じゅう よん

28 4 0
                                    

👘QUATORZE👘

Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o seu conhecimento e a sua sabedoria! Quem pode explicar as suas decisões?  Quem pode entender os seus planos? Como dizem as Escrituras Sagradas: "Quem pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos? Quem já deu alguma coisa a Deus para receber dele algum pagamento?
Pois todas as coisas foram criadas por ele, e tudo existe por meio dele e para ele. Glória a Deus para sempre! Amém!
(Romanos 11.33-36)

Abro os meus olhos e me vejo num campo? Que estranho me é está aqui. Percebo que estou deitada e logo me levanto contemplando a natureza ao meu redor. Olho para o céu e vejo inúmeras constelações tão perto de mim que eu permaneço boquiaberta. Está claro apesar de tudo. O sol parece distante e ao mesmo tempo tão próximo,  porém o brilho não me cega e minha pele não se deteriora;  apenas sinto uma brisa suave passar por mim que me faz fechar os olhos para senti-la. Reabro os olhos, e me vejo numa plena escuridão. Estou longe do solo, porém que chão? Não o vejo.Só contemplo uma onda semelhante a onda de águas por toda a minha volta até que uma frase surge no meio dela:

"Nela não há forma, a escuridão a toma, a água lhe envolve"

Dito isso, uma pressão me puxa e me leva para frente, e agora vejo uma luz deslumbrante que me encanta de sobremaneira que eu sorrio. Longe de ser a luz do sol, mas a ela se assemelha. Então eu li novamente:

"Que da escuridão brilhe a luz"

Nada entendo o que eu vejo. É surreal, inigualável e mui exuberante. É como se eu estivesse vendo o universo por fases, no entanto minha mente não compreende.  Cada frase um enigma, a cada enigma uma nova coisa surge. Meu coração bate acelerado como se estivesse prestes a parar, contudo é apenas devido ao espanto que sinto. Meus pés estão distantes do chão e meu corpo sente o vácuo;  meus olhos vislumbram um universo que está a se criar.

Mais uma vez, meu físico é transportado para outro lugar ou seria avançando no tempo? Desta vez, vejo cada parte como numa espécie de tela dividida em inúmeras partes e em cada quadrado uma cena. Parece um filme, mas não o é. E para cada parte que observo, uma frase:

Dividam-se as águas

Seja o céu uma metade

Seja a terra a porção seca dos mares; esses sejam a junção das águas.

Da terra, os vegetais e árvores

No céu, os luminares

Esses são o sol, a lua e as estrelas
Em sua expansão

Um governa o dia e o outro a noite

Separam a luz da escuridão

Da água, seres vivos

As aves, no ar

Nos mares, eles aumentem

Na terra se multipliquem

E nesse mesmo lugar

se produza os animais de toda espécie

Eu não consigo me conter e uma lágrima escorre pelo meu rosto, porém não é de tristeza. Minha alma jubila de alegria a cada coisa que se sucede. Me é familiar as cenas que se seguem. Nunca li antes, porém ouvi. Estou diante daquilo no qual não creio, daquilo que digo que é um conto de fadas, da teoria que busco me abster dia após dia: o criacionismo. Quem creria se eu lhes contasse o que contemplo? Seria eu tida como paranóica e conseguinte lançada num hospício. 

Vivendo em TOKYO Onde histórias criam vida. Descubra agora