Epílogo

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O fogo na lareira aquece nossa sala de estar, enquanto Clarisse brinca com Noah que tenta correr com seu casaco de neve

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O fogo na lareira aquece nossa sala de estar, enquanto Clarisse brinca com Noah que tenta correr com seu casaco de neve. Ele está tão grande, me lembro quando descobri que estava grávida, a surpresa e preocupação. Fazem dois anos desde aquele dia, ele está com um ano e cinco meses e uma energia fora do comum. Fico feliz de a Clarisse ter tanta paciência e disposição para brincar com ele. Seus olhos verdes iguais aos do pai e o cabelo preto caindo sobre a testa realçam suas bochechas rosadas. Clarisse também está linda, maior com seus quase oito anos, estudiosa e inteligente como sempre não nos dá trabalho nenhum. Quer dizer, por enquanto, pois linda como é, o trabalho certamente começará daqui há uns cinco anos quando começar a chamar atenção dos meninos da escola.

Morar em Londres tem sido um sonho, mesmo com a correria do trabalho desde que retomamos o projeto das frotas dos transatlântico, e com os dois novos hotéis no Brasil o que não tem faltado é trabalho. Daniel voltou de viagem há dois dias. Passou quinze dias em Fernando de Noronha, que por acaso foi o lugar de nossa lua de mel. Nos casamos dia 15 de janeiro aqui mesmo em Londres. Uma cerimônia reservada e simples, mas linda. Meu vestido rendado e justo ainda não revelava a barriga, que depois do casamento pareceu disparar. Nunca vou me esquecer de como eu estava nervosa, e como Daniel estava lindo naquele terno. Clarisse, nossa daminha, estava perfeita em seu vestido lilas e branco. Ania a Ninah foram minhas damas e Ninah minha madrinha. Ian foi padrinho junto com Mark, que naquele dia fez o pedido de casamento a Ninah na nossa festa. Tudo foi perfeito, todos os detalhes inesquecíveis. Nossos votos, as alianças que o Daniel mandou fazer especialmente para nós dois. Alguns dias depois da nossa volta da lua de mel Daniel nos comprou uma casa linda em um bairro residencial próximo ao escritório. Lembro-me como se fosse hoje da surpresa que nos fez.

- Não vale espiar! - Daniel nos guiava para fora do carro com cuidado. A venda em nossos olhos nos impedia de ver qualquer coisa a frente. - Cuidado as duas com o degrau.

- Pai, eu vou cair! - Clarisse reclamou subindo o degrau que parecia de madeira pelo barulho que fazia ao entrar em contato com o meu pequeno salto.

- Pronto, chegamos! - Ele retirou minha venda e a da Clarisse em seguida. Estávamos em uma grande varanda de frente a uma porta decorada. A parede azul clara ressaltava o mogno do piso e da porta. Olhei ao redor, atrás de mim havia um grande gramado que precisava ser aparado urgentemente, com uma árvore e um balanço de pneu. A garagem estava ao lado da casa. Algumas crianças brincavam na rua e algumas pessoas andavam com o cão pela calçada. - Venham, vamos entrar. - Abriu a porta revelando a grande sala recém reformada com uma imensa escada no final. Um corredor que dava para a sala de estar e mais a frente a cozinha americana com uma ilha no meio. Ele me mostrou cada parte de baixo, o escritório, a dispensa era um cômodo inteiro quase do tamanho do escritório, mais um quarto e por fim a parte de trás da casa onde havia um grande terreno com piscina, uma ala reservada, um pequeno parquinho e a churrasqueira. Fiquei encantada com o tamanho de tudo, em como aquela casa era completa, e não haviam muros, apenas arbustos separavam as casas. Ele nos puxou novamente para o segundo andar.

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