Capítulo 7

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Depois de uma noite um pouco... Turbulenta, Frisk dorme e sonha de novo. Ela já estava ficando cansada desses sonhos, mas só os ignorava... Porém esse sonho ela não ia conseguir ignorar.

Fri conversava alguma coisa que ela não entendia com Alphys, quando um tipo de robô quadrado como uma torradeira gigante invadiu a sala onde estavam e começou a fazer perguntas, drama, cenas e mais cenas. Frisk estava ficando incomodada mas Alphy a tirou dali. Frisk continuou seu caminho entre o calor intenso e o vapor daquele lugar estranho, enfrentou diversos quebra-cabeças que ela só visualizava o final e lembra de ter visto aranhas...
Mas depois de tudo aquilo, o sonho muda e Frisk está em um tipo de restaurante e Sans está com ela. Os dois dividiam a mesa e ele a contava alguma coisa, mas a garota não entendia e nem prestava atenção.

Num segundo, como se o clima mudasse, o esqueleto coloca a mão sobre a mesa e Frisk o toca, olhando suas orbes. Ele ri e a humana se aproxima, levantando da cadeira. O restaurante estava vazio e escuro. Só uma vela iluminava a mesa onde estavam.
Frisk no sonho, de repente cresce, deixa de ser uma criancinha sem gênero e faz um movimento como se quisesse subir em cima da mesa pra alcançá-lo, alcançar seus ombros.
Ele não a para, como se estivesse esperando por isso. Frisk simplesmente se joga, caindo por cima dele, beijando seus ossos... Tudo ficou estranho e intenso. Sans a abraçava com força e Frisk se entregava aos carinhos dele.
Porém, como tudo que é bom dura pouco, ela ouviu um estalo e acordou.

Frisk sentia seu corpo estranho. Um estranho bom. Arrepios e uma sensação de satisfação...  Tentou esconder de si mesma que tinha sonhado, que queria aquilo, mas isso é impossível.

Frisk ficou uns minutos na cama, sentada, olhando o mundo ao seu redor. Quis esquecer o que tinha imaginado e levantou-se, indo fazer suas coisas. Estava com raiva de si mesma. Falava sozinha e se pegava suspirando e sonhando acordada, o que a fazia sentir mais culpada e envergonhada...
"Eu simplesmente não acredito... Não mesmo Frisk... Olha, da última vez você se feriu de verdade eihn? Não lembra mais? Uh... E agora isso? Um monstro? Não, não, não... Eu não posso ceder..."
Ela brigava com sua consciência, fazendo um café.

Mais tarde, o número, já salvo como LazyBones, faz o celular soar de novo.

"eae. dormiu bem?"
Foi como se ele tivesse visto o sonho, sentido que ela tinha gostado e agora estava zombando. Pelo menos foi o que Fri pensou.
"Sim. E você? Chegou muito tarde?"
Ela engoliu a raiva e as dúvidas como quem engole uma pílula e sentou no sofá enquanto comia e via tv.
"nah relaxa."
A humana pensou que ele talvez fosse pra algum lugar depois de sair da casa dela, a "traindo" sem ao menos estarem saindo. Fri sentiu uma pontada de ciúmes e desconfiança. A sua pílula imaginária estava fazendo efeito.

"Enfim, que tal a gente fazer alguma coisa diferente e divertida hoje?"
Ela teclou o mais rápido que pôde como se aproveitasse quando a Frisk desconfiada estava inativa.
"tipo...?"
A garota mordeu o lábio inferior pensando no que poderia inventar dessa vez. Pensou em Alphys...
"Talvez ela ache legal..."

Rapidamente mandou uma mensagem pra amiga, citando um lugar que elas sempre iam quando estavam juntas.
"Alphy! Aquele karaokê ainda existe por aqui?"
A monstro lagarto respondeu quase de imediato.
"Claro, eu vou lá de vez em quando... Por quê?"
"Você e a Undy estão livres hoje a noite?"

Passado algum tempo e a garota humana voltou a conversar com o esqueleto. Mandou um print do endereço e um print da conversa com alguns detalhes.
"Que tal?"
"Heh, eu não canto."
"Ah vai cantar sim."
"Nop."
"Vai sim senhor! E a Alphys convidou!"
Ela tinha mandado uma imagem que fazia parecer que a idéia tinha sido da monstro.
"sei não..."
"Qual é??? Tá com vergonhinha??? Sabe que vai perder da minha voz maravilhosa não é???"
"na verdade eu quero ter que te tirar o microfone pra não dar microfonia e todo mundo ficar surdo."
"TÁ INSTIGANDO QUE EU CANTO MAL É?? VOCÊ NUNCA ME VIU CANTANDO."
"quando você escreve com caps parece até o meu irmão credo."
"NÃO MUDE DE ASSUNTO. ISSO É UM DESAFIO!"
"caps paps"
"pera ai, desafio?"
"Sim."
Ele demorou um pouco pra responder.
Frisk já estava ficando impaciente e ia  clicar as letras em caps lock de novo, porém seu celular a surpreendeu vibrando e tocando o som de chamada... Ele estava... Ligando pra ela?
Num pulo, Frisk largou o celular, nervosa por algum motivo e surpresa pela atitude do esqueleto.
Pensou duas vezes antes de atender, mas suspirou, concentrando-se pra não soar perturbada ou sem jeito.
Atendeu com toda a sua Determinação.

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⏰ Última atualização: Jan 14, 2018 ⏰

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