Seus olhos se abrem ainda naquela madrugada a única diferença é o nascer do sol que é nitidamente percebido no horizonte, rapidamente se põe de pé, pegando sua escopeta e guardando na mochila, o cenário era de destruição, a fumaça e o fogo ainda estavam ali pois só haviam poucos minutos que ocorreu a explosão. O único jeito é prosseguir, no objetivo de chegar em algum lugar que não fosse só dunas e quilômetros de areias brancas. As aves ainda o segue nos céus, com gritos bem distantes porém não faz importância para ele, e assim os passos para a sua busca foram dados.
Algumas horas se passam, o dia já nasceu no mundo de Anjelá porém Deshimerg ainda continua a caminhar fraco, algo parece perturba-lo como fome e sede até que ao olhar o horizonte e ver alguma coisa mas sua visão embaçada não consegue identificar o que é, decide então ir até aquele lugar misterioso.
Alguns quilômetros de areia mas perto, percebe que o solo está molhado, ao andar suja a sua bota de lama ao chega no cemitério de Baleias. Uma área enorme composto por várias baleias que não estão mortas e nem sangrando, parecia ter saído do mar a poucos minutos. Elas são baleias mentoras que identificam a perda de alguém ou mensagens de socorro. Deshimerg então anda observando aquela multidão de baleias no meio do deserto de Anjelá, que não reclamavam por falta de água ou qualquer coisa
São todos da mesma espécie, apresentando somente uma de baleia, as baleias azuis de 30 metros de comprimento e todas elas tinham marcas de mãos. As palmas das mãos de várias pessoas marcavam as baleias e deixavam ainda mais estranhas para ele. Ao andar mais um pouco ele se espanta com uma baleia que tinha um nome escrito:
- Deshimerg! – Ler bastante surpreendido.
Ele vai até aquela baleia e percebe que tem não tem muitas marcas de mãos, apenas duas uma maior e outra menor, então ele coloca a palma da mão esquerda na baleia, que logo começa aficar avermelhada e a exalar um pouco de fumaça vaporizada.
Então de repente várias lembranças passa em sua mente, várias cenas confusas passam em sua cabeça bem rapidamente.
Até que uma cena trava em sua mente, uma lembrança dos velhos tempos. La estava Deshimerg e seus amigos ainda pequenos, pareciam ter os seus 10 anos, estavam todos brincando em um parque que havia na cidade flutuante, com ele estavam seu primo que ele não lembra o nome, Dovbar e alguns outros amigos, eles se divertiam no parque, brincavam com o estilingue de madeira, aonde eles pegavam pedras e atiravam no time oposto, os meninos desconhecidos da cidade aonde estavam.
Voltam a maioria para casa com as costas marcadas, até que aquela cena linda e satisfatória começa a virar poeira e ser levada pelo vento, demonstrando que tudo aquilo morreu.
Uma segunda cena vem em sua mente quando conectada a baleia, na verdade uma mensagem de socorro, após aquela visão se tornar poeira, um homem lhe vem na cabeça de Deshimerg, parece meio abatido e cansado:
- Olá Deshi! Sou eu cara, Dovbar, seu velho amigo, ainda estou aqui apenas por um fio mas ainda estou vivo, preciso muito de você meu irmão, espero que esteja vendo essa mensagem, é o seguinte cara eu estou morrendo a cada segundo que se passa preciso muito de você, ai no cemitério de baleias eu deixei a minha filha, ela é a Kiphantres mas linda e carinhosa do mundo, preciso que cuide dela pra mim! Alguns caras estavam querendo me matar, então esconde ela por ai. Eu estou no Centro de Recuperação das terras Isoladas, se puder traga ela até mim, eu vou agradecer! Eu te amo brother.
A sua mão então se afasta da baleia, deixando-o muito confuso, e sem saber muito o que fazer, Dovbar veio à tona a sua mente, trazendo uma memória muito favorável de sua infância e sabendo que uns deles ainda está vivo, lhe deu também o aspecto de um mundo que realmente não existe mais. Algum barulho interrompe aquele momento de reflexão, parece ser sons de passos, passos curtos e bem rápidos se locomovendo de um lugar para o outro, até que suas costas detectam alguns toques bem suaves porem rápidos e simultâneos, virando para trás:
- Olá Deshi! Você é Deshimerg né? – Uma pequena Kiphantres lhe olha nos olhos.
- Como sabe meu nome pequena? – Indagou meio duvidoso.
- Você não é amigo do meu pai? – Disse a garota.
- Você deve ser a filha de Dovbar!
- Sim! Meu nome é Haven, Haven Gloá! Você vai me levar até meu pai né?
- Desculpe não tenho tempo pra isso, estou resolvendo outras coisas – Falou dando alguns passos.
- Mas meu pai disse que você me ajudaria, e também por que sei muito da história de vocês, ele já me falou muito de você – falou Haven expressando um sorriso de lado sarcástico.
- O que você sabe sobre mim? – Ele disse apertando os braços da garota.
- Então está procurando respostas? eu posso te ajudar no caminho de ida – Diz se livrando das mãos de Deshimerg e dando alguns passos à frente.
E assim os dois andam juntos sem se falar apenas trocando alguns poucos olhares de desconfiança. Ao sair do cemitério de Baleias avistam uma floresta sobre algumas dunas no horizonte, estavam a poucos quilômetros de distância:
- Vamos pela floresta, pegaremos um atalho é o que diz a bússola – Ele afirma alertando a pequena Kiphantres.
- Acho melhor irmos a leste aonde vamos chegar rápido na Cidade Flutuante e lá vamos saber melhor como chegar até as terras Isoladas do meu pai – Haven interrompe desconsiderando a ideia de Deshimerg.
- Ei garota quantos anos você tem? quem manda aqui sou eu! E como eu falei vou resolver minhas coisas antes, depois te levo a seu pai.
- Ok ne! Tenho 11 anos. –Haven se conforma.
Andando sobre aquelas dunas que pareciam estar em todo os lugares, a floresta se aproxima, é perceptível ver uma floresta apenas de pinheiros, sem cor e sem vida apenas escuros e negros, uma floresta aonde as gramas levavam um verde um pouco claro dando mas vida, cipós passeava de pinheiro para pinheiro, algumas flores exóticas e arvores sem plantas apenas tronco e galho, eram esquisitos naquela floresta e não cabiam muito bem no cenário, essas arvores mortas não eram pinheiros. A poucos metros de entrar naquela floresta, Haven percebe uma coisa:
- Mas o que? essas aves estão nos seguindo? – Percebe ao olhar para cima.
- Estão me seguindo a muito tempo, relaxa elas não machucam garota.
- Elas são Urubus da Premonição! Perseguiam meu pai antes de ele ficar doente e ser levado para o centro de recuperação, não sei o que elas fazem mas se estão te seguindo não é coisa boa. – Disse Haven.
- Eu não tenho medo, muito menos quero saber como vai ser o meu fim, afinal todos no fim se vão – Diz Deshimerg entrando naquela enorme floresta olhando para frente.
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O Ímpio Carregador do Venábulo
FantasySinopse Especifica: Deshimerg é um egoísta, o seu bem estar é a única coisa que o interessa, se sua percepção do mundo é positiva esta tudo bem para ele. Afinidade? apenas com pessoas que marcaram seu passado, como família e amigos que agora estão m...