Sete

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Uma agonia crescente tomou posse do meu corpo, inicialmente hesitei. Estava hiperventilando, forcei-me a respirar fundo e devagar.

desci o resto da escadaria e segurei a mão que Jahi me estendia. Não escapuliu aos meus olhos como ele estava lindo.

Terminamos de descer os poucos lances da escada e ele sussurrou em meu ouvido

- Você faz jus ao nome que tem, está incrivelmente bela. Como uma deusa - sorri para ele e vi o brilho de admiração em seus olhos.

Apaixonado?

As formigas em meu estomago se atiçaram ainda mais com o pensamento.

Abracei meu pai que continuava lá parado sem parecer se importar por Jahi ter lhe tomado a frente e mamãe que surgir ao lado dele com um sorriso satisfeito.

Provavelmente devíamos estar aparentando um casal realmente apaixonado, pois a satisfação do sorriso e o brilho nos olhos de Hamadi era como um medidor.

Passamos a circular pelo salão recepcionando e distribuindo agradecimentos a todos.

O salão era todo decorado com ambientes variando do claro para o escuro nos ambientes claros luzes amarelas como lamparinas nas paredes se sobressaíam ante os tons rosados pastéis e alaranjado. Nos ambientes escuros lampadas brancas davam o efeito de céu estrelado. Todo local estava lindamente preparado para a sensação do dia se tornando noite.

Havia uma pista de dança num local adjacente ao salão um pequeno portal dividia o ambiente silencioso para as paredes de vidro que formavam uma grande caixa transparente e iluminada onde os corpos mais jovens se sacudiam ao som de algum Dj famoso da música eletrônica.

Apesar de estarmos em pleno século XXI nem todos aderiam a modernidade da era tecnologica, por isso os ambientes foram separados para o mais tradicionais.

Em um certo momento inventei uma desculpa para me afastar do braço de Jahi, a predença dele era pertubadora, o seu perfume invadia meu nariz e me deixava embriagada de uma forma a querer afundar em seu pescoço e provar se aquele cheiro era naturalmente dele.

Meus pensamentos não estavam caminhando normalmente e eu precisava de um pouco de distancia, circulei pelo salão procurando algum rosto conhecido, onde estavam meus pais? Onde estavam os pais de Jahi?

Deslizei meus dedos por uma bandeja que passava próximo a mim, não sei qual bebida era, mas precisava relaxar, virei a taça na boca e deixei o líquido escorrer pela garganta.

- Você parece nervosa. O que houve? - Haiza surgiu so meu lado.

- Não sei... Só precisava de um tempo - comento correndo os olhos pelo salão.

As pessoas se amontoavam aqui e ali em grupos variados em conversas aleatórias. Algumas estavam sentadas, outros em casais, quase todos ali tinham um título ou cargo importante.

- Jahi está mexendo com sua cabeça, não? - recebi um olhar de soslaio da minha amiga que tentava esconder um sorriso sorrateiro.

- Você anda lendo demais daqueles seus livros melosos,não é mesmo? - devolvi sem alterar meu tom.

- Humm.. Talvez um pouco realmente. Mas acho que deveria deixar de ser uma tola e já que não pode escapar do casamento, pelo menos faça-o valer a pena. Jahi parece gostar muito de você e que mal teria se interessar pelo futuro marido?

Aquelas palavras tinham me afetado mais do deveria e preferi ignorar.

- Onde estão meus pais? - pergunto a olhando diretamente.

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