Tell Me

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Sentamos juntos no café da JJ.

Eu a todo momento encarando, ainda, a Presidente SooMi e jogando meu olhar para o lado por não saber se estava com raiva ou com medo ou não saber o que dizer, ou nem conseguir formular uma pergunta ou resposta.

Tamborilando meus dedos inquietos na  mesa, assim como antes

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Tamborilando meus dedos inquietos na mesa, assim como antes.

— O quanto ouviu? — Consegui dizer.
— Tudo. — Disse sem muito movimento brusco.
— Eu... — Tentei dizer.
— Você é um... você quase matou alguém? E... — Ela não tinha reação, era de se esperar. — Eu...
— Você está com medo. — Falei, seu olhar alcançou os meus rapidamente.

Seu olhar não parecia conter medo, mas curiosidade.

— Me diga. — Ela disse, me fazendo encarar seu olhar marejado, inocente.

O toque de meu celular impediu-me de abrir a boca.

Olhei o visor. Park HyungSik.

— Ah, droga... — Praguejei e levantei-me. — Tenho uma... hm... reunião agora. Podemos conversar depois?
— Passarei na KTH no fim da tarde. — Ela disse.

Assenti, hesitante e me fui.




Encarava então Park HyungSik sentado em minha cadeira presidencial negra.

— Uma viagem? — Pensou alto.
— É muito ruim? — Perguntei. Ele encarou-me, analisou-me rapidamente e sorriu.
— Não. — Deu de ombros.
— Por que hesitou?
— Não hesitei! — Defendeu-se. — É só que... não tenho certeza se ficar sozinho no exterior poderá resultar em algo bom.
— Não estarei sozinho, o NamJoon hyung está indo. — Falei. — Bem... por alguns dias. No entanto ficarei por 2 meses inteiros.
— E ainda não encontrou alguém. — Me lembrou.
— Encontrei. — Falei, inconscientemente. — Bem... estou pronto para contá-la. Ela também irá e...
Ela vai? — Disse, mais animado que deveria transparecer.
— Ela. — Falei e então seu olhar maliciou-se. — Aish, ela é idiota. Pior que isso, ela... — Eu contaria seu segredo, no entanto ele não me pertencia. — Ela não é para mim.
— A conte... se ela pretende ajuda-lo. — Falou, assenti.
— A contarei!

HyungSik deixou o prédio 15 minutos depois.

Estive inquieto toda a tarde, pensando em minhas palavras, pensando no quanto os olhos da SooMi conseguia dizer sem nem mesmo querer.

Pensei nisso tudo e pior, pensei nela.

Já era minha hora de ir. O ahjussi me apressava para ir embora, e eu já não tinha desculpas para ficar.

Ela não viria.

Segui meu caminho até o térreo, enquanto lia alguns papéis nos quais trabalharia a noite toda, quando escuto vozes vindas da recepção.

Aproximei-me.

— Apenas o interfone ou algo assim, não é como se ele tivesse tantos afazeres! — A garota dizia, com a voz inconfundível da SooMi.
— Infelizmente, senhorita, se não se retirar agora, terei de chamar os seguranças! — Uma das recepcionistas disseram, logo me vendo e rapidamente curvando sua cabeça como uma reverência.
— Ya! — Falei, me pondo ao lado da SooMi, frente a frente com as recepcionistas.
— Presidente Kim. — Uma delas disse, logo encarando-me. — Ela não tinha um horário marcado, por isso não autorizei a entrada.
— Não se preocupe... — Olhei seu nome posto em seu fardamento. — Senhorita Joo, ela está comigo!

Sorri e vagarosamente levei a SooMi dali, tendo uma mão em suas costas e tendo o olhar das duas sobre mim.

Eu ainda era Kim TaeHyung, eu sabia bem o que elas poderiam já pensar de mim e da SooMi após aquele breve comentário.

— Não deixaram-me entrar. — Falou, como se soubesse realmente que eu estava esperando ansiosamente por ela.

Paramos em frente ao meu carro deixado pelo hyung na porta principal.

— Ya, me dê seu celular! — Falei, procurando as chaves do carro em meus bolsos.

Ela hesitou e bufei. Peguei seu celular de sua mão rapidamente.

— O que está fazedo? — Perguntou e a encarei de relance. A entreguei seu celular.
— Pus meu número, assim poderá ligar para mim quando quiser. — Dei de ombros e dei a volta no carro para o banco do motorista.

Ela olhou-me pela janela, confusa.

— Não vem? — Perguntei.
— Para onde?
— Vou leva-la para casa. — Falei.

Hesitante, ela entrou no carro.

— Como está? — Ela perguntou-me com seus cabelos curtos e negros.
— Confuso, fraco. — Disse, ela encarou-me. Sorri, forçadamente.

Eu odiava a mim mesmo após ver seu sorriso, mas algo em mim dizia-me para seguir com o plano, meu pai se orgulharia de mim afinal.

— Estou bem, SeRi. Espero que também esteja. JungKook?
— Ele saiu, realmente não sabe que vim. Espero que não descubra. — Riu e ri sem humor algum. Ah, JungKook... onde você estava para me impedir novamente?

Comecei a dirigir ao destino antes me dado.

— Para onde vamos? — Ela sorriu.
— Verá logo! — Disse, com meus olhos na estrada. Não poderia olhar em seu rosto, ou desistiria facilmente. Meu eu ainda existia, mas ele estava bem escondido em mim.

A cada momento que deixavamos a cidade, mais rápido meu coração batia e mais fora de mim eu ficava.

Eu precisava voltar, eu não podia. Eu não podia. Mas continuei. Não eu, mas... não eu.

— Para onde vamos? — Repetiu.
— Ya, SeRi. — Ri, um tom mais confiante. — É surpresa!

— Não acha que estamos sendo seguidos? — Ela me alertou.

Logo olhei pelo retrovisor e rosnei.

Aquele carro negro esteve seguindo a SeRi por tanto tempo quanto estive perto dela.

Ela encolheu-se no banco do passageiro, mas àquele ponto eu nem importava-me mais.

Em vez de seguir a rota correta e lógica, tomei uma mão onde a estrada rapidamente tornara-se terrosa.

Estive com medo.

— TaeHyung! — Ela disse.

— TaeHyung! — Senti-me ser empurrado.

Olhei para o lado, Kang SooMi me encarava, segurando meu rosto com as duas mãos.

Ela conseguira me tirar do transe antes que ficasse pior.

A encarei e perguntei-me o que ela era, como ela fez isso.

— Me diga! — Ela implorava, seu olhar que me encarava sem julgamento.

N/A: é como meu pai sempre diz: é agora que o tirinete vai começar. (Não me perguntem o que significa isso pq eu nao sei, só notei que ele usa quando a coisa ta pegando fogo)

Se estiverem gostando (e espero que estejam) COMENTEM BASTANTE E DEEM MUITAS ESTRELINHAS!

Obrigada por tudo, genteney!

Stigma // *• KTH •*Onde histórias criam vida. Descubra agora