A noite na floresta de grandes mistérios bate na porta, empurrando o céu alaranjado deixando-o escuro, as estrelas brilhavam tentando deixar o clima mais leve, o vento soprava frio porem lento e calmo, pequenos barulhos e ruídos são possíveis de ouvir como o bater de asas de algumas aves por ali, gritos de corujas e o balançar de folhas em toda a floresta.
A caminhada de Deshimerg e Haven não parava, minutos eram valiosos para eles naquela floresta, eles viram o anoitecer de forma silenciosa, apenas continuavam caminhando, passavam por troncos quebrados no chão, pequenos riachos com correntezas. O fim de tarde e o pôr do sol eram as coisas mais maravilhosas no Anjelá, a noite trazia frio porém uma tranquilidade absurda em algumas partes do mundo:
- Acho melhor passarmos a noite aqui – Diz Deshimerg ao encontrar um pequeno espaço na floresta.
- Legal! ufa pensei que não iriamos parar de andar – Haven adora a ideia.
- Não se acostume temos muito que andar ainda, vou fazer fogueira para passarmos a noite- Disse Deshimerg enquanto procurava lenha.
- Ótimo, podemos contar histórias – expressa a ideia animada.
A fogueira então foi armada, a lenha queimava rapidamente pelo fogo que parecia tomar proporções cada vez maiores, mas esquentava os dois que estavam em volta e ali estava perfeito para se passar aquela noite:
- Faz tempo que eu não sei o que é dormir- Deshimerg diz olhando para fogueira sem piscar.
- O que foi isso na sua mão? – Diz Haven ao perceber rapidamente.
- Não lembro, só sei que está assim, tem muitas coisas que eu não lembro, ando muito confuso ultimamente. – Passa a mão na cabeça.
- Posso contar uma história? Vai que te ajuda a lembrar de algo.
- Pode ser!
Haven então coloca um galho que estava segurando na lenha que pega fogo rapidamente, e logo olha para os olhos de Deshimerg e diz:
- Meu pai acostumava contar histórias da antiga guerra por Anjelá, dos guerreiros carregadores do venábulo, que andavam em grandes Ursos pelas dunas e amavam o mundo em que viviam. Mas meu pai costumava contar de um em especial, um que ele falava que ser o seu ídolo, um guerreiro carregador do venábulo chamado Henri Frankmerg que...
- Espera eu me lembro desse nome, Henri Frankmerg! – Deshimerg interrompe Haven recordando algo.
- Você deve saber quem é Deshi! Meu pai me disse que ele contava muitas histórias a ele e a você.
- Eu lembro disso! – Diz Deshimerg olhando a fogueira.
As chamas da fogueira o fez retornar a muitos anos atrás, a sua mãe chamava-os para contar histórias em uma noite fria no terreno da família, Deshimerg estava com seu amigo Dovbar, eles corriam até a fogueira que a sua mãe havia armado. Chegando e pegando o violão Deshimerg ver sua mãe abraçada com um rapaz que ela o chamava de Henri enquanto chorava e se despedia, após isso ele só tinha uma reação olhar as chamas das fogueiras que pareciam ser levadas pra o céu.
- Henri Frankmerg é o meu pai! – Confirmou ao recordar uma antiga cena.
- Nossa, meu pai me contou que ele foi o melhor carregador do Venábulo daqueles tempos, ele era o líder dos antigos guerreiros de Anjelá, mereceu toda a honra de defender o mundo contra os corruptos, meu pai me contou também a bravura morte de Henri, que chegou como impacto para a senhora Aruna Ellimerg a sua mãe Deshi.
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O Ímpio Carregador do Venábulo
FantasySinopse Especifica: Deshimerg é um egoísta, o seu bem estar é a única coisa que o interessa, se sua percepção do mundo é positiva esta tudo bem para ele. Afinidade? apenas com pessoas que marcaram seu passado, como família e amigos que agora estão m...