Capítulo 11 - Detenção e Mary Avecamour

853 61 3
                                    

Alvo estava olhando Tiago desaparecer do campo, enquanto Rose estava parada, imóvel com os braços cruzados. Megan estava sentada do lado de Alvo mal acreditando no que a ruiva acabara de fazer.

__ Eu retiro o que disse. – sussurrou Scorpius para só Rose conseguir ouvir – Você não é como todos os Weasleys, eles nunca defenderiam um Malfoy.

Scorpius deu uma última olhada em Rose, sorriu agradecido e deixou o campo com Thomas Kills.

__ Vocês vão brigar comigo também? – perguntou Rose à Megan e Alvo –

__ Não, eu não. – disse Alvo se levantando – Mas você devia ver com a Megan, ela sofreu muito com as implicâncias do Malfoy.

__ Por mim está tudo bem. – disse Megan se levantando também – Não podia ter sido ele mesmo. Como Thomas disse, ele não apontou a varinha para Alvo.

Os três se retiraram dali juntos, embora tivesse muitas chances do quarteto virar apenas um trio, eles foram falar com Tiago. Acharam-no na sala comunal da Grifinória.

__ Tiago. – disse Rose suavemente –

__ Cansou de defender o Malfoy? – perguntou Tiago com desprezo –

__ Chega. – explodiu Megan – Parem os dois. Tiago, Scorpius não tirou nem mesmo a varinha das vestes e Rose o defendeu para ser justa, apenas.

__ Desculpe. – disse Tiago baixinho – Me excedi. – ele colocou uma mão atrás da cabeça.

__ Tudo bem. – Rose concordou sorrindo –

Megan subiu para o dormitório alegando estar cansada demais para fazer qualquer coisa, Rose subiu com ela, pois precisava revisar algumas matérias, Tiago ficara numa poltrona à frente da lareira e Alvo saiu da sala comunal e foi até a sala de Jason Haver, o professor de poções, para cumprir a detenção.

Chegou a uma porta de madeira verde, deu três batidas, girou a maçaneta e entrou. O olhar do professor se fixou em Alvo.

__ Então, o que eu preciso fazer? – perguntou Alvo impaciente –

__ Vamos com calma – Haver abriu um grande sorriso – Vá polir os frascos daquele armário. – estendeu um pano para Alvo – Ande.

Alvo pegou o pano, fuzilou o professor com os olhos e se dirigiu ao armário. Abriu e uma aranha desceu livremente até o chão. O garoto assoprou a poeira que ali estava e pegou o primeiro vidro, poliu com força até ficar transparente – antes estava preto –. Logo foi o segundo, o terceiro, o quarto vidro... O vigésimo segundo e último vidro.

O garoto Potter, olhou para o teto e deu uma respirada forte, seus braços e dedos doíam, mas não iria contar ao professor, ele queria era que aquilo mesmo acontecesse.

__ Terminei. – pronunciou Alvo depositando o pano em cima da escrivaninha de Haver – Posso ir?

__ Não liberei você, Potter. – disse ele com azedume –

__ Mas já está tarde! – disse Alvo olhando o relógio de parede –

__ Está bem, vá. – disse Haver à contra gosto – Mas, amanhã é sábado, quero você aqui cedo.

* * *

Alvo se “arrastou” até a sala comunal da Grifinória. A mulher gorda cochilava suavemente no quadro. O garoto teve de acordá-la e ainda ouvi - lá reclamar que não a deixavam dormir em paz.

Quando o jovem Potter entrou na aconchegante sala comunal, Tiago o esperava acordado numa poltrona.

__ Demorou! – comentou Tiago levantando-se – Fiquei aqui te esperando há horas.

__ Eu não pedi que me esperasse. – disse Alvo mal humorado – Tive que polir vinte e dois frascos com ingredientes para poções –

__ Tenho uma notícia para você. – disse Tiago constrangido – Fui atrás da Mary Avecamour.

* * *

FLASHBACK:

Assim que Alvo saiu da sala comunal para a detenção, Tiago desceu atrás, mas fora para o salão comunal. Deu uma espiada na mesa de Corvinal. “Uma garota de cabelos negros ondulados, olhos negros, terceiroanista” Ele repetia buscando a garota que Alvo havia encontrado na biblioteca.

Avistou Mary na mesa de Corvinal, estava cercada por uma garota morena de cabelos negros e lisos. “Deve ser a filha da Parvati Patil, papai mencionou ela, ela deve ser a... Amber Patil”.

Tiago andou até a mesa de Corvinal, as garotas da casa ficavam olhando atentamente para onde aquele Grifinório estava indo.

__ Mary Avecamour? – perguntou ele quando estava atrás da garota –

__ Sou eu. – disse ela com uma voz sonhadora, se virando para Tiago – Oh, Tiago Sirius Potter.

__ Como sabe? – perguntou Tiago desconfiado enquanto a garota se levantava para ficar de frente para ele –

__ Ora. Eu vi você ser selecionado no seu primeiro ano. Entramos no mesmo ano, não se lembra? – perguntou Mary com os olhos cintilantes – Claro que não. Mas, o que quer comigo?

__ É, não lembro – ele abaixou o tom da voz – Quero falar sobre Dominus. Como sabe que ele foi criado com ódio e porque ele ameaçou Megan?

__ Ah. – exclamou ela feliz – Eu conheço um pouco sobre a história de Dominus. E não leve a mal a ameaça dele, ele já ameaçou a Amber também. – Amber Patil deu um sorriso constrangido –

__ Amber é nascida trouxa? – perguntou Tiago –

__ Não, ela é mestiça. – respondeu Mary – Mas, Dominus preza Sangue-puro, como a maioria dos Sonserinos – ela deu uma olhada na mesa da Sonserina –.

__ Bem, de qualquer forma, obrigado. – Tiago disse observando Scorpius Malfoy –

__ De nada. – a garota voltou a se sentar e Amber disse algo que o garoto não pode ouvir –

Então Tiago se afastou devagar, e voltou à sala comunal da Grifinória para esperar Alvo.

FIM DO FLASHBACK.

* * *

__ Então ela sabe a história de Dominus? – perguntou Alvo quando Tiago lhe contou a conversa –

__ Saber sabe. Contar não conta! – disse ele bocejando – Vamos dormir, estou cansado.

Os dois subiram. Tiago deitou na cama e logo estava dormindo, mas, Alvo não, perdera o sono.

Alvo Severo P. E O Senhor Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora