Capítulo 12 de 12

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Peço que, ao ler este texto, não deixe as palavras pensar que o oposto é melhor.

Ligar. Não em sua forma denotativa. Paro para pensar e vejo que tudo o que sentimos não basta de conotativo. Só existe se dermos importância o suficiente. Só existe se ligarmos.
Falando de tal modo, faz parecer simples " não sentir", simples "não ligar". Sem querer, querendo, eu ligo. Eu sinto. Sinto demasiado. Sinto desajeitado. Sinto diferenciado. Mas, no final,  tudo o que resta é aperto no coração. Tudo o que resta é a sensação de falha.
Escrevo, de imediato, às 06:27 da matina. O dia não iniciou ainda, mas sei que, no final, a sensação será a mesma. Terei prestado atenção o suficiente na futilidade de outros e pensar novamente naquele que partiu meu coração.
Se eu mencionar-te nesse breve parágrafo, será pouco para o tanto que fez-me sentir. Será pouco para o tanto que eu ligo.
Imagino que ao dizer que o oposto de sentir é melhor, acabo enganando-me. Ressalto, que sou seu oposto. E tu soubeste dessa futilidade.
Mas, neste devaneio, vejo que os opostos atraem-se. Mas, conosco, foi diferente. Está tudo bem, para mim, se quiseres saber. Mas ainda desejaria não sentir. Ainda desejaria  deixar pra lá. Ainda desejo não sentir.
Desejo que quando tomarmos o mesmo caminho, ou nos cruzarmos em uma breve avenida, que meu eu não sinta as borboletas ou que eu não ouça meu coração partindo-se novamente quando tu passastes reto.
Mas saiba que tu magoaste muito mais do que deveria, muito mais para alguém que dissestes não cometer tal futilidade em relação a sentimentos.

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