Assassino dos Dedos - Filhos da Ira - Vol 1 - (COMPLETO) - SEM REVISÃO

10 - A ORIGEM DO MAL (REVELADO)

17:00

Medeiros está numa sala de monitoramento da Polícia Civil, junto com Rafael e Aloísio.

Ela rabisca com um lápis enquanto aguardam a ligação do Serial killer, que já foi batizado pela população de Assassino dos Dedos.

A população vem aterrorizada com os últimos acontecimentos que não param de ser noticiados nos programas locais, provocando ainda mais terror.

Até agora são três assassinatos e um pessoa desaparecida.

Aloísio está sentado ao lado de Medeiros fazendo inúmera ligações.

— E aí mana como você está? Sei que é uma pergunta tosca, mas entenda como "estou preocupado com você!" — Rafael faz a pergunta e senta de frente para ela.

— Rafael minha cabeça esta fervilhando. Estou bem, mas, nunca imaginei que pessoas estariam morrendo por minha culpa! — Medeiros para de rabiscar e pega um copo descartável para beber água.

— Mas não é culpa sua.

—É sim! Criei esse monstro!

— Medeiros, precisamos dos nomes de todos os seus amigos que faziam parte do grupo da escola.

O telefone de Dr Aloísio toca. Rafael vai para uma sala a parte, trabalhar remotamente.

— Um momento Medeiros... Aloísio falando! Como? meu Deus... — Aloísio dar um suspiro de frustração —Entendo... Gisele já chegou aí? Okay. Mantenha-me informado. Maria Clara sumiu. Há pelo menos um dia! — Fala o delegado assim que desliga a ligação.

Medeiros já desconfiara dessa possibilidade, John Lennon estava a um passo à frente! Sem se conter, ela deixa uma lágrima cair dos olhos.

— O que mais? — Pergunta Medeiros olhando para Aloísio, e aproveitando para molhar a garganta.

— O carro dela foi achado na BR 101, próximo a CEASA — Aloísio acende um cigarro, enquanto Medeiros limpa o rosto. Porém, uma raiva brota da sua tristeza. Ela respira fundo.

— Vamos em frente! Precisamos ver se há câmeras no local!

— Adalberto, veja se há câmeras no local!

Medeiros arreia os ombros, buscando força de aonde não tem!

— Sei que você está se culpando, escutei você falando com seu irmão. Nada disso é culpa sua! Nada! Entendeu? Preciso de você com a mente alerta! Entendeu Agente?

— A minha mente está alerta. Não vou minimizar a situação! Eu criei essa situação!

— Você?

— Sim! Eu criei esse monstro! Ele está me punindo e matando quem estava comigo naquela brincadeira tosca! Escute o que digo Aloísio, vamos ter trabalho! Ele está sedento! Teve doze anos para planejar cada detalhe. Amanhã fará treze anos da sua morte!

— Por que você tem tanta certeza que o assassino serial é seu amigo?

— Você está lembrando, que na Praça Chora menino, disse a seguinte frase por telefone:

"Esta Cidade é mágica, enfeitiça, quebranta e tira as forças!"

— Sim, mas não entendi, e terminei esquecendo de perguntar?

— O JL,

Aloísio olha para Medeiros sem entender a sigla.

— É assim que o chamávamos... Ele amava as poesias de Nilo Pereira, e comecei a gostar das poesias, por osmose... Por causa dele. Ele, sempre as recitava de uma forma visceral, dando vida a cada frase ou expressão. E essa foi a primeira poesia que ele leu para mim! Somente, nós sabíamos que essa foi a primeira poesia de Nilo Pereira chamada de "A Louvação de Recife".