Capítulo - 14

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Caminhei lentamente pelo jardim observando o quão bonita estava a decoração, de longe se ouvia uma leve batida da música e vozes na sua maioria femininas, gargalhando e conversando..... eu não podia ir até lá, eu sei que deveria chegar com Pietro, mas eu não podia deixar que me reduzissem a nada, eu não posso e nem vou, se eu tiver que morrer por isso, que seja, assim eu ficarei com a única pessoa que me ama...

De longe vejo Julliana se aproximando as pressas e mais no fundo uma mulher a observando ou a chamando.
Julliana se aproxima de mim, e me encarra incrédula, a esta altura eu já tinha lágrimas escorrendo...

-- Vick, o que houve - perguntou Julliana me envolvendo num abraço -- Porquê está aqui sozinha, os outros onde....

-- Juju querida, onde... - a mulher que estava no fundo a alcansou, era loira, elegante e muito bonita..., ela me encarrou e riu de canto com um olhar vazio, Julliana se virou a encarrando -- Essa não é a noivinha? - seu olhar de raiva apareceu

-- O que está fazendo aqui Rabeca? Eu disse pra aguardar no salão - Julliana disse grossa -- e ela é a Vitória, a noiva de Pietro, então a respeite - a mulher que se chamava Rabeca deu uma gargalhada irritante..

-- Você não manda em mim queridinha - colocou sua mão no rosto de Julliana que logo a afastou -- respeitar? Por favor não me enoje... Noiva, noiva uma merda - gritou e eu já estava na defensiva -- Eu, eu sou a noiva de Pietro, não essa molenga sem sal - se aproximou de mim e esticou sua mão para me tocar

-- Não encoste em mim, ou eu não respondo por mim - falei tirando sua mão de perto

-- E tem língua - disse e gargalhou -- Quanto ele pagou pra você hein, meretriz, você está me dando pena sabia, ele prometeu o quê hein, conta pra mim - ela estava debochando

-- Rabeca chega - gritou Julliana

-- Cala a boca Jullia, o meu assunto é com a sem sal aqui

Uma gargalhada nervosa saiu da minha boca

-- Eu sou a sem sal? Tem certeza querida? - provoquei -- Se fosse assim você estaria no meu lugar, não é mesmo! Lamento que não tenha sido mulher suficiente pra ele como eu fui - antes que eu pudesse continuar senti meu rosto atingido e ardendo....ela bateu em mim, não esperei nem mais um segundo e parti pra cima dela a derrubando logo, os gritos dela tomaram lugar e sem muita demora Pietro e os outros homens apareceram correndo enquanto Julliana dizia pra parar...

-- Bequinha - o mesmo senhor que falou antes me pondo pra baixo na sala gritou assim que a viu no chão

Pietro me tirou de cima dela e me segurou pelos braços..

-- Essa...essa selvagem ia me matar paizinho - choramingou abraçando o homem, ela estava sangrando no lábio superior e no nariz e estava toda suja -- Ela ficou com raiva de mim porque sabe que é a mim que Pietro ama e me bateu paizinho - olhou de raspão pra mim e sorriu de canto

-- É mentira! É mentira da Rabeca, ela começou - Julliana disse ...

-- Vamos embora meu anjo, já fomos humilhados demais aqui, essa mulher não tem minha aprovação - disse o homem levando Rabeca embora

-- Já vai querida? Que pena que não pode ficar na minha festa de noivado nem!... Não volte nunca ou ainda vai ficar sem os dentinhos - gritei nervosa

-- Senhores...por favor vamos até o salão, estão todos esperando...desculpem o ocorrido, me acompanhem - Julliana se apressou em dizer e os homens foram a seguindo me olhando espantados

-- Que mulher meu caro! - disse o homem a quem Pietro chamou Alfredo na sala mais cedo -- Defendendo o que é seu hein menina... Como é lindo o amor - disse dando leves batidas no ombro de Pietro que ainda me segurava e dando gargalhadas, depois de piscar pra mim seguiu os outros...

Sobrevivendo a um amor MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora