Capítulo seis

29 5 27
                                    

~ Kate

O Felipe estava meio estranho desde q a Lí veio falar com a gente. Não faz sentido, eu acho. Ela é super simpática e agradável, assim como a Lala. São minhas únicas amigas, não há razão para agir estranho com elas. Muito menos ser grosso. Melhor não perguntar nada pro Felipe, ele pode não querer falar sobre o assunto.
Isso não me faz parar de querer saber o motivo, na verdade até aumenta minha curiosidade.

Depois de discutir com o Raphinha, eu e o Felipe saímos da área das piscinas. Agora, estamos indo para o quarto. Resolvo quebrar aquele silêncio constrangedor:
- Vai tomar banho também?
- Pq tá perguntando isso? - ele abre um sorriso de lado
- Aff, seu bobo! Para tirar o cloro do corpo!
- Ahhhhh. Hahahahaha!

Riu também. Acho q ele está menos tenso agora. Melhor não perguntar nada mesmo assim, ele pode mudar de humor de novo. Se bem q eu fiz ele voltar ao normal, só q a culpa não tinha sido minha quando teve a 'briga'. Agora seria culpa minha e, bem, eu poderia não conseguir fazê-lo voltar ao normal:
- Felipe. Você, por acaso, ficaria muito bravo se eu te perguntasse uma coisinha?
- No máximo eu ficaria um pouco, só q por um pequeno período. Sabe pq, Kate?
- Hum... Pq?
- É q eu não consigo ficar bravo com vc, minha ruivinha
- Foi um elogio?
- Pq não seria?

Acho q pela primeira vez não coro por vergonha. Não sei o motivo, mas não me senti envergonhada:
- Oq você quer me perguntar Kate?
- Ah sim, certo. Pq ficou meio estranho, quando estávamos com as meninas?
Ele suspira:

- Não gosto delas. - bem sincero
- Sem motivo.
- Mentira. Não percebe que elas são falsas? A Lívia por exemplo, é pior q a outra!
- Q a Lala?
- Essa aí.
- Elas são super simpáticas, uma graça! São minhas amigas, Felipe. -explico
- Você fica cega por causa disso. A Lívia é minha ex.
- Estou surpresa! Tinha namoradas e não só, éérrr, não sei o nome.
- Peguetes? -assinto e ele ri- Pois é, antes dela eu só tinha namoradas. Mas todas duravam um mês no máximo mesmo, então, dá na mesma.

- Entendi.
Estamos caminhando bem devagar, e por um caminho mais longo, portanto, ainda não chegamos na suíte. Se bem que daqui a pouco, encontramo-nos lá.
- Sabe Kate, nunca gostei de relacionamentos sérios. Acredito ser repetitivo ou entediante, por isso não tenho amizade com mulheres. -ele sorri malicioso- E como podemos constatar, não é assim q está acontecendo conosco. -seu sorriso se abre mais- Continuando. A Lívia queria continuar comigo por muito mais tempo, e claro q discordei. Isso foi quando eu tava no primeiro do Médio, 2 anos atrás. Brigamos e ela foi pra casa da Lauren, q veio implicar comigo. Fui beber e a deixei falando sozinha, mesmo assim, ela veio atrás e, dessa vez, com a Lívia.

- Só por causa disso não gosta delas?
- Não terminei, ruiva. Comecei a pegar uma menina, sem saber q elas estavam ali. Então, começaram a fazer drama na frente de todo mundo pq eu estava traindo elas.
- Como assim? Traindo as duas?!
- Nem eu entendi. Falaram q eu namorava a Lívia, aí eu comecei a ficar com a Lauren, e elas descobriram isso sozinhas. Nada a ver, sério! A menina q eu tava pegando me deu um tapa e saiu chorando. Protestei, discordando. Óbvio q não deu certo e ninguém acreditou em mim. Sabe oq fiz depois disso, então?

- Oq? -estou extremamente entretida na história, admito
- Falei em alto e bom som: 'já q imagina tanto isso, vou me tornar essa pessoa'
- Quanta infantilidade, tenha dó Felipe!
- Hoje também acho uma atitude imbecil. Mas não me arrependo, bem melhor minha vida depois disso!
Fico emburrada, realmente, alma d menino sem vergonha! Não presta mesmo!

- Mesmo assim, não há razão para não gostar delas.
- Não entende, Kate?! Elas mentiram e me esporam totalmente, eu só fui tentar esquecer tudo aquilo!
- Bebendo e pegando outras! Muita irresponsabilidade, a Lala tava só defendendo a amiga dela!
- Espero q quando perceber sua ceguisse, não sofra tanto. - o ouço sussurrar

Me calo e, irritada, abaixo a cabeça. Ele não pode estar certo, não faz sentido. Elas são amigas, estavam se defendendo apenas. Nem q para isso precisassem mentir. De repente, sinto um par de mãos me levantando pela cintura:
- Quem é?! Pq está fazendo isso!?
- Relaxa minha ruivinha, é só seu anjinho te levando.

É o Felipe, tinha q ser. Ele me vira de costas para o caminho e ficamos frente à frente. Estamos parados e, ainda situo-me levantada:
- Faz um favor pro seu anjinho, coloca seus braços em volta do meu pescoço.
- Não vou fazer isso. E para de inventar apelidos, você definitivamente não é um anjo, muito menos o meu.
Ele começa a me fazer cócegas, portanto, passou a me segurar mais perto de seu corpo e com apenas uma mão. No caso, um braço, caso contrário, eu poderia cair:
- Para, hahaha, aí é tortura!
- Então me obedece, senhorita

Realizo seu pedido e recebo um sorriso vitorioso como resposta. Ele me faz ficar de lado, tecnicamente. Sua mão direita segura minhas costas e a esquerda, entre minhas panturrilhas e minhas coxas:
- Pq me segura no seu colo, estilo quando noiva sai da igreja?
- Simples Kate, sou seu anjinho

Ele pisca com o olho direito, e me leva correndo pro quarto:
- Para de correr Felipe, vão pensar besteira!
- Q pensem, eu estou me divertindo, isso sim!
Ele gargalha e dou uma curta risada. Até q eu estava me divertindo também, pena q durou pouquíssimo tempo de lá pra suíte. Ao chegarmos, sou jogada na cama:
- Isso fica muito ambíguo, sabia?
- Diz minha língua, Kate

Dessa vez, eu gargalho:
- Eu estou falando. Quis dizer q isso fica com duplo sentido, entendeu?
- Quis dizer pra você falar menos formalmente. Bem, pense como preferir. Adoro te jogar aí, a culpa não é minha
- Pq gosta tanto de me ver envergonhada? -falo me sentindo um morango
- Vc fica linda assim.

Esse daí não tem jeito:
- Se arruma logo minha ruivinha, eu tô com fome. Antes disso, responda rápido
- Lá vem... -reclamo
- Prefere me chamar de meu anjinho ou meu loirinho pervertido?
- De Felipe né -coro
- Muita formalidade, Kate!
- Prefere Fê?
- Deus me livre Katerine! Vai me lembrar daquela vadia!
- Eiii, primeiramente, Kate não é meu apelido, é nome. Não me chamo Katerine. E segundo, a Lí não é vadia. Vou te chamar de Lipe e ponto final.

- Tudo bem então. E eu vou te chamar de meu anjo.
- Mas não era você o anjinho? -questiono confusa
- Nós dois somos. Assunto encerrado? -dou risada
- Tá, tá. Assunto encerrado.
Tomo banho e saio com minha toalha enrolada no corpo, para escolher minha roupa. Felipe me observa com malícia, àquela altura eu nem ligava mais pra isso.
Escolho um vestido azul simples, com um decote em V bem sutil. Além disso, ele também é um pouco degradê, por ser azul cor do céu na parte do decote até a cintura, e azul bebê da cintura até na região dos joelhos, onde a vestimenta termina.

Felipe entra no banheiro com sua toalha preta, uma camiseta branca e uma bermuda jeans escuro. Logo em seguida, ele fecha a porta. Pelo menos isso, graças a Deus! Me visto e, por baixo do vestido, ponho um shorts azul escuro, q recortei de uma legging. Só para ninguém ver minha calcinha, Deus me livre.
Agora só preciso esperar o Lipe para irmos almoçar. Confesso q estou morrendo de fome também.

Não tenho mt oq falar, então ne só e.s.p.e.r.o q tenham gostado.
Vai ter um pequeno transtorno próximo cáp.... Besos 😘😘

O crush da minha pior inimiga Onde histórias criam vida. Descubra agora