~ Adam ~
Não tinha dúvidas que aquela barreira de fogo era a Meg.
Sentia a presença dela em cada chama que se erguia no meio da província. Era reconfortante encarar e tocar aquelas chamas. Só que ao mesmo tempo também era inquietante. Será que a nossa sina seria sempre essa: Tão perto, mas tão longe.
Nem pelo subterrâneo, nem pelos céus, não tinha como adentrar aquilo pelo lado de fora. Eu já conhecia aquela barreira, apenas quem estava dentro dela poderia sair. Ela teve que se assegurar que ninguém a atrapalharia ali.
A confusão de gente se aproximando e observando a barreira é grande, o fluxo de pessoas indo e vindo é bem grande, mas mesmo assim eu consigo ver um movimento pra lá de anormal não muito longe dali.
Aviso para Martin, que estava ao meu lado, o que eu tinha visto e nem espero por uma resposta dele, já vou me aproximando do indivíduo para não o perder de vista. Ele percebe a minha aproximação tarde demais e eu não poupo força ao arrastá-lo para longe da multidão de de possíveis olhos curiosos.
Não sou uma pessoa delicada no momento. Os socos misturados ao meu domínio fazem um bom estrago ao rosto e corpo do homem enquanto eu o questionava. Nem sei se poderíamos chamar aquilo de questionamento. Cada segundo para mim era crucial e o homem estava sorrindo ao ver o quão perturbado eu estava.
Tobias e seus homens eram a pior raça.
A raiva dominou cada parte do meu ser, e nem sei quando foi que eu nem me importava mais com a resposta dele, eu só precisava de alguém para descarregar tudo aquilo que estava aprisionado no meu peito.
Senti a mão de Oliver no meu ombro e aquilo serviu para que eu parasse, mas não serviu para me acalmar. Me afasto dali e me encolho no chão, escondendo a minha cabeça entre os joelhos e respirando fundo diversas vezes.
Sei que ultrapassei os limites do aceitável ao tentar retirar informações daquele homem, mas estávamos perto, muito perto. Não era justo batermos de cara numa parede sempre que nos aproximamos assim.
Quando você está dominado pela frustração, todos os outros sentimentos se aproveitam para tirar o melhor da gente.
Estava mais calmo agora, e quando eu levanto, vejo que Edith e Martin se aproximam de mim. Eles trocam um olhar que não quis pensar muita a fundo no significado por trás. Solto um suspiro baixo, não querendo deixar aquilo ruim se apoderar novamente.
— Conseguimos a informação que precisávamos. Vamos? — Edith informa sem rodeios e eu apenas confirmo com a cabeça e os sigo sem questionar mais nada.
Caminhamos em silêncio, seguidos por diversas pessoas. Os caminhos iam se ramificando de vez em quando e nos dividíamos como dava para poder acompanhar. Estávamos eu, Edith e Martin num caminho, quando encontramos uma ramificação.
Edith se oferece para ir comigo e eu aceito. Vamos no caminho em silêncio. Eu vejo no seu semblante que algumas vezes ela quer puxar uma conversa, mas acaba deixando para lá.
Não muito na frente, os dois caminho voltam a convergir, nos fazendo reencontrar com o Martin.
— O rastro dela se divide aqui mais uma vez... — Martin diz preocupado olhando para as marcas que ela tinha deixado abaixo da terra.
— Então vamos ter que nos dividir também... — digo querendo que nos movêssemos mais rápido.
— Vou continuar seguindo esse rastro e você vai por esse, certo?
— Tudo bem — pego no rastro que levava a uma direção diferente que a do Martin e começo a me mover.
— Eu vou com o Martin dessa vez Adam — Edith diz e então passa a acompanhar o guardião com o semblante preocupado.
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O Décimo Domínio
Fantasy| HISTÓRIA CONCLUÍDA | TRILOGIA DOMÍNIOS | LIVRO 03 Caso você não estiver lendo essa história pelo Wattpad, seu dispositivo pode estar em risco. Convido você a conferir a história no meu perfil oficial do Wattpad. É grátis e você me ajuda ♥ o link p...