Capítulo 22 - A casa dos gritos.

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Rose acordou e se viu caída no gramado. Sentou-se com a cabeça ainda latejando, quanto tempo estava ali? Passou a mão pelo rosto e saía sangue. Foi até Scorpius, mas ele continuava desacordado. Restou à ruiva descer pelo buraco do salgueiro lutador e ir atrás de Tiago e Alvo

***

Tiago e Alvo entraram pela caverna escura e estreita, desceram as escadas silenciosamente. Gotas vermelhas pingavam no chão. Os irmãos Potter continuaram a andar, até ver uma luz. Chegaram a uma sala ampla e grande, ainda velha, uma escada e alguns móveis. Nada anormal.

Tinha algumas gotículas de sangue escorrido pelo chão. Alvo olhava para trás, mas continuava sem nenhum sinal de Rose, teria ela desistido?

Tiago puxou o mapa e tocou nele com a varinha. O mapa começou a ser traçado. Dominus estava na casa, assim como as vítimas.

__ A gente vai entrar? – sussurrou Alvo com um pouco de medo na voz –

__ Vamos. – disse Tiago com firmeza – Mas, a gente não tem um plano, lembra?

__ Lembro. – confirmou Alvo – A gente improvisa.

Alvo e Tiago continuaram a andar, adentraram na sala ampla, e tiveram uma visão horrorosa.

Amber Patil estava flutuando de ponta à cabeça, desacordada, machucada e pingando sangue, como todos ali.

Peter Green estava “amarrado” magicamente por cordas brilhantes. Ele estava com uma aparência horrível, estava bastante pálido.

Samantha Jingles estava acordada, sentada abraçada aos joelhos, lágrimas escorriam pelos olhos até chegar ao chão. Os soluços dela eram altos, ela quase não se mexia.

Os outros garotos estavam deitados no chão, se mexendo levemente, pareciam estar sobre algum encantamento.

__ E Megan? – indagou Tiago enquanto visualizava todos –

__ Não sei. – disse Alvo andando pelo local com a varinha em punhos –

Dominus não estava ali. Tiago tornara a consultar o mapa, Dominus estava numa sala longe, mas, permanecia na casa dos gritos.

Alvo encontrou Megan deitada bem no cantinho. Ao contrário dos outros, ela estava com o cabelo molhado de água e sangue. Estava desacordada, a cor esvaiu-se de seu rosto. Mas, ela ainda estava viva, embora bastante fraca, ainda mais fraca que da última vez que Alvo a vira.

__ Megan – murmurou ele cheio de remorso – Eu devia ter vindo te salvar mais cedo.

__ Só estar aqui, já está bom. – disse uma voz bastante fria e arrastada atrás dele –

Tiago virou-se rapidamente para onde vinha a voz. Era Dominus, estava com as vestes verdes em perfeito estado, os cabelos castanhos estavam penteados, e a varinha em punhos.

Alvo virou-se também para olhá-lo, e se surpreendeu do tamanho da tranqüilidade e do sangue frio dele. “Digno da Sonserina” pensou Alvo com raiva.

__ Olá Potters. – disse ele com um sorriso sombrio – Eu sabia que vocês viriam. Acabar com dois irmãos de uma vez, que alegria. – ele riu e Alvo sentiu um calafrio –

__ A TROCO DE QUÊ? – gritou Tiago de repente –

__ Hum, oba, vamos explicar. – disse Dominus calmamente – Aceita uma cadeira, um chá? A história é bastante longa... Minha mãe era uma sangue ruim qualquer como essa ai – olhou com desprezo para Megan – Ela veio para Hogwarts, foi bem sucedida e conheceu meu pai... Eles se casaram e tiveram um filho.

__ Eles devem se arrepender hoje. – arriscou Alvo fitando Dominus –

__ Não atrapalhe a história – gritou Dominus com rispidez – Meu pai era, e ainda é muito apegado à arte das trevas. Queria que eu fosse um grande bruxo. Meu pai sabia vários idiomas. – ele disse com ar sonhador – Convenceu minha mãe à por meu nome de Dominus Mors, que em latim, significa Senhor da Morte.

__ Ótimo nome hein? – ironizou Tiago forçando uma gargalhada –

__ Lógico que sofri muito. – continuou Dominus ignorando o comentário de Tiago – Alguns “colegas” meus da Sonserina sabiam falar latim e colocaram apelidos em mim. Eu senti ódio da minha mãe...

__ Mas foi o seu pai que sugeriu... – expressou-se Tiago – E O QUE ISSO TEM HAVER?

__ Meu pai, eu entendo. Ele é um grande homem. – disse Dominus com o mesmo ar sonhador – Mas minha mãe, aquela sangue ruim idiota. – seus olhos faiscaram – Se ela não fosse tão burra, ela diria não. Eu fiquei conhecido como mestiço até. Culpa dela. E quando tive certeza que aprendi as maldições direito, eu a matei – ele sorriu estonteante – Voldemort teria orgulho de mim...

__ Se não estivesse hum, vejamos – disse Alvo fingindo estar pensativo e andando até Tiago – MORTO!

__ E é ai que vocês entram Potters. – disse Dominus triunfantemente – Seu papai idiota matou o maior bruxo que existiu no mundo. E eu finalmente poderei tomar o lugar dele... Meu pai terá orgulho de mim, ah se terá, honrarei meu nome.

__ E o que todas estas pessoas tem haver? – perguntou Tiago olhando para Megan –

__ Sua amiga sangue ruim, me lembrava muito minha mãe. Só não a matei por pura inteligência dela, e rapidez de vocês. – ele olhou para ela – Eu mantinha todos com a maldição Imperius, todos me obedeciam como ovelhinhas. Mas, Megan, um dia conseguiu resistir, fez tudo que eu mandei o dia todo, puro fingimento, ela estava fraca mais andou até o castelo com a esperança de falar com alguém... – Alvo sentiu um peso enorme – Quando notei que Megan havia sumido fui direto ao castelo. Vi quando você, Alvo, saiu correndo para chamar McGonagall, um terrível erro, deixar a garota sozinha? – ele fez sinal negativo com a cabeça – Tive que arrastar Megan de volta para cá. Senti tanto ódio dela, quanto sentia da minha mãe. Minha mãe era inteligente, era nascida trouxa, era feliz, e corajosa... Mas, ela era um zero à esquerda, eu nunca iria ir para frente com ela... Quando retornei com Megan para cá, eu a torturei – seus olhos brilharam com intensidade naquele momento – Ah, torturei até ela gritar, embora os gritos fossem abafados. Descontei minha raiva em todos aqui.

__ A troco de que? – tornou a perguntar Tiago –

__ Hum. – Dominus se aproximou dos dois – Eu gosto de ver as pessoas sofrerem, me dá uma ótima sensação de felicidade. Seqüestrei todos os indignos daquela escola, mestiços e nascidos trouxas... Eu vou matar todos, pena que terei de matar sangue puros como vocês, mas a vida nos manda fazer sacrifícios. – ele sorriu – Sou uma pessoa gentil, deixarei vocês verem a morte de Megan.

A cor que ainda restava no rosto de Alvo desapareceu completamente, seu corpo estava gélido. Tiago estava parado imóvel sem reação, o mapa do maroto estava caído no chão. Dominus apontou a varinha para Megan e suspendeu a garota no ar. Ela veio flutuando até a frente dos garotos.

__ Eu quero que ela esteja acordada – disse Dominus colocando Megan no chão e indo até ela, tocou a varinha no pescoço dela e ela abriu os olhos –

__ Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah. – ela soltou um grito de puro medo –

__ Megan! – Alvo quis gritar, mas ao invés disso, sua voz virou um sussurro –

__ Alvo – Megan respondeu tentando sorrir, embora não conseguisse –

Dominus tornou a levitar Megan, embora ela agora se mexesse freneticamente. Alvo e Tiago se entreolharam com um enorme nó na garganta.

Alvo Severo P. E O Senhor Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora