Capítulo - 38

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Vitória narrando

Pare de esperar as coisas acontecerem. e faça com que aconteçam.

Alguns dias se passaram e eu estava mais decidida que nunca que sairia desse lugar pra bem longe, não sabia pra onde e nem como, mas eu não esperaria mais, o futuro do meu bebé estava em jogo...

Fechei meus olhos sentindo o cheiro das plantas, estava no jardim caminhando descalça pela relva.

Num dia desses, observei o local onde estava a casa e percebi que havia uma espécie de floresta em redor da mesma, já tinha notado que os seguranças trocavam de posto de seis em seis horas, o portão ficava um minuto sem proteção...

Voltei pra dentro da casa e pedi que uma das empregadas leva-se um chá para mim, fui tomar um banho, nesses dias não conseguia ficar feliz, sentia alguma coisa faltando em mim! Me sentia sozinha, não tinha ninguém pra falar e quando a saudade apertava só sentia vontade de chorar!

Saí do banheiro vestindo calsas, uma blusa de alsa e um jacket preto e fui até minha cama mas minha espinha se arrepiou ao ver Alessandro parado no meio do quarto...

O que quer? - perguntei

-- Você! - respondeu ele se aproximando

-- Não dê nem mais um passo! - falei andando para trás

-- Não estou com vontade! - disse ele me jogando pra cama e ficando por cima

-- Me solta idiota! - gritei me debatendo

Alessandro estava apoiando as mãos na cama para suportar o seu peso e começou a beijar meu pescoço me deixando desesperada...

-- Alessandro por favor - gritei tentando afastá-lo mas era inútil -- Por favor eu estou grávida - falei com voz embargada mas ele parecia não ouvir

-- Você deixou que ele tocasse em você, eu também quero! - disse me olhando no olho e seus olhos estavam escuros, sem sentimento...

Alessandro estava beijando meu pescoço, passando a língua pelo lóbulo de minha orelha enquanto suas mãos me prendiam por baixo...

O desespero me consumiu, eu não podia deixar ele abusar de mim!...

Estiquei minha mão até a cabeceira que ficava do lado da cama procurando por algo para me defender, segurei na chávena que estava ali com o chá que pedi e joguei todo conteúdo na cara de Alessandro...

Ele se afastou passando as mãos pelo lado atingido gritando, me levantei tremendo... O que eu fiz!?.

Coloquei a mão na boca para abafar o choro.

-- O que você fez desgraçada? - gritou ele ainda gemendo de dor...

Num ato instantanêo peguei no abanjur e bati com ele na cabeça de Alessandro o derrubando. O telefone dele caiu do bolso do sobretudo e logo o peguei tremendo...

Mandei uma mensagem e rezei para que entrasse a tempo, apaguei e desci correndo... Olhei para o relógio na parede e faltavam alguns minutos para as seis da noite, a hora da troca!...

-- É agora ou nunca! - falei correndo e saindo pelos fundos da casa...

O meu corpo inteiro estava tremendo, estava com medo mas eu tinha que sair ou só Deus sabe o que eles fariam comigo.

Chegou a hora! Os homens saíram do portão e eu tinha um minuto pra sair. Iniciei uma corrida até a saída da casa e abri o portão pesado, ouvi vozes dos homens e corri pra fora, corri que nem louca!

Eu estava fora!...

Na frente do portão havia uma estrada de terra que certamente daria na estrada e ao longe vi luzes de carro...

Corri pra dentro da floresta, lágrimas ainda caiam, os meus pés estavam pesando, a barriga já nem se fala mas era por esse bebé, eu não podia me dar por vencida e deixar que ficassem com meu bebé!

As árvores eram enormes deixando tudo mais assustador, eu ouvia passos por conta das folhas que provocavam um barrulho, eles já estavam atrás de mim...

Eu estava correndo há algum tempo e estava cansada, minhas pernas estavam doendo e parei para descansar e nesse instante ouvi passos girando ao meu redor... Girei procurando pela pessoa que estava ali mas não via ninguém...

-- As mãos na cabeça e se vire - uma voz masculina disse

Me virei devagar com as mãos na cabeça e vi um homem, um dos seguranças com uma arma apontada para mim...

-- Fica parada aí, eu vou me aproximar e pra o seu bem não tente nada! - disse o homem

Ele era enorme, se aproximou e quando ia prender minhas mãos, chutei no meio de suas pernas com dificuldade por conta da barriga e enquanto ele se contorcia de dor, peguei sua arma e bati sua cabeça o apagando.

-- Tragam aquela desgraçada agora! - ouvi Alessandro dizer

Voltei a correr pedindo a Deus que me perdoasse.

As lágrimas tinham cessado e eu estava decidida a fugir...

Avistei a estrada e sorri.

Do nada Mariano surgiu na minha frente me assustando!

Apontei a arma para ele que sorriu debochado...

-- O que vai fazer agora? - perguntou Mariano

-- Saia.do.meu.caminho! - falei pausadamente

-- Você é fraca! Apesar de ter fugido, derrubado um dos meus, é igual a sua mãe, fraca! - disse ele me arrepiando toda

-- Você acha que eu não atiraria!? - sorri debochada -- Não esqueça, eu tenho seu sangue em minhas veias, posso ser capaz de tudo - falei tentando parecer confiante

-- Você mataria seu próprio pai? - perguntou sarcástico

-- SAI DA DROGA DO CAMINHO! - gritei

-- Você vai se arrepender menina - disse ele e ouvi os passos dos homens mais próximos...

Lágrimas caíam e senti meu corpo inteiro vacilar, sorri mesmo chorando...

-- Largue a arma e ponha as mãos onde possamos ver! - um dos seguranças disse

Mariano sorria sem mostrar os dentes, atrás de mim estavam vários homens armados e bem treinados mas eu ignorei esses pormenores e dei dois tiros acertando a coxa de Mariano que caiu e gritou de dor!

Os homens se aproximaram, me desarmaram e colocaram meus braços pra trás...

-- Você se enganou feio hein! - falei pra Mariano e depois os homens me levaram de volta ao inferno...

Depois disso, só Deus poderia me proteger!

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Oi minhas mafiosas e meus mafiosos amados!

Voltei com mais um capítulo pra vocês e espero que gostem!

Obrigada pelos votos e comentários de vocês♡

Volto em breve!

Não esqueça, o seu voto e comentário contam para mim...

Beijão😘💌🐾

Sobrevivendo a um amor MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora