Capitulo 2

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Não escutei exatamente nada do que o Coronel disse. Passei a palestra toda tentando entender o que deu em mim. Quando a palestra acabou logo me levantei, queria sair dali o mais rápido possível. Para o meu azar o tenente Russel me pegou pelo braço:

- Aonde você vai Emma? Eu tenho que te apresentar para o coronel.

- Desculpe Tenente, pensei que já estava dispensada. – Seguimos até o Coronel, onde prestamos continência.

- Dispensados, Tenente Russel.

- Coronel Grayson. Eu vim lhe apresentar uma pessoa: Essa é Emma Willians, uma de nossas melhores soldadas, ela fez parte do projeto K – 1613 e se tornou uma das melhores, ela será muito útil na equipe Alfa.

- É um prazer conheça – lá Emma – Ele aperta minha mão com firmeza – Já tinha ouvido muito sobre você.

- O prazer é todo meu Coronel Grayson. Eu fico honrada em fazer parte da equipe alfa. – Bom, eu tentava me convencer disso, que eu estava honrada em servir meu país mas, na verdade, eu não estava.

- Gostaria de poder conversar mais com vocês, mas tenho assuntos importantes para tratar. Vejo vocês no jantar. – Ambos concordamos com a cabeça e seguimos para lugares diferentes.

                                                                                            ... 

A hora do jantar chegou e eu ainda não tinha visto Amanda. Parece que ela, entre alguns outros membros não irão se juntar a nós hoje.

Me sentei no lugar reservado a mim que, para meu azar, ficava quase de frente ao Coronel e ao lado do Tenente. O Tenente Russel era como se fosse meu tutor legal, mesmo eu já tento ultrapassado a maioridade, ainda era ele que cuidava dos assuntos para mim. Ele me escolheu quando eu tinha 13 anos.

O jantar começou a ser servido. Uma comida divina, muito diferente do que eu comia na base. Mas algo ali me incomodava: era ele. Talvez fosse coisa da minha cabeça, mas ele parecia... não ele estava olhando diretamente para mim. Eu corei imediatamente. Fiquei tão vermelha que o tenente ficou preocupado:

- Você esta bem Emma?

-Sim - digo melhorando da vermelhidão. – Acho que exagerei na pimenta. – Consigo ver um pequeno sorriso surgindo em seus lábios. Aquele gesto me deixou irada. Quem ele pensa que é para brincar comigo desse jeito? Assim que termino de comer, me retiro da sala.

Fui para meu quarto e tomei um banho. Logo em seguida fui para a sala de treinamento. Nesse horário, a sala deveria estar vazia, o que tornava o momento ideal para treinar e colocar as frustrações para fora. 
Por mais que não fosse a minha praia, eu optei por um saco de boxes. Precisava bater em algo, e continuei assim até que um homem entrou na sala: Thomas Grayson, 25 anos, Capitão da equipe Bravo, substituto caso ocorresse algo com o Coronel.
- Olá! Acho que ainda não fomos apresentados, sou o Thomas - Ele faz uma reverência como se eu fosse uma princesa. Eu o ignoro e presto continência. - Descansar. Não precisamos ser tão formais, afinal estamos sozinhos. Aliás, você ainda não disse seu nome.
-Emma, Emma Willians, faço parte do projeto K - 1613.
- Eu já tinha ouvido falar de você Emma, dizem que você é a melhor.
- Sim, caso ao contrário eu não seria a Killer001.
- Bem direta. Gostei de você. Quero que você me mostre do que é capaz, só, por favor, não quebre nenhum osso meu.
- Ok. Vamos nessa. - Dei vários golpes nele e ele nem chegou perto de mim - Até que suas habilidades não são de jogar fora, eu também era assim no meu primeiro ano de treinamento.
- Também não precisa humilhar. Você realmente é muito boa, mas eu gostaria de saber, no que mais você é boa? Uma garota que nem você deve ter algumas habilidades escondidas. - Eu entendi onde ele queria chegar e não estava gostando nem um pouco disso.

- Thomas, deixe a garota em paz, ela não é nenhum de seus brinquedinhos.

- Se meu irmão não aparecesse para atrapalhar não seria ele. Foi um prazer te conhecer Emma. – Ele vai embora mas, antes de sair, da uma esbarrada no irmão.

- Desculpe pelo meu irmão.

- Sem problemas, já vi pessoas com cantadas piores. – Um pequeno sorriso se abre entre seus lábios.

- Sabe Senhorita Willians, eu gostaria de te fazer uma pergunta.

- Faça.

- Eu gostaria de saber o motivo pelo qual você ficou me encarando tanto na palestra quanto no jantar. – Eu coro, mas tento disfarçar.

- Eu não fiquei encarando o senhor.

- Sim, você ficou.

- Não fiquei não! – Eu bato o pé como uma criança fazendo birra, isso faz com que o sorriso dele se alargue ainda mais. – Eu apenas olhei para o senhor por um segundo durante a palestra, e foi quando o senhor chegou porque o senhor estava atrasado.

- Ok, ok, mas pare de me chamar de senhor, faz com que eu me sinta velho. E só para deixar claro, a senhorita ficou olhando sim. – Eu bati o pé novamente e me preparei para ir embora, não sou obrigada a ficar ouvindo ele falar, mesmo ele sendo o meu superior. – Foi um prazer ter essa pequena conversa com você, Willians.

- Desculpe Coronel, mas não posso dizer o mesmo. Tenha uma boa noite. – Mesmo sem olhar para trás posso senti-lo abrir um grande sorriso.

No fundo eu tenho a sensação que esses dois irmãos vão me causar complicações. 

Te encontrarei novamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora