~ KateSento na cadeira q está entre Felipe (ao meu lado direito), e Lauren (ao meu lado esquerdo). Meu Deus, quanta comida! E nossa, que mesa linda! Nem sei descrever oq tem, eu queria pegar um pouco de cada coisa, mas com certeza isso não será possível.
Há várias mesas de 12 lugares, estou na mais próxima da porta e com uma janela atrás de mim. Ainda bem q não está ventando, senão eu nem conseguiria comer com meu cabelo no rosto! Acho legal como arrumam as comidas aqui, pois não ficam em uma grande mesa, onde todos vão pegar, e sim, em cada mesa de 12 lugares.Eu particularmente prefiro, me parece mais familiar. Apesar desse hotel ser caro e tudo mais, ele é meio caseiro, se assim posso dizer. Todas as mesas estão iguais, com uma comprida travessa feita de barro, com arroz branco, outra com arroz integral e ainda outras duas com feijão preto e feijão carioca.
Há também uma bacia de vidro com vinagrete e outra, só q menor, com farofa. As outras travessas compridas, contém alguns tipos de carne. Como maminha e carne seca. As travessas pequenas dispõem de couves-flores, couve-manteiga refogada e brócolis, além de ervilhas, palmitos e milhos já cortados.Amanhã será uma refeição diferente, porém, o café da manhã é sempre igual. Seguidamente, Felipe me chama para ir jogar basquete:
- Já viu minha altura senhor Felipe?
- E daí? Querer é poder, meu anjo!
Rio do comentário e vamos para a quadra. Me sento em um banco ali perto e observo o jogo por uns 10 minutos. Raphinha também está lá, falando nele, o vejo vir em minha direção:
- Não vai jogar, ruiva?
- Não quero Raphinha.
- Algum problema por aqui? - Felipe se aproxima de nós
- A Kate quer ficar no meu time, Fê.
- Eu não falei nada disso! - exclamo indignada
- Ela vai ficar no meu time. Vamos meu anjo - Lipe enfatiza a última fraseSem opções, me junto ao, agora, meu time. Jogamos por uma hora, estou extremamente suada e cansada, apesar de não ter conseguido fazer uma cesta. Eu até tentei umas 5 vezes, pena q não deu certo:
- Lipe, vamos parar. Estou exausta -peço
- Tudo bem, não quer tentar fazer uma cesta?
- Eu não consigo, não viu minhas fracassadas tentativas?
- Vou te ajudar então
- Como?
- Verá, meu anjoResolvo seguir o conselho. Roubo a bola do Raphinha, desvio dos outros dois meninos do time adversário (cada time estava com 3 pessoas), e chego na cesta. Respiro fundo, vou conseguir:
- Não se assusta e segura firme a bola, anjo.
Claro q me assusto, mas não deixo a bola cair. Felipe me levanta pela cintura, por trás. Agora, meu rosto está na altura do cesto, jogo a bola dentro do buraco e yeah! Consegui! Começo a rir, só não por muito tempo. Não sinto mais o calor das mãos de Felipe em minha cintura.Ah não, ele me soltou. Vou cair, contudo, posso segurar a bordinha da cesta, como os famosos jogadores de basquete fazem. Àquela altura eu já havia demorado, portanto, apenas meus 3 dedos direitos conseguiram me deixarem pendurada.
Seguidos uns dois segundos, caio. Droga, vou me estatelar no chão e passar o próximo mês toda quebrada! Calma, para tudo. Cai em algo mais macio q o chão da quadra. Bem mais.Alguém me segura no colo. Deve ser o Felipe, pq ele me soltou? Me viro para agradecê-lo e, não é ele não. Nossos narizes estão encostados, só vejo seus olhos. Eles são dourados perto da íris e o restante dos olhos castanhos.
Coro por conta da distância entre nós e fico de pé. Ajeito meu vestido e observo meu 'salvador':
- Raphinha?!
- Pq essa reação, ruiva?
- Achava q seus olhos eram pretos. -ele ergue uma sobrancelhaFelipe me segura pelos ombros e pede:
- Desculpa ter te soltado Kate, certa pessoa me atrapalhou -ele encara o amigo sem virar o rosto- vamos indo, você está cansada
- Certo, tchau Raphinha -aceno para ele, q segura minha mão esquerda- Primeiro, deixa eu te ensinar como se despedir de alguém
Ele coloca minha mão em seu ombro levemente bronzeado, e a sua mão, na minha nuca. Sua mão é mais quente q a do Felipe, mas é menor. Rapidamente, seu rosto aproxima-se do meu. Ele não vai me beijar, né? Ah meu Deus, isso não pode acontecer.
Fecho os olhos com força, espero q seja um sonho. Sinto seus finos lábios rosados em minha bochecha. Abro os olhos e ele se afasta:
- Agora você, Kate
Nem preciso comentar que estou quase vinho. Tiro minha mão de seu ombro, mesmo ele não me soltando. Rapidamente, beijo sua bochecha. Assim como ele fez.Corro até Felipe aparentemente emburrado, já fora da quadra. Ainda bem q meu cabelo não enroscou na mão do Raphinha:
- Oi Lipe, desculpe a demora -recebo um sorriso com covinhas como resposta
- Tudo bem, vou te mostrar um lugar
Vamos parar entre os coqueiros e depois de um longo tempo por lá, encontro uma trilha de terra:
- Segue a trilha e chegará ao céu, anjo
- Tem certeza? Sabe como voltar, né?
- Relaxa.
- Pq me trouxe aqui, Lipe?
- Pq um menino traria uma menina pro meio do matagal? -ele sorri maliciosoDou um passo para trás, receosa:
- Mas, você prometeu.
- Prometi oq Kate?
Ele faz uma expressão preocupada e confusa, dando um passo em minha direção. Meu medo aumenta umas mil vezes com tal gesto, resultando em mais dois passos meus para trás:
- Não Kate, cuidado. Venha até mim, por favor
- Achei q fosse meu amigo, q cumprisse promessas! - grito chorando de raiva
- Por favor, vem cá -ele não para de olhar atrás de mim, como se tivesse um animal selvagem aliNão consigo acreditar em mais nada q venha do Felipe. Eu comecei a confiar nele, como pude?! Vou fugir daqui, nem q eu me perca. Antes de começar a correr, mais um passo. Cai na terra, como assim? Está tudo inclinado. Minha cabeça dói, acho q a bati.
Acho q vou desmaiar.Ah meu deeeeeus. A parte da Kate cair não tava programada, a.c.a.b.e.i d inventar. Mds, vai mudar td q eu havia planejado mas blz. Hahahahaha (riso d desespero).
O Lipe vai narrar o próximo capítulo, ent ele vai explicar pq o anjo da vida dele caiu "do nada".
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O crush da minha pior inimiga
Novela JuvenilFelipe sempre foi apaixonado por Kate. Mas parece que seu amor não é recíproco. A melhor amiga de Kate, Lauren, é apaixonada, ou melhor, obcecada por Felipe. E agora, todos estão em um hotel onde algumas coisas podem mudar.