Sinaleira

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Nós saímos da escola e fomos até o carro do Benjamin, entramos e ele começou a dirigir. Não falamos nada o caminho todo, até pararmos em uma sinaleira. Benjamin abaixou a cabeça e depois olhou pra mim.

Benjamin- Mel... Me desculpa por aquele dia, você tinha razão... Eu...

Mel- Ei.

Benjamin parou de falar.

Mel- Eu é que tenho que pedir desculpa, eu não deveria ter te tratado daquele jeito, você só tava tentando me ajudar.

Benjamin- Mel, eu não estava falando só por aquele dia, eu tô falando de todos os dias que te fiz mal. Desde o primeiro dia de aula até hoje. Eu não tinha o direito de te tratar assim.

Mel- Tudo bem. Acho que nós dois erramos.

Benjamin- É....

O sinal ficou verde e Benjamin continuou dirigindo até chegarmos na frente da minha casa.

Benjamin- Chegamos, você vai ficar bem sozinha?

Mel- Por que? Você quer ficar?

Eu arregalei os olhos, depois de perceber o que eu tinha acabado de falar.

Benjamin me olhou, surpreso.

Nós começamos a falar ao mesmo tempo.

Mel- AHM, EU SÓ TAVA BRINCANDO, EU FALEI NO IMPULSO, VOCÊ SABE QUE EU FALO UMAS COISAS ESTRANHAS ÀS VEZES...

Benjamin- SIM SIM, CLARO. EU SEI.

Silêncio.

Benjamin- ahmm.... Você conhece o Skywalk observatory? É um dos pontos turísticos mais bonitos de Boston, na minha opinião.

Mel- Não, porque?

Benjamin- Eu gostaria que você fosse amanhã lá.... Comigo.

Benjamin corou e deu um sorriso de leve.

~não surta, Mel~

Mel- Claro... Eu vou sim, eu adoraria ir com você.

Benjamin- Ah, sério? Quer dizer, que bom! Eu venho te buscar às 19:00, pode ser?

Mel- Pode, pode sim.

Benjamin- então até amanhã, Mel.

Mel- Até amanhã.

Nós sorrimos, nos sentindo sem graça pela situação que acabara de acontecer.

Eu abri a porta do carro e saí. Dei tchau para o Benjamin, que retribui com outro tchau e um sorriso encantador no rosto. Fechei a porta e fui em direção à porta de casa, com a chave na mão. Benjamin foi embora e acompanhei o carro com meus olhos. Abri a porta e entrei.

Corri para o meu quarto e pulei na cama. Meu coração estava batendo forte e mil coisas passavam pela minha cabeça, é uma delas era o Benjamin, com aquele sorriso que me fazia sorrir junto sem perceber.

~vai ser difícil de dormir a noite~

Sem perceber, estava com um sorriso estampado no rosto, pensando em Benjamin.

O que o tempo não faz?Onde histórias criam vida. Descubra agora