Assassino dos Dedos - Filhos da Ira - Vol 1 - (COMPLETO) - SEM REVISÃO

16 - O SÍNDICO

Os bombeiros chegam ao local em tempo de evitar que o fogaréu chegue nos fios de alta tensão da Rua Joaquim Nabuco, Zona Norte.

O porteiro teve queimaduras de primeiro grau por todo braço direito.

A bomba caseira, foi criada para explodir atrás das pernas de Mateus, a intenção era que o fogo, o fizesse sofrer, demorando a matar, o que aconteceu.

Os jornais locais, não param de noticiar, aquele que já é considerado o pior assassino serial de Pernambuco, não por causa da quantidade de mortes, mas pelos requintes de crueldades demonstrado as vítimas.

Os depoimentos vão sendo tomados por Soares, na frente do prédio.

— Foi muito estranho... Num minuto ele estava, ali, vivo e depois queimando. Meu Deus, como alguém pode fazer isso com uma pessoa? É um monstro — Mariano, o porteiro, estava na ambulância do SAMU recebendo os primeiros socorros.

Soares espera o enfermeiro concluir os primeiros socorros. Depois que Mariano sai da ambulância, Soares pergunta:

— O senhor viu o carro sendo estacionado na frente do prédio — Pergunta Soares, olhando para Mariano. Ele não tira os olhos do além, é como se ele rebobinasse seus pensamentos, para a imagem de Mateus no fogo.

— Não senhor! Só vi a moça gritando e pedindo ajuda, então fui socorrer, quando abrir a mala do carro... Meu Deus.

— O prédio tem câmeras, que pegue a rua? — Soares vai procurando identificar se há na rua as da prefeitura ou alguma outra, do outro lado do prédio.

— Tem sim senhor! — Ele volta do transe e olha para Soares.

— Com quem posso conseguir as imagens?

— Com o sindico!

— Pode interfonar para ele?

— Não dá! Ele viajou com um amigo há dois dias. Ele é... O senhor entende...

— Homossexual?

— Isso! Eles beberam muito! E olhe que nunca o vi assim...Tomaram todas!

— Como você sabe que beberam todas?

— Só de uisque foram três garrafas...Fora as cervejas...Foi muita cachaça!

— Houve alguma coisa fora do normal essa semana aqui pelo prédio? Algum morador diferente?

— Não! Somente essa bebedeira do síndico. Ele é um homem na dele, reservado...Entende?

— Você poderia dar o nome e telefone dele?

— José Caetano da Silva, o telefone. —Soares para de anotar, pede um momento, leu esse nome em algum lugar, ele pega seu celular e lê os nomes dos sequestrados, enviado no Grupo de Investigadores pelo WhatsApp.

Soares diz o telefone do Caetano para o porteiro que confirma sendo o mesmo, depois mostra a foto salva no celular, Mariano balança a cabeça positivamente.

— Cacete. Você disse há dois dias?

— Sim! Falei sim doutor.

— Qual o nome dele, do namorado do Caetano?

— Não sei...Não fico bisbilhotando a vida dos outros!

— Faz um esforço.

— Pra falar a verdade, primeiro começou a vir uma mulher, muito bonita, mas, na outra semana, ela deixou de vir, aí passou uns quinze dias e quem veio foi esse rapaz.

"E ainda diz que não observa a vida das pessoas." — Soares faz um sorrisinho.

— Você reconheceria o namorado dele, se o visse novamente ou faria um retrato falado?

— S-Sim... Acho que posso, mas estava escuro... O que eu disse de mais?

—Mariano, muito obrigado e cada detalhe do rosto é fundamental, quando o retratista chegar vai te procurar.

Soares se afasta. Pega o celular e liga para Aloísio.

— Chefe, acho que nosso homem esteve por aqui no prédio...Há uns dois dias.

— Seja mais claro por favor!

— O sindico do prédio é um dos amigos de Medeiros, o Caetano, ele está na lista dos desaparecidos... Saiu carregado por um homem...A boa notícia é que o porteiro afirma que pode fazer o retrato falado de John.

— Meu Deus...A cada momento aparece mais novidades...Realmente a boa noticia é o retrato falado. Vou pedir um mandato judicial para você entrar no apartamento dele. O Caetano Mora sozinho pelo que entendi e a essas alturas, o HD das filmagens deve está comprometido...Uma tragédia.

— Verdade Chefe. Estou aguardando o mandato aqui no prédio.

— Bom trabalho Soares. Bom trabalho.— Embora tenha sido um elogio, a voz de aloísio está funebre. Eles estão voltando ao Prédio da Inteligencia Estratégica da polícia civil, com Medeiros arrasada com os últimos acontecimentos.

Aloísio a olha pelo retrovisor.

"Ela não vai segurar a onda."