30 - Luana

192 61 31
                                    

DING DONG

Aloísio e Medeiros estão na frente da casa de Luana, estão esperando alguém vir abrir a porta.

Eles escutam barulhos de sandálias se aproximando do portão.

— Quem é? — Pergunta uma voz masculina rouca.

— É a polícia! Ligamos a pouco.— Responde Aloísio olhando para Medeiros.

O esposo abre o portão.

— Sou Aloísio e essa é minha assistente Medeiros. Estamos aqui para conversarmos um pouco. Sei que já pegaram seu depoimento, mas, senão se incomodar.

— Claro que não! Meu nome é Cleber! Vamos entrando.

— Obrigado. — Responde Aloísio.

— Muito Obrigado. — Agradece Medeiros.

Eles passam por uma grade de ferro. Pintada de branco.

A casa fica no bairro de Casa Amarela.

Tem um primeiro andar.

A frente da casa é toda em cerâmica. Cléber é um sujeito boa pinta. Careca, mas com uma barba cheia e estilizada. Negro, alto e magro.

Olheiras cercam seus olhos do esposo de Luana com violência. Está visivelmente esgotado.

Ele está usando um calção creme que desce até o joelho e usa uma camisa do Sport Clube do Recife com o número 10 nas costas.

Cléber pede para que sentem no sofá.

— Não vamos demorar, e nem incomodar. — Começa Aloísio.

— Por favor, podem perguntar, o que souber vou responder. Quero minha esposa de volta o mais rápido possível. Como anda a investigação? Alguma pista?

— Sim, temos varias, por isso estamos aqui, para consolidar as verdadeiras e eliminarmos as falsas.

— Entendo, mas, ao que parece, você está sem saber para que lado vai. Pelo menos é o que os jornais estão dando a entender, delegado.

— Verdade, mas estávamos assim mesmo. — Aloísio continua explicando educadamente a Cléber. — Porém, como já disse, uma ponta do iceberg surgiu e por isso estamos aqui!

— Espero que possa ajudar. Não aguento mais essa ansiedade...Não sabemos se ela está viva, se morreu, não posso enterra-la e dar um funeral digno.— Cléber Chora. — Seu cheiro e sua presença parece está em cada lugar dessa casa. — O marido fala olhando em volta da casa, e para na estante com varias fotos do casal. Medeiros levanta do sofá e começa a olhar umas fotos de família.

— Quando foi a última vez que você viu Luana? — Medeiros para de frente a foto com o casal num bar, bebendo cerveja.

— Há mais ou menos quatro dias. Ela saiu para receber um grupo de turistas no aeroporto. Ela trabalha como guia. E não chegou no emprego.

— Ela foi de carro? — Medeiros olha para outra foto.

— Não, pegou o Uber! — Responde Cleber.

— Vocês estavam passando por alguma dificuldade...— Aloísio senta um pouco mais à frente no sofá.

— O senhor está insinuando que ela poderia está me traindo? — Cléber não alivia ao responder com uma pergunta.

— Estou perguntando se vocês estavam bem na relação?

— Sim, nos amamos muito. Estamos casados há três anos, estávamos pensando em termos nosso primeiro filho esse ano. Sempre combinamos tudo o que vamos fazer.

Assassino dos Dedos - Filhos da Ira - Vol 1 - (COMPLETO) - SEM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora