はち

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👘OITO👘

Afasta, pois, a ira do teu coração e remove da tua vida o mal, porque a adolescência e a juventude são vaidade.
Eclesiastes 11:10

Um mês depois

Os dias se vão assustadoramente rápido e nem parece que faz um mês que acontece aquele incidente em meu trabalho. Aliás, o local está mais cheio e mais notório do que antes; e todos se disponibilizaram a ajudar na reorganização do restaurante.
Porém agora estou na universidade – mais precisamente no campus de Hongo que é onde se localiza o departamento de medicina – assistindo a aula introdutória de fisiologia, que é extremamente necessário no curso assim como as demais aulas. Por esses dias, fiz três amizades de quase 40 alunos numa sala. Essas nomeiam-se por Ichigo Hashida, Sayuri Okao e Asuka Obashi. 

Ichigo tem apenas 20 anos, possui cabelo castanho-escuro, olhos negros, semblante sério, alta estatura e corpo esbelto em sua leve medida. Quanto a Sayuri, ela tem 18 anos, provida de uma cabeleira acastanhada, com franja, igual a cor de seus olhos. Já Asuka, também possui 18 anos e é bastante carismática. Ela tem uma face pequena, com cabeleira curta de tom castanho médio, com franja, também; ela é provida de olhos de tonalidade castanho-escuro e é de baixa estatura – igual a mim.

Toda vez que estamos próximos uns dos outros, acontece alguma coisa extremamente insensata, pois gostamos de fofocar e observar o que acontece nos arredores. Nisso, descobrimos até o canto dos beijoqueiros. Por mais que haja muita disciplina e ordem, existe tais situações. Mas não é de se comparar ao que pode ser visto no meu país natal. De uma coisa eu tenho certeza, lá é muito pior. Porém aqui tudo é bem escondido para não serem apanhados pela coordenação. Geralmente, esses aventureiros, são os que vão passear pela Todai e que não se importam muito com as aulas, porquanto a maioria dos estudantes prezam pela dedicação extrema aos estudos, a fim de obterem notas excelentes. Sendo assim, diversão alheia somente está aceita nas festas universitárias. Fui para uma que teve e não me encantei muito, tanto que a minha farra mais meus amigos foi irmos para a torre de Tokyo a passeio.

— Vai lanchar ou almoçar agora, Melissa? — pergunta, Sayuri, que está no assento em minha retaguarda. Já estamos próximos do meio-dia e não vejo a hora de me alimentar.

— Almoçar. Vou para casa e depois para o trabalho — digo e olho para frente, ouvindo a professora anunciar o término da aula.

Levanto, ajeitando meus cadernos e estojo, pegando a mochila e pondo no ombro, seguindo para a porta de saída e esperando o pessoal a fim de saírmos juntos. Seguimos falando sobre o quão cansativo é tais aulas. Meu pescoço dói  de tanto ter que mantê-lo ereto.

Nas proximidades do térreo, despeço-me dos meus colegas:

— Gente, até amanhã. — Dou tchau para os três e Ichigo brada duma certa distância:

— Cinema amanhã! — Sim, ele havia marcado conosco para irmos ao cinema, no qual Kenji disse que iria me levar e ainda não o fez. Baforo, desgostosa, e me retiro do campus. Não vejo a hora de chegar em casa.

É  bom ressaltar que Megumi, minha prima, tem passado mais tempo em casa, e esses dias dialogamos muito, sobre assuntos diversos, apesar que ela sempre introduzia Deus no meio. Porém tem sido uma ótima companhia juvenil no lar.

Quando já estou prestes a sair, de fato, da universidade, olho para o celular e vejo se há alguma mensagem à medida que ando, virando para a direita que, sem perceber, esbarro-me com alguém. Ergo o pescoço para ver um rapaz à minha frente, que, se comparar a minha altura e a dele, ele é gigante, e passo por ele espantada. No entanto, ele é um bem formoso à vista e olha que não é todo o dia que me deparo com alguém tão bonito assim.

Vivendo em TOKYO Onde histórias criam vida. Descubra agora