Capítulo 10 - A queda de Alvo

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Os três saíram imediatamente da biblioteca, precisavam falar com Tiago, ele saberia o que fazer. Mas, o trio precisaria esperar até à hora do jantar.

Eles se encaminharam para o salão comunal e sentaram-se na mesa da Grifinória, ansiosos para que Tiago aparecesse logo. Quando o jantar fora servido, Tiago apontou na entrada do salão, ele vinha sorrindo.

__ E ai. – ele sentou ao lado de Rose –

__ Tiago – começou a ruiva – Dominus ameaçou a Megan. – naquele momento Tiago cospiu fora o suco de abóbora que estava tomando – Calma. Não foi uma grande ameaça não.

__ Mas foi uma ameaça. – disse Alvo bravo – Ameaça é ameaça. Eu ainda acho que você deveria contar à McGonagall Megan...

__ Alvo. – Megan respondeu séria – Eu já disse não. Eu não tenho provas, e não vão acreditar em mim. Ela vai vir com aquela desculpa, por que ele iria querer atacar você, e eu iria responder pura maldade? Não, não posso, infelizmente não há nada para fazer.

__ Tem sempre um jeito. – contrapôs Alvo –

__ Não dessa vez. – disse Megan – Vamos torcer para ser apenas uma ameaça e ele não fazer nada. – ela sorriu forçada –

Megan começou a comer tranquilamente o jantar, mas todos ali sabiam, ela estava com medo.

Rose, Alvo e Tiago se calaram e começaram a comer também. Alvo deu uma olhada no enorme relógio na parede, eram quatro e dez.

__ Tiago! – exclamou Alvo – Vamos! A gente precisa se aprontar pro treino de quadribol.

__ O quê? – perguntou Tiago lentamente e olhando para o relógio ele se assustou – Anda, vamos!

Os dois saíram correndo pelo salão, deixando Rose e Megan na mesa. A ruiva observava Megan de instante a instante.

* * *

__ Tem certeza que quer vir? – perguntou Rose à Megan enquanto elas caminhavam para o campo de quadribol –

__ Só porque fui ameaçada não quer dizer que eu precise ficar o tempo todo dentro do castelo. – disse Megan olhando a ruiva com aqueles olhos verdes eletrizantes –

As duas meninas sentaram na arquibancada. O pessoal do time estavam no gramado, viram quando Fred II liberou a goles, os balaços e o pomo de ouro.

__ Rose, seu parceiro de poções veio ver o jogo. – disse Megan bem humorada olhando para trás –

__ O quê? – Rose virou-se para trás, Scorpius estava na companhia de Thomas Kills, o parceiro de poções de Alvo – Ah, mas eu vou lá.

__ Vai lá pra quê? – repreendeu Megan –

__ Ele não é da Grifinória, não devia espionar o treino. – disse Rose cruzando os braços –

__ Então vai, eu não vou junto não, ele sempre acha motivo para implicar comigo. – disse Megan olhando Alvo voar atrás do pomo –

Rose levantou séria, e subiu dois degraus da arquibancada, parando em frente à Scorpius.

__ O que quer aqui? – perguntou a ruiva brava –

__ Weasley. – respondeu Scorpius sorrindo – Licença da frente. Eu quero ver o treino da Grifinória.

__ Esta é a questão! – exclamou Rose com os olhos soltando faíscas – Você não devia estar aqui, você é da Sonserina.

__ Não brinca... – ele riu, mas, ao perceber a firmeza de Rose ele completou – Eu não vim espionar, sério. Eu sou só um apanhador, como seu primo.

__ Hum – Rose respondeu meio desconfiada – Está bem.

A garota voltou a descer e sentar perto de Megan.

__ Então, brigou com o mini Malfoy? – perguntou Megan rindo com gosto –

__ Ei, quieta. – disse Rose sorrindo e dando um tapinha de leve no braço de Megan –

__ ROSE! – gritou Megan se levantando – Alvo está caindo da vassoura!

A ruiva olhou para onde Megan estava apontando, Alvo estava com uma bolinha reluzente em mãos, a Firebolt estava parada no ar e o garoto caía rapidamente.

As duas meninas correram até o gramado. O time estava imóvel. Não sabiam o que faziam.

__ Faz alguma coisa Megan – gritou Tiago enquanto colocava os pés no chão –

__ Eu não posso! – desculpou-se ela – O feitiço de levitação só serve para objetos, não pessoas.

__ Meu pai citou um. – disse Rose pensando rapidamente – Tio Harry costumava acordá-lo com este feitiço. Hum levita... Não. Leviligente... Não. Ah! Lembrei. – ela tirou a varinha das vestes – Não sei se vou conseguir – a voz dela virou um grito – Levicorpus!

Alvo ficara pendurado pelo tornozelo a poucos metros do chão. Suas mãos se agitavam como se fosse um passarinho.

__ Al. – Megan foi correndo até ele – Tá tudo bem?

__ O contra-feitiço Rose. – pediu Tiago –

__ É... Não lembro. – confundiu Rose – Vou tentar lembrar. Ah, é fácil. – apontou a varinha novamente para Alvo – Liberacorpus!

O garoto caiu suavemente no gramado, e logo se sentou. Estava cercado por Megan, Tiago, Rose e o time da Grifinória. Até Scorpius se mostrou solidário.

__ Você azarou ele. – gritou Tiago apontando a varinha para o pescoço de Scorpius –

__ Eu? Não. – defendeu-se Scorpius –

__ Para Tiago. – gritou Rose olhando feio para o primo – Ele não fez nada.

__ Esqueceu o sobrenome dele Rose? – perguntou Tiago com raiva – O pai dele tentou matar sua mãe. Isso não significa nada? Você pensa que ele é diferente de todos os outros Malfoys?

__ Penso. – afirmou Rose, naquele instante todos ficaram surpresos, até mesmo Scorpius – Ele poderia ter azarado Alvo quando ele pisou no gramado, Scorpius estava aqui dês de cedo.

__ E eu não o vi apontando a varinha – gaguejou Thomas Kills –

__ Defendendo um Malfoy, que vergonha Rose. – disse Tiago abaixando a varinha e se retirando do campo –

Alvo Severo P. E O Senhor Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora