Capitulo 8

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Na casa do Fred

        - Oi, amor, tudo bem? Podes pasar daqui agora para conversarmos sobre o próximo passo? - perguntou a Paula falando no telemóvel.

      - Sim.

Na Casa da Ana

      - Fred? Vocês me garantiram que estavam só? O que é isso? - perguntou a Márcia asustada se dirigindo para a porta.

      - Você não pode ir embora assim sem me dar uma explicação. Você me deve uma explicação. - gritava o Fred chorando de emoção segurando o braço da Márcia.

      - Solta a minha mãe. - ordenou o Rafael.

      - Me solta, você está a me machucando o braço. - disse a Márcia.

      - Não, não vou soltar até que você me diga o que está acontecendo, o que eu eu fiz para que você pudesse me abandonar esse anos todos. - falava a berros o Fred.

      - Olha, pessoal vamos nos acalmar e conversar como adulto. Márcia, você tem que conversar com o Fred e contar-lhe o que se passa. - sugeriu o António.

      - Crianças, vamos lá fora tomar uns gelados. - disse a Ana levando consigo as crianças.

O António saio com eles nos deixando mais à vontade para conversarmos. Sentamos.

      - Olha, eu não espero que você acredite em mim, mas está é a verdade. - disse a Márcia

      - Eu estou ouvindo. - respondeu o Fred.

      - Eu estava gravida de você no dia em que eu foi levada, pelos raptores e assaltaram a nossa casa. O assalto era só um disfarce, mas de qualquer forma o que eles levaram era muito valioso. - disse a Márcia que foi interrompida pelo Fred.

      - Mas eles te mataram, eu vi seu corpo queimado no chão. Eu fiz um enterro para você. - disse o Fred um pouco confuso.

      - Não era o meu corpo, eles haviam preparado todos os detalhes para que nada pudesse dar errado. O corpo foi preparado com o meu DNA para que os policiais confirmasse a minha morte. Mas eu não estava morta. Eu fui levada para um cativeiro onde fiquei escondida antes do bebê nascer. Eu consegui fugir quando estava no hospital. Todos estavam dormindo e eu aproveitei para fugir e me esconder em um lugar mas seguro. Eu não podia confiar em ninguém, nem mesmo os meus familiares pois eles também estão envolvidos nisso, mas não sei dizer o certo quem. Depois de alguns dias eu consegui um emprego para sustentar o meu filho, e eu sabia que se eu voltasse, eles iriam me matar. Mas como já se faz tanto tempo eu pensei em voltar, por você, mesmo que tivesse que estar longe. Mas o meu filho precisava de brincar com crianças da idade dele, e eu não sabia que era em sua casa que ele se dirigia todos os dias, e quando fiquei a saber já era tarde. Eu achei que era seu, mas ele de disse que são seus sobrinhos. Então fiquei aliviada, mas triste por saber que você já havia arranjado outra pessoa. - desabafou a Márcia.

      - Mas...... - dizia a Márcia cuando foi cortada a palavra pelo Fred.

      - Espera um segundo, você disse que estava grávida e que no dia em que você ia me contar foi raptada, então a onde está o meu filho agora? - perguntou o Fred

A Dor de Um EsquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora