At 10 Then

2.2K 326 23
                                    

Sentei-me no banco de trás do carro, com sua cabeça em meu colo.

Acariciando seus cabelos, as luzes dos postes passeando por seu rosto.

Ao chegarmos no hotel, recusei a ajuda do HyungSik, que não insistiu em levar o TaeHyung ao seu quarto.

TaeHyung já estava parcialmente consciente, porém ainda era muito difícil carregá-lo até sua cobertura. Mas consegui.

Ao chegar lá, retirei seus sapatos e sua jaqueta.

O deitei confortavelmente na cama e sentei-me ao seu lado.

— Talvez eu esteja completamente errada sobre você. — Falei baixo.

Ele dormia perfeitamente bem, como se nada fosse perturbar seu sono.

— Você foi tão gentil comigo. — Continuei. — E tudo que fiz foi associar isso a algo inexistente. Mas talvez ambas associações, sobre você ser gentil apenas para conseguir um pouco de sexo ou sobre você realmente ser gentil, estejam erradas. — Ri pelo nariz e suspirei. — Eu já nem mesmo sei quem você é.

O encarei.

Seu semblante despreocupado.

Imaginei que o que deveria acontecer não tenha acontecido. Ou a garota chegou tarde demais e já havia acontecido havia um tempo.

Praguejei e repreendi-me.

Você está apaixonada por ele, HyungSik disse.

TaeHyung não lembrava muito sobre aquela noite, e eu não ousei lembra-lo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.






TaeHyung não lembrava muito sobre aquela noite, e eu não ousei lembra-lo.

Nós três voltávamos para Seoul juntos, porém eu não direcionava minhas palavras ao HyungSik desde aquela noite. E talvez o TaeHyung pensasse que eu e ele ficamos juntos naquele dia, por isso não ousava interferir naquele clima pesado que nos rondava.

Ainda no aeroporto, HyungSik nos ofereceu um café.

Sentamos juntos na mesa, mas logo TaeHyung levantou-se.

— Preciso ir ao banheiro, volto num instante. — Esperei alguma piada do HyungSik, assim como o TaeHyung, mas ele apenas assentiu.
— Me desculpe. — HyungSik disse, assim que TaeHyung nos deu as costas.
— Como? — O encarei.
— Sei que fui um idiota por ter dito aquelas coisas naquela noite. — Começou. — Venho errando com o TaeHyung desde o dia em que nos conhecemos, mas ele continua a ser meu amigo. Quase que... meu único amigo. E eu não quero que ele se envolva com... — Ele deu uma pausa.
— Alguém como eu? — Deduzi. Ri pelo nariz. — Eu tambem não.

Eu sabia bem o que Park HyungSik quis dizer com eu ser a razão da sanidade dele.

Era como se ele estivesse preso numa caixa fechada, onde tudo era escuro e nada além disso existia. Então eu seria uma luz para ele, e só existe essa luz e ela iria clarear seus caminhos. Era assim que ele me via.

Stigma // *• KTH •*Onde histórias criam vida. Descubra agora