Carolina

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Talvez por estar,
Ainda um pouco embregado
Eu possa te contar,
Esse meu causo.

Lá no bar do Cebola
Eu estava tomando
Um delicioso,
Suco de tangerina
Foi a primeira vez
Que eu vi,
Os olhos de Carolina.

Dilatou a minha pupila
Lavou a minha retina
O mundo se fez norte
Bem no sorriso,
Dessa menina.

Desculpe eu ser tão, Sertão
Mas o meu coração,
Bate num compasso
De uma zambumba
O baião me facina
E até o amanhecer,
Dancei nos braços de Carolina.

Ela é daquelas morenas
Que você reza,
Que diante de tanta beleza,
A sua perna não trema
Mas eu já estava no esquema
Eu era dela,
E ela era minha.

Ela se fez piscina,
E eu me refresquei
Me afoguei e sorri
Bem ali,
No amor de Carolina.

Versos De Lugar NenhumOnde histórias criam vida. Descubra agora