chapitre 04: r ê v e

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Adrien

Eu estava correndo pelos telhados de Paris como Chat Noir. Não queria perder tempo. Tinha que fazer aquilo o mais rápido possível. Era uma necessidade.

Ela era a minha necessidade.

Noite passada, eu quis beijá-la, eu poderia tê-la beijado, era tão simples.

Eu gostava dela. Parecia tão claro agora. Por que eu tinha perdido todo esse tempo gostando de alguém que jamais gostaria de mim da mesma forma? E Marinette estava bem ali o tempo todo, pronta para uma reação minha, qualquer que seja.

Ela estava pronta para nós.

Sua janela estava aberta, entro sem fazer barulho. Marinette estava distraída na sua escrivaninha, trabalhando em algum novo modelo. Aproveito a sua distração para me aproximar e me ajoelhar no chão, ficando da altura em que ela estava sentada.

— Não deveria deixar sua janela aberta, princesa. — sussurro no seu ouvido.

Ela deu um pulo assustada e eu tive vontade de rir.

— T-Tem r-razão. — sua voz saiu falha enquanto sentia a minha respiração no seu pescoço, ela respirou fundo, buscando forças para continuar a falar. — Ou então pode entrar algum gato aqui.

— E nós não queremos que nenhum outro gato entre aqui, não é mesmo, princesa? — rodo a sua cadeira para que ela fique de frente para mim. — Eu - faço questao de destacar. — não quero você com outro gato. — aproximo meu rosto do seu.

Fitei os seus olhos azuis. Eu poderia me afogar na imensidão daqueles oceanos e não me importaria.

— Eu costumo ser bem ciumento com a minha dona.

— Então que bom que não existe outro gato, não é? — deixou seu rosto a centímetros do meu.

— Nem mesmo um certo gato ruivo? — afasto-me, desconfiado.

Ela gargalhou, riu com vontade, fazendo-me sentir um bobo.

Ao parar de rir, colocou ambas as mãos no meu rosto e sorriu serena.

— Eu prefiro os gatos pretos. — sussurrou.

Era disso que eu precisava.

Não perdi mais tempo e colei meus lábios aos seus.

E só me lembro de uma sensação mágica como poder tocar as nuvens.

E então eu acordei.

A minha respiração estava sobressaltada e meu coração batia tão forte que tive a impressão de ouvi-lo claramente.

Foi apenas um sonho? Parecia tão... real.

Fecho os meus olhos e tento controlar a minha taquicardia.

Foi apenas um sonho, Adrien. Penso, esforçando-me para acreditar.

Como poderia ter sido um sonho se eu ainda podia sentir a sensação dos seus lábios nos meus?

Respiro fundo, tentando entender o motivo de ter esse sonho.

Dizem que os sonhos representam os nossos desejos mais profundos, então o meu seria amar Marinette e ser retribuído?

Isso é loucura. Eu estou ficando louco, é a única explicação.

Eu não amo a Marinette, ela é apenas uma amiga. Eu amo Ladybug, apesar de tudo.

Por que eu não conseguia mais suspirar pela Ladybug o tempo inteiro? Por que eu nem lembrava dela na maior parte do dia?

Talvez eu estivesse me preocupando demais com a Marinette. Não me sinto culpado por isso. Eu tinha errado com ela e protegê-la seria como uma forma de recompensar o que fiz.

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