Reencontro

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                            Capítulo 3
20 de Novembro
*Luiz Lagne

Ren saiu sem mim, não quis me acordar. Visto minha roupa, e a cada movimento com as pernas que faço sinto um pequeno incômodo lá embaixo. Não está tão ruim assim eu acho. Está um pouco frio hoje, vou ate a beirada da caverna e olho adiante. Aquelas criaturas estão muito perto da praia, olho toda a extensão e percebo que eles deixaram uma falha. É uma oportunidade para passarmos até o lado sul. Espero que eles não a preencham antes de Ren chegar.
Penso nos meus amigos, espero que eles estejam vivos e bem. Quero dizer, são dois vampiros super habilidosos e um anjo com grandes poderes. Não creio que eles tenham morrido, na verdade prefiro só pensar que eles estejam vivos e bem. Devo minha vida a eles, o que fizeram por mim, sou o que sou hoje por causa deles, e não me arrependo.
Ouço o som de movimentos, olho para baixo e vejo Ren lá embaixo. Não sei por que ele usa essa capa preta, nem faz muito sol na ilha. Mas fica bem nele, eu admito. Ele sobe, já estou sentado perto da entrada da caverna, ele vem até mim e senta atrás de mim. Ele passa suas mãos para a frente de meu corpo com um cordão feito de sementes secas e pequenas conchas azuladas. Ele coloca e me abraça, tento me soltar mas é em vão.
- Está tudo bem com você? Com seu corpo? – Pergunta ele.
- Cara, não faça perguntas desde tipo. São constrangedoras. – Digo corando. É vergonhoso. – E doeu demais, seu idiota.
- Qual é. – Ele rir. – Só fez cara  de dor no começo, o resto da noite você só fazia gemer.
- Não transamos a noite toda. – Digo. – E não fica falando essas coisas.
Ele dá uma pequena risada e me abraça.
- Mas você não me respondeu. Tudo bem com seu corpo?
- Está, está. Não fica perguntando isso também.
- Desculpa. Só quis ser atencioso. – Diz ele. Respiro fundo, não preciso dessa preocupação.
- Tudo bem, com meu corpo. Estou apenas com um pequeno incômodo. – Fecho meus punhos.
Dou uma cotovelada nele. Ouço o som de suas tossidas, deve estar doendo muito. É reconfortante.
- Ren. Tem uma falha ali, que as criaturas deixaram. – Digo. – Acho que devemos tentar, pelo que estou vendo ainda demorará muito até eles voltarem para o oceano.
- Não. – Que seco.
- Porque não?
Ele me abraça com força e não consigo me soltar. Ele beija meu pescoço e encosta seu rosto no meu.
- Porque quero ficar um tempo mais com você. – Ele me aperta mais. – Gosto de estar ao seu lado. Você sabe, eu me apaixonei por você. 
- Temos que ir para casa. – Digo um pouco vermelho.
- Diz que ama. – Ele está me ignorando.
- Está ouvindo que estou falando? – Pergunto.
- Só diz.
- Eu não posso, eu te disse. Não sei ao certo o que sinto por você. – Digo. Ele me solta, espero não o ter magoado.
- Desculpa, pelo chupão no seu pescoço. – Ele é realmente irritante.
- Não está magoado pelo que eu disse?
- Não. Não posso te forçar a me amar, mas posso fazer com que me ame. Então vamos ficar mais alguns meses até que declare seu amor por mim. – Que cara confiante.
- Não quero morrer nessa ilha. – Digo. – Você pode fazer isso em casa.
- Está me chamando para sua casa?
- Não foi o que quis dizer.
Ele segura às minhas mãos e fica em cima de mim. Ele sorrir enquanto me olha nos olhos, desvio o olhar. Sua boca vai até meu ouvido.
- Não se preocupa. Vou tirar a gente daqui inteiros.
Ele vira meu rosto e me beija lentamente. Seu beijo é bom.

*Natso
- Como está sua asa? – Pergunta Junior.
- Um pouco melhor. Logo vai estar bem de novo. – Respondo.
- Se Luiz tivesse aqui teria curado você rapidamente. Aonde será que ele está?
- Vai saber. Em algum lugar nos procurando. – Digo.
- Como tem certeza?
- Ele é o mais forte de nós, e tenho certeza de que ele não ficaria sentado esperando a gente encontra-lo. – Acredito nisso.
- Pode ter razão. – Junior levanta. – Temos que ir. Vamos seguir o plano e voltar para onde deixamos a barraca. Luiz deve estar por lá.
- É. Mas temos que tomar cuidado com aquelas coisas, quase morremos quando tentamos passar para o outro lado. Tivemos sorte por termos sido perseguidos por um caminho em que não tinha uma daquelas coisas.
- Então o que faremos? Se encontrarmos um daquele de novo... Seu poder ocular não teve efeito e sua peculiaridade não causou nenhum dano. – Junior respira fundo. – O que dois vampiros mercenários podem fazer contra aquilo?
- Não se preocupe, se dermos de cara com algum, apenas fujam. – Digo. -Tenho que encontrar Luiz custe o que custar.
- Vai com calma cara, não vá fazer nenhuma besteira que ponha sua vida em risco. – Junior está certo, mas tenho que tentar.
Depois de alguns minutos estamos prontos para tentar. Minha asa já está curada, não disse a Junior porque assim ele vai ficar cuidadoso comigo para eu não me esforçar, ele é um bom amigo. Corremos com tudo, apenas trouxemos nossas armas, escondemos os mantimentos. Se conseguirmos passar, venho pegar voando. Mas há predadores até no ar, coisas semelhantes a dragões, só que menores. Começo a ouvir o som das criaturas, rosnados, sons agudos e graves. Estamos muito perto. Diminuímos a velocidade e observamos ao redor. Já estamos entre eles, já sabem que estamos aqui, ficou silêncio de repente. O plano é perfurar seus olhos e não tentar derruba-los. Confio nos dois para isso. Paramos de correr e vamos andando, estamos atentos, os ataques podem vim de qualquer lado. Essas criaturas tem muitos chifres na cabeça e varia para cada animal, seu corpo é composto por uma carapaça muito resistente. As únicas partes vulneráveis são as juntas dos joelhos, olhos e no meio do pescoço. Ou seja, esses animais são quase invencíveis.
Movimentos calculados começam, incrível como eles são inteligentes. Um passo firme e começa. Um enorme sai do meio da floresta vindo direto até nós. Pulamos para desviar e ele passa direto. Outros dois saem na direção de Ray e Junior, invoco minha espada e tento atacar um deles, mas é em vão. Mas os dois pulam em cima da criatura e executam o plano de perfurar os olhos. O monstro geme de dor, um grito agonizante. De repente todos os outros começam a se mover, ferrou!
- Vocês dois. Fujam! – Grito.
Eles confirmam e pulam da criatura correndo rápido. Abro minhas asas e voo desviando das árvores. Uma das criaturas está na cola deles. Ativo minha peculiaridade e lanço lava a frente da criatura. Mas ele passa sem sentir o calor. Voo a sua frente e lanço lava diretamente na sua cara a fazendo desviar e bater em uma árvore. Outro pula por cima desse e chega mais perto, os dois não vão conseguir correr por mais tempo. Continuo a lançar lava, mas esse é forte e os chifres estão protegendo seus olhos. Voo mais á frente e pego minha espada, vou ter que usar. Focalizo toda minha força e acerto a criatura na cabeça, a minha espada consegue romper a carapaça e a criatura morre.
Droga! Ouço um grande barulho, o que fiz bater na árvore está vindo muito rápido, vou ter que desviar. Não vou conseguir voar a tempo. Coloco minha espada na costa e me preparo. No momento certo me abaixarei e ele passará por cima de mim sem me pisar. Mas um grande jato de fogo passa por cima de mim e atinge a criatura que corre de cabeça baixa, assim eu vou morrer, vários picos de gelo saem da terra, picos afiados. A criatura bate com tudo nos picos e apenas ouço o grito de dor, o gelo é pintado de vermelho.
- Não fique aí Natso. Estão vindo mais. – É Luiz.
Abro minhas asas e o sigo. Fogo continua a ser lançado e picos de gelo continuam a sair da terra matando mais, nunca tinha visto gelo e fogo trabalharem tão bem. Em pouco tempo eles conseguem fazer as criaturas pararem. Corremos mais um pouco e então paramos. Luiz fica em pé, mas ele tomba, vou correr para pega-lo, mas Ren faz isso. Ele o coloca nas costas e o segura firme demais, ele poderia não ter feito isso.
- Estou tão feliz que está vivo. – Diz Ray abraçando Luiz nas costas de Ren.
- Estou contente que estejam também. – Ele parece muito fraco.
Vejo, mesmo que tenha sido por alguns momentos, Ren entrelaçando suas mãos com as de Luiz que rejeita, mas nada me da mais raiva do que ele estar conformado nas costas de outro homem.
- Vamos, temos que nos abrigar. – Diz Ren. – Eles fizeram muito barulho, atraíram outras coisas para cá.
Ren começa a correr e Luiz segura no seu pescoço. Junior e Ray também perceberam que... o que está acontecendo aqui? Seguimos eles, vou voando os observando de cima, de hora em hora Ren coloca as mãos na bunda de Luiz e o levanta mais, e Luiz parece não se importar com isso. Ren não deveria ter feito isso.
Eles nos leva até o lugar em que estão abrigados. É uma caverna um pouco espaçosa, há dois colchonetes ao redor das cinzas de uma fogueira, mas apenas um está desarrumado. Ren vai até esse e coloca Luiz, nos aproximamos e ficamos todos ao seu redor. Ren se afasta e fica sentado na beirada da caverna.
- Vocês estão bem acabados. – Ele rir forçadamente. 
- Não posso falar o mesmo de você, parece que chegou hoje nessa ilha. – Diz Ray.
- É verdade.- Diz Junior.
- Tem um lago aqui perto, tomava banho lá. – Diz ele.
Ray e Junior se olham e se afastam. Pego na mão de Luiz e o olho. Ele retribui o olhar, ele aparenta estar bem fraco.
- Estava preocupado. – Digo. – Estou feliz que esteja vivo.
- Fiquei aliviado. Mas tinha a certeza que estariam bem. – Diz ele. – Temos que ir para casa.
- Sim. Eu farei o teleporte. – Digo. – Está fraco, eu posso. 
- Estou com fome, vocês ficaram com a maioria dos suprimentos. Ainda tem alguma coisa? – Ele não deve ter comido nada decente esse tempo todo.
- Sim. Guardamos para o caso de encontrarmos aquelas coisas no caminho. Mas já que Ray e Junior estão seguros aqui, posso ir lá pegar. – Digo. – Parece que os predadores aéreos resolveram não voar hoje.
- Tem certeza, parece perigoso demais. – Diz ele.
- Não se preocupe. Eu vou ficar bem. Vou lá.
- Toma cuidado.
Corro para fora da caverna e pulo. Abro minhas asas e voo em direção para o local em que guardei nossos suprimentos. Estou contente, parece tudo ter sido fruto da minha imaginação, Luiz e Ren não estão tão próximos com o pensei. É um alívio.



*Luiz Lagne
Natso vai pegar os suprimentos. Não queria que ele fosse, mas ele insistiu, estou fraco e não consigo discutir. Ray e Junior estão encostados na parede da caverna, talvez estejam muito cansados. Ren se aproxima e senta do meu lado, ele acende a fogueira, a pressão caiu de repente. Irá chover em breve, tomara Natso chegar logo.
- Parece que não vou ficar mais um tempo com você aqui. – Ele pega a minha mão. – É triste não é?
- Não seja bobo. – Digo.
Ele faz uma cara de surpresa e coloca a mão no ouvido.
- Pode repetir a frase por favor?
- Não seja idiota.
- Acho que alterou alguma coisa aí. – Ele sorrir. – Promete uma coisa para mim?
- O que?
- Que não vai me esquecer quando voltarmos. Sabe, eu ainda tenho que fazer você me amar.
- Eu...eu...eu prometo. – Digo finalmente. – E tenta não invadir muito a minha privacidade, eu gosto de ficar sozinho muitas vezes.
- Ainda temos que ver essas coisas, eu não gosto de ficar sozinho muitas vezes.
- Que cara carente. – Digo. Fecho meus olhos.
- Descansa. Vamos embora logo.
       Recebo um beijo na testa. Ren é irritante e carinho demais. Ouço um som e abro os olhos, Natso acabou de chegar. Ele está com um olhar um pouco estranho, parece estressado, será que ele viu Ren beijando minha testa? Não quero magoa-lo, até porque, eu ainda sinto muita coisa por Natso, o sentimento ainda é muito forte. Confesso, algo mudou em relação ao Ren, cresceu algo aqui dentro depois de ter passado esse tempo com ele, eu estou gostando dele também. Não posso amar dois caras ao mesmo tempo, arrr, isso não vai dar certo. Ele não vem até mim, fica sentado com Ray e Junior, Ren também voltou para onde estava. Que ótimo, agora estou sem sono e sem ninguém para conversar.
Fecho os olhos, uma brisa leve bate na caverna, tremo um pouco, é uma brisa fria. Queria pedir para Ren acender a fogueira, mas isso poderia fazer Natso ficar bem mal comigo, também posso pedir para Natso, o que causaria uma reação que pode ser inédita para mim. Aff! Isso é muito estranho, mas não quero ficar com frio. Me sento de repente e todos me olham assustados.
- Será que... algum de vocês, é... alguém pode acender a fogueira? – Pergunto.
Ouço o barulho  de fogo e quando olho para a fogueira ela está acessa, Ren fez isso. Ele está olhando para fora, por que ele não se mistura? No momento em que vou voltar para deitar, ouço um grande rosnado, e em seguida um grande bater de asas. Levanto do colchonete e corro até a beira da caverna. Meus olhos ficam admirados quando um enorme pássaro passa perto da caverna, suas asas são cobertas de penas esverdeadas, tem um pescoço longo e suas patas estão na ponta de cada asa, atrás do maior vários outros menores o seguem. Eles sobem em diagonal seguindo para o céu, sumindo nas nuvens.
- Que massa. – Diz Junior.
- Muito legal. – Digo.
- É. – Junior concorda.
Natso levanta de repente e nos olha atentamente.
- Já está na hora de irmos, não sabemos o que pode estar acontecendo em Geórgia. – Ele tem razão.
Nos reunimos em um círculo e pegamos nas mãos um dos outros. Ren fica a direita e Natso a esquerda. É inevitável não olhar para a cara de Ray e Junior, que estão com alguma ideia idiota na cabeça, o que não devem estar pensando? Não culpo eles, se fosse eu no lugar deles, eu pensaria a mesma coisa, ou pior.
- Vamos. – Diz Natso.
Fecho meus olhos e quando abro estou em casa. É bom estar em casa, tento levantar, mas estou sem força. A magia negra dentro de mim está sugando toda a minha energia, quando forcei meu corpo para usar meu poderes de gelo, levei tudo ao extremo. Estou começando a sofrer os efeitos colaterais daquilo. Levanto meio bambo e quando vou tentar andar, acabo vacilando e quase caio mas Ren não deixa.
- Seu quarto é lá em cima? – Pergunta ele.
- É.
Ele me coloca na frente de seu corpo e sobe as escadas. Meus olhos vacilam em ficar abertos e sem querer encosto meu rosto no peito de Ren. Não conseguir olhar para ele lá embaixo, eu estou muito constrangido com isso, e também porque não queria encarar qualquer que fosse a expressão de Natso, acho que magoei ele, não, é certeza. Se ele gosta de mim como Ray e Junior disseram, ele deve estar muito triste com isso, na ilha ele demonstrou um pouco.
- Qual o seu quarto? – Ele olha a frente.
- É o próximo. – Digo.
Ele abre a porta e não me coloca na cama. Mas sim dentro da banheira, ele liga a água quente e a banheira começa a encher. Ele tira a minha camisa e minha calça me deixando apenas de cueca. Encosto a minha cabeça na beirada da banheira e o olho.
- Porque está fazendo isso? – Pergunto.
- Você está precisando de um banho. – Diz ele.
- Mas por que está me ajudando?
- Ora, porque eu te amo. Eu te disse.
- Você nem me conhece direito para me amar. – Digo. Olho para o teto. – Pode está tendo uma ideia errada de mim.
- Dane-se, eu ainda vou amar você. – Diz ele.
A banheira enche e ele desliga. Ele se aproxima de mim e me beija na testa. Ele levanta.
- Tomo um banho, vou ter que ir pra casa. Voltarei em breve, trarei uma coisa que ajudará você a melhorar. – Diz ele. – Até.
- Obrigado.
Ele sai do banheiro, segundos depois ouço o barulho de porta abrir e fechar. Me agindo mais na banheira, eu estava mesmo precisando de um banho quente. Fecho meus olhos e relaxo. Ren, será que ele é o cara certo, esse amor é tão precoce. Será amor a primeira vista? Não acredito muito nisso, mas passamos muito tempo juntos, não vou mentir para mim mesmo, eu também sentir alguma coisa por ele lá, sinto. Mas não sei se pode ser chamado de amor. Esse cara veio para tornar minha vida mais complicada, e como fica o Natso, eu ainda tenho certeza de que amo aquele cara. Mas... sinto que estou ficando dividido, não posso, não posso. Amar dois caras, seria estranho demais.
Ouço a porta ser aberta e mergulho mais. A porta do banheiro se abre e Natso aparece, levanto um pouco, é ele. Ele se aproxima e se ajoelha ao lado da banheira colocando sua mão esquerda na beirada olhando para baixo antes de me olhar direito. Até nesse momento não posso deixar de notar a semelhança dele com Ren. Não é a cor do cabelo, Natso tem cabelo claros e Ren tem cabelos negros. Natso possui olhos avermelhados provenientes de seu poder ocular, assim como Ren. Os lábios também se parecem, apesar de Natso parecer mais carnudo, talvez a mesa altura. Os rostos são semelhantes demais. Ele respira fundo.
- Está tudo bem? – Pergunta ele.
- Sim, só estou um pouco cansado. – Digo. – E você, deve estar exausto por causa da viagem.
- Nem tanto, a volta é sempre mais fácil. – Diz ele. Ele está querendo olhar nos meus olhos, mas não consegue, assim como eu.
- Algum problema? – Pergunto.
Ele hesita um pouco e então coloca o queixo na borda da banheira de olhos fechados.
- Você e o Ren...
- O que tem?
- Estão juntos?. – Ele aperta os olhos.
- Ele só me ajudou lá, se não fosse por ele eu estaria morto. – Digo. – Devo a ele.
Ele levanta com força colocando a mão na cabeça e forçando um sorriso. Ele me olha, mas parece que não me enxerga, ou não quer.
- Agora que você está com outra pessoa já é tarde demais, mas vou falar assim mesmo. – Ele dá algumas risadas desesperadas. – É Luiz, eu te amo cara, tanto que não vou me meter na sua vida pessoal, vou apenas ser o que devo ser. Vou deixar você tomar seu banho. Até.
Antes de ele ir embora seguro na sua mão e aperto. Não, eu não posso deixar Natso sofrer assim, eu também amo ele, não posso deixa-lo ir se é o que eu queria desde o começo, queria que ele me amasse, esse é o momento que eu mais esperei depois de ter me apaixonado por ele, cara, o que eu estava pensando, eu sou mesmo um idiota.
- Eu...eu, também te amo. Não vá. – Digo.
Ele se vira e me surpreendendo quando ele pula dentro da banheira e me abraça tão apertado, como se fosse o último da sua vida. Retribuo devagar e fecho os olhos para aproveitar, como é bom. Ele me solta e coloca as mãos no meu rosto e me beija, sua língua explora cada canto da minha boca enquanto suas mãos percorrem outros limites. Ele coloco a mão dentro de minha cueca e tentar colocar seu dedo mas recuo fazendo um som estranho. Droga! Ainda está um pouco dolorido. Ele me olha com seu olhar vazio e fica parado. Não consigo falar nada, não tenho como explicar isso. Parece que ele volta a si e então me puxa para um abraço.
- Não importa, não importa. Não importa se você transou com ele, ou fez outras coisas. Você é meu agora, nada muda isso. – Que cara...
***
Ele suga mais forte agora e quase não consigo conter meu gemido. Não há ninguém em casa, mas existem vizinhos fofoqueiros. Ele aperta minhas coxas muito forte e empurra minhas pernas para cima e lambe outros lugares me fazendo delirar. Recuo um pouco ficando quase sentado, ele tira meu membro da sua boca e vem até mim me beijar, sua boca está um pouco pegajosa. É nojento. Ele fica de joelhos abertos e lambe meu corpo e me puxa mais para baixo. Ele vem até meu ouvido.
- Nunca pensei que seria tão gostoso chupar você, quase não queria parar. – Diz ele.
Empurro seu rosto para lado, isso é constrangedor demais. Essas coisas.
- Não fica falando, é constrangedor. – Digo.
Ele massageia minha área e reviro os olhos, ele faz sons estranhos. Apenas fico de olhos fechados. Ele me puxa mais para baixo e seu membro encosta em mim. Está tudo tão melado. Ele empurra e coloco a mão na boca, isso está doendo demais. Entra tudo e ele vem me beijar, tento o empurrar, mas já é tarde demais.
- Está doendo, muito. – Digo.
- Desculpa. Não posso parar e agora. – Diz ele.
Ele estoca fundo fazendo meus quadris levantarem as vezes, não consigo fazer nada. Apenas arfar com cada estocada, nunca pensei que Natso fosse tão agressivo assim. Pego em seu pescoço e trago para perto e mordo seu ombro, ele geme de dor mas não me tira.
- Eu vou precisar, para mim curar. – Digo.
- Tudo bem. Já está vindo.
Ele estoca mais rápido e me beija mesmo minha boca suja de seu sangue. Ele aperta meus braços e da uma última estocada levanto meus quadris o quanto pode e gemendo enquanto me beija. Depois de alguns segundos nessa posição ele volta a posição inicial e sinto aquilo escorrer. O que é muito nojento. Ele se mexe e sinto algo grudento na minha barriga, droga, gozei que nem percebi.
- Desculpa pelas marcas no seu braço, mas Ren também deixou algumas no seu corpo. – Diz ele. – Você é muito gostoso.
Uso o sangue que tomei dele para me curar, quero poder sentar amanhã. Estou tão cansado, que acabo dormindo ali mesmo, com Natso em cima de mim todo sujo. Sinceramente, Ren é muito mais romântico e preocupado com meu corpo, esse idiota do Natso, é bom, mas também doloroso demais. Os dois são tão bon

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⏰ Última atualização: Feb 02, 2018 ⏰

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