Capítulo 6

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A Ana veio no final de semana para buscar as crianças pois já é o tempo de preparação para a ceia de natal. Falta alguns dias para o tal evento que só aparece uma vez por ano. Desta vez fiz questão de que todos estejam em minha casa. Não foi fácil mas ela concordou em vir para minha casa e assim deixar os meus sobrinhos ficarem. Pois ela também está convidada.

- Bom dia meu amor. Como foi a noite? - perguntou o Fred dando a Paula um beijo.

- Foi boa, que só agora estou de pé. Eu vou preparar algo para você - respondeu a Paula. - e para as crianças comerem.

- Ontem quando estavas lá em casa dos teus pais com as crianças, a Ana veio cá, para buscar as crianças, mas eu a pedi para deixar elas aqui, - respondeu o Fred. - e que ela também viesse ter connosco para o jantar de natal.

- E ela aceitou? - perguntou a Paula com um grande sorriso no rosto.

- Concertesa, - explicou o Fred. - ela vai estar aqui com o seu marido, no grande dia.

- As crianças vão adorar está notícia! - exclamou a Paula dando um beijinho ao Fred.

- E onde estão elas? - perguntou a Paula estranhando o silêncio.

- Você ainda não deu conta - indagou o Fred. - que temos um novo vizinho ou vizinha?

- Eu não sabia. E me parece que você ainda não sabe - comentou a Paula. - quem é ou quem são.

- Eu não sei de nada, mas as crianças estão a brincar com eles. Bem eles não, - falou o Fred. - mas a um garoto que vive naquela casa que é da mesma idade que o Júlio.

- E não procuras saber mais? - perguntou a Paula.

- O importante é que esta tudo bem, e o que pode acontecer? Eles estão a brincar no quintal ao lado. Vamos mudar de assunto, - perguntou o Fred. - pode ser?

Ela concordou e falaram de outras coisas, que lhes dizem respeito, no caso da festa de natal que se aproxima.

Enquanto o Fred e a Paula estavam a dançar, as crianças estavam a contar histórias e a divertir imenso com o seu novo amigo.

Então eu e a Paula preparámos o almoço, e também prevíamos que era necessário acrescentar mais água na sopa, pois iríamos ter visita.

Quando ficou tudo pronto as crianças foram chegando e com as mãos limpas sentaram na mesa, mas antes eles mostraram o seu novo amigo.

- Boa tarde, - ele comprimento. - senhor Fred e senhora Paula.

- Boa tarde para ti também. - exclamou a Paula. - És muito bonito e educado!

- Obrigado. Eu aprendi muito na escola e a minha mãe - respondeu o menino. - também me ensina o que sabe.

- E qual é o seu nome? - perguntou o Fred.

- Eu me chamo Rafael Gaspar. - respondeu o Rafael.

- É um lindo nome. Seja bem vindo a minha casa Rafael, - sugeriu o Fred - mas vamos sentar antes que a comida acabe por congelar.

E estavam a falar e comendo o que há de melhor no mundo, bem na dispensa da cozinha do Fred. E depois do almoço o Rafael teve que voltar para casa, porque a sua mãe estava a ligar para ele.

- Tens um telefone? - perguntou o Júlio admirado.

- Sim, é só para que a minha mãe possa me chamar. - respondeu o Rafael, depois de terminar a conversa com a mãe.

- E quem é a tua mãe? - perguntou o Fred.

- Ela é uma pessoa muito especial para mim. - respondeu o Rafael sem deixar espaço para o Fred falar, e já foi se despedindo de todos.

Quando o Rafael foi embora eu achei estranho por ele não querer falar da mãe, mas não dei importância.

As crianças não paravam de falar acerca do que se passou hoje, das brincadeiras e de tudo que fizeram na companhia do Rafael.

Depois de alguns dias de brincadeira com o amigo novo, já era véspera de natal, bem... quase, porque faltava dois dias para a véspera, é que estou um pouco ansioso, pois será como os velhos tempos, e naquele momento eu lembro da Marcia, e fico triste por ela não estar aquí. Limpo o rosto e como sempre as crianças já estão a brincar, e o café já foi servido.

- Bom dia meu amor. Tas bom? - perguntou a Paula tratando me de criança.

- Estou bem. Es teimosa, eu já disse que não precisas carregar cargas pesadas, - disse o Fred um pouco preocupado. - pois pode fazer mal ao bebé.

- Olha, só tem um mês, e eu ainda consigo fazer - esclareceu a Paula. - coisas deste género.

- Eu me preocupo contigo - disse o Fred com uma cara de safado. - e com o bem estar do nosso bebé.

Não demorou muito tempo para a hora do almoço e a correria para a mesa começar. O Fred está feliz com toda esta agitação, e de pensar que o seu filho está prestes a nascer, bem.... falta oito meses mas, o Fred não vai a hora de estar com ele, ou ela nos seus braços. O Almoço foi agradável, e também com o Rafael e as crianças na mesa foi um prazer.

A noite foi maravilhosa, mas já amanheceu e é véspera de natal, e eu me levanto, mas cedo que todos e tomo um banho, termino rapidamente todos os aperitivos e outras coisas que pude encontrar para o café. Minutos depois a Paula e as crianças descem para o pequeno almoço.

- Bom dia meu amor. Que mesa linda? Não precisava! - disse a Paula dando-lhe um beijinho na boca. - Feliz natal.

- Eca que nojo! - sussurrou a Abdinay quando viu o beijo do casal.

- Bom dia para todos vocês. Espero que esteja tudo bem convosco, pois o dia já começou, e com ele a nossa grande cerimónia familiar. - disse o Fred dando-lhes um beijo. - Bom natal para todos.

Sentaram, todos e pouco a pouco, a mesa foi se desfazendo.

A brincadeira hoje foi interrompida, porque fomos todos para o super mercado, fazer as compras, e também os presentes para oferecer aos nossos ente-queridos, e fomos a vários sítios e lugares, lojas, talhos, etc.

Andaram bastante e tínham tudo que éra necessário. Tiveram que almoçar fora pois ficaram sem tempo, mas foi divertido.

Mais um dia que está sendo bem aproveitado. Foram para casa, e depois de alguns minutos a Ana chega com o seu marido António, e a seguir veio os pais da Paula e o Filipe e Andreia, e estávam todos juntos. A casa estava cheia de emoções, amor e alegria. O jantar foi maravilhoso, contaram histórias de natal, mas não sei bem porquê, mas de repente o Fred lembra do Rafael, e até lhe enviou um mensagem de boas festas, e que iria adorar, se o Rafael estivesse aqui, mas não daria pois estava distante com a sua mãe, mas está tudo bem.

E a festas foi continuando até que chegou a hora de abrir os presentes. Nunca me diverti tanto como hoje. E Durmiram todos aqui, de manhã uma agitação agradável, pois sempre é bom sentir um calor diferente daquele que já estamos acostumado. No dia vinte e nove, todos já estavam em suas casas menos as crianças, mas combinámos de nós reunir mas uma vez na casa da Ana e do António, para o ano novo.

A Dor de Um EsquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora