Capítulo 13 - Conversa suspeita

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Alvo subiu ao dormitório pegou um tinteiro, uma pena e um pedaço de pergaminho caso precisasse anotar algo. Colocou tudo na mochila.

O garoto passou por Rose e Tiago na sala comunal e saiu pelo buraco do retrato da mulher gorda.

Desceu correndo as escadas e dobrou à esquerda. Chegando a sala do professor Haver a porta estava aberta. Alvo entrou cautelosamente e estacou diante a escrivaninha do professor.

__ Ora, Potter. – disse Haver levantando os olhos e fitando o rosto de Alvo – Hoje você vai limpar caldeirões – lhe estendeu um pano – Ande.

Naquele momento Alvo quis azarar Jason Haver ali mesmo. O garoto pegou o pano na mão do professor e andou até cinco grandes e imundos caldeirões. Ele estava de cabeça cheia o primeiro jogo de quadribol se aproximava, Grifinória contra Corvinal, e Megan havia desaparecido.

Enquanto limpava um dos caldeirões Alvo pensou o que estaria acontecendo com Megan naquele momento, se ela estaria bem, se ela estaria... Viva!

Alvo estava limpando o terceiro caldeirão quando Taylor Clavegen, professor de defesa contra a arte das trevas entrou na sala pisando duro e sua capa preta dançava no vento.

__ Professor Haver. – pronunciou Clavegen animado – O garoto Sonserino conseguiu...

__ Taylor – gritou Haver indicando Alvo com a cabeça – Vamos falar na sua sala – e olhando para o garoto acrescentou – Você, continue limpando, não saia até eu voltar.

Os dois professores se retiraram e Alvo ficou desconfiado: “Já é estranho Hagrid sair em uma missão de Hogwarts, agora os dois piores professores saem em conversas suspeitas?”.

O jovem Potter largou o pano no chão e foi até a sala de Clavegen – que não era muito longe – A porta estava fechada, Alvo encostou-se e ouviu parte da conversa.

__ Ele foi para onde? – gritou Haver –

__ Algum lugar. – disse Clavegen rindo – Garanto à você que ele não está dentro do castelo. Nenhum deles.

As vozes estavam mais baixas, pareciam sussurrar. Alvo encostou com mais força na porta e a mesma tremeu. Ele percebeu que os professores pararam de repente de falar.

O garoto começou a correr de volta à sala de Haver. Chegou ofegante, recolheu o pano do chão e tornou a lustrar os caldeirões.

“Eles sabem o que Dominus fez” – pensava Alvo – “É uma conspiração”.

Haver entrou na sala com uma expressão de dar medo, mirou Alvo com desprezo e cuspiu as palavras:

__ Ainda não terminou?

__ Não – respondeu Alvo, e logo sua voz virou um sussurro que apenas ele mesmo pôde ouvir – eu estava ocupado espionando você.

__ ANDE, SE RETIRE – gritou de repente o professor – SEGUNDA VOLTE CEDO! E AMANHÃ EU TORÇO PARA QUE A GRIFINÓRIA PERCA AMARGAMENTE PARA CORVINAL.

Alvo estava pasmado com a reação tão inesperada de Haver, depositou o pano na escrivaninha e saiu apressado de lá.

Ao chegar ao quadro da mulher gorda, o garoto teve que acordá-la outra vez.

__ Você nunca me deixa dormir. – ela resmungou sonolenta –

__ Eu não posso fazer nada. – Alvo disse – Eu tenho que cumprir minhas detenções, infelizmente.

Ele entrou na quente sala comunal e subiu para o dormitório totalmente exausto e com a cabeça borbulhando de informações.

Já deitado, sua mente se focava no rosto de Megan. E Alvo adormeceu suavemente.

Alvo Severo P. E O Senhor Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora