37

857 84 10
                                    

NARRADO POR SUMMER CAMPBELL:

Minha sala parece maior desde a última vez que eu estive aqui, não fazia tanto tempo assim, mas parecia tempo demais afastada da empresa. Depois da bagunça que esteve os últimos dias parecia que fazia séculos que eu não voltava ao trabalho, eu me sentia com total controle das coisas agora. A minha sala estava oficialmente reformada, havia mudado as estantes de lugar com a ajuda de Rushell e redecorado com Linda.

— Surpresa!

Jane sorriu e correu para me dar um abraço apertado, senti o cheiro de seus cabelos e a apertei ainda mais. Sentia falta dela. Mas estava com receio de visitar ela e o bebê por conta de todo o desastre que vinha acontecendo.

— Eu sinto tanto sua falta, Jane. Me perdoe por não ter ido visitar você e o bebê.

— Não precisa se desculpar, Sum. – Ela sorriu.

— Como está Lucy? Eu prometo que vou vê-la.

— Lucy está ótima, eu vim para saber de você, Summer. Eu soube de tudo o que aconteceu, a prisão de Will e Bart, a emboscada e o tiro em Aaron e... Oliver.

— Foi tudo tão rápido que eu não tive tempo de te contar. Mas agora está tudo bem, Oliver está vivo e eu e Aaron vamos nos casar.

— Vocês? Sério? Eu não acredito!

Ela se empolgou e me abraçou com força apertando seus braços em mim e depois limpou as lágrimas que escorriam de seus olhos verdes.

— Isso é muito bom, Summer. Depois de tudo o que nós passamos, ver você feliz é o que eu mais quero.

— Obrigada, mas você e Robert ainda estão morando com o seu pai? – Mudo de assunto.

— Estamos e vamos continuar, ele não merece ficar sozinho. – Jane sorri.

— Eu vou enviar convites para todos vocês então, obrigada pela visita. – Digo, com sinceridade.

— Eu vou aproveitar e ver um pouco da empresa, tudo parece tão diferente. Eu te ligo. – Ela acena se despedindo.

Uma amizade entre eu e Jane era improvável no passado, sendo realista, tudo na minha vida estava sendo improvável. Eve me salvando de Will, Oliver vivo, eu e Aaron casados. Era tudo estranho e novo. Eu vivia momentos que não passavam de improbabilidade. Em outros tempos eu com certeza diria que: isso era improvável.

Temos um jantar com os sócios da empresa às oito, senhorita Campbell.

Estou curiosa para saber do que se trata, senhor Thompson.

É uma surpresa, sabe que eu não vejo a hora de te chamar de senhora Thompson?

— Eu não vejo a hora de ser sua oficialmente, Aaron.

Te enviei uma surpresinha.

A secretaria de Aaron deixa a caixa sobre a minha mesa assim que eu encerro a ligação com Aaron. Contenho um sorriso e abro a caixa para ver o que tem dentro: um vestido. Puxo-o para ver melhor e me choco com a beleza exuberante do vestido vermelho-vinho cheio de transparência e pedras.

Doce SeduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora