeorge e Carl.
Marian era uma idiota. Metida a valente, coitada. Havia sido humilhada por mim inúmeras vezes.
Jeorge e Carl, a dupla de imbecis. Realmente, eu não faço ideia do por que eles o mantém naquela gangue. Eles são frios e adoram sangue, mas não tem nenhuma utilidade a mais.
Gabriel já havia tido um bom histórico comigo. Antes de Carlos, meu "pai adotivo", me nomear como sucessora da gangue, eu havia dito para meu irmão, Gabriel, que eu prezava a lealdade e odiava a traição. Aliás, sempre disse que eu mataria os traidores.
E foi exatamente o que ele fez, me denunciou para a polícia. Minha foto saiu em todos os jornais. Me traiu. Eu o odeio por isso.
Ele machucou Julian. Ele fazia parte da minha família. Eu não me importo com nada além disso. Eles mataram Julian por drogas.
Diego deve ter percebido o quão atormentada eu estava me sentindo, pois me abraçou.
- Vai ficar tudo bem, minha querida. Apenas nos dê tempo - Diego disse.
No ponto em que estávamos, duvidava de que tudo ficaria bem.
(Nove meses depois)
Samy estava chorando pela segunda vez na noite.
- Diego! - Gritei.
- O que? - respondeu sonolento.
- Acorde, a menina está chorando. Eu fui lá na primeira vez.
Ele se levantou e foi ver o que ela queria.
Nossa filha, Samy, havia nascido há pouco menos de um mês.
- O que era? - perguntei quando Diego voltou.
- Nada, só a chupeta - ele disse.
Voltamos a dormir, dessa vez, sem interrupções.
( • • • )
- Bom dia! - acordei com Diego chamando.
- Oi. Dormiu bem? - perguntei.
- Sim. Já troquei a Samy e dei a mamadeira. Ela está com alguns brinquedos agora.
Sorri. A garota era linda.
Me levantei da cama e fui a cozinha. Havia um bolo, com alguns bilhetes em volta.
Hoje era meu aniversário, droga. Odeio aniversários.
- Obrigada, Diego - disse o abraçando.
- Parabéns, pelos 17 anos.
Sorri. No próximo mês, seria o dele.
Com o ataque surpresa à Zy já marcado, não havia tempo para pensar em mim mesma.
Seria amanhã, eu mesma iria até lá.
Diego ficaria com Samy. Eu gostaria de ter o prazer de cuidar do ataque pessoalmente.
- Candy, você tem certeza que quer ir? - ele perguntou.
- Sim, não vai acontecer nada - respondi.
Ele deu um sorriso triste. Seu olhar demonstrava o quanto ele sofria por saber que eu teria de arriscar minha vida.
O dia passou rápido e loga já era noite.
Arrumei minhas roupas e carreguei meu fuzil. O ataque seria as seis da manhã.
Eu espero que eles estejam prontos para perder.
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Quem Eu Quero É Você • Lil Xan
FanfictionDiego finalmente completa dezesseis e contrariando as expectativas da mãe, a cada ano se torna mais rebelde. Percebendo tais atitudes, seus pais decidem ser necessária uma mudança radical; começando pela escola. O garoto tem que ir pra um novo ambie...