O Décimo Domínio

Capítulo 23 - Vingança...?!

~Megan~

Tanto que eu o procurei, e ali estava.

O governador da província do ar, dando o ar de sua desgraça. Minhas mãos fervilham. Esse é o momento para que eu tanto esperei. Respiro fundo para me acalmar, já que não quero agir de qualquer forma e perder essa oportunidade.

— Sabia que você deveria ser a responsável pelos meus problemas... — Tobias diz com desgosto e parece calmo até demais. Minhas mãos já estão reunindo toda a água que consigo.

— Veio para acertar as contas depois de juntar os cacos que eu espalhei? — digo, querendo apertar alguns botões dele. Quem sabe ele tome o primeiro passo que levará a ruína.

— Não se superestime querida Megan. Isso não combina com você. O que eu faço ou deixo de fazer não gira ao seu redor querida. Admito que você é uma pedra bem maior do que eu esperaria que fosse, mas é apenas isso que você é, um obstáculo que sei como contornar.

— Sabe tanto que está me evitando há tanto tempo que eu estava quase esquecendo como é o seu rosto!

— Saudades Megan? — Tobias abre um sorriso lento e eu afundo as unhas na palma da mão para me acalmar.

— Você não vai sair daqui com o que quer Tobias... — digo erguendo as mãos e junto delas, várias lanças de gelo começam a se formar atrás de mim.

— Sempre na base da força, nunca da conversa... — Tobias parece até desapontado. Ele solta um suspiro alto não vejo, mas escuto seus dedos estalarem.

Então fendas começam a se abrir pelo jardim, próximas a ele, e de lá, diversos guerreiros começam a sair, com armas em mãos, e prontos para nos atacar.

Droga!

Começo a disparar as lanças nas direções dos guerreiros e Adam começa a tentar fechar as fendas com seus domínios. Mas eles estão em maior quantidade. Os alarmes já estavam tocando a um bom tempo, mas até agora não tinha chegado ninguém para ajudar ou ver o que está acontecendo.

Adam começa a voar e me dá apoio aéreo com bolas de fogo enquanto eu retardo os avanços deles com gelo e terra.

Mesmo com o caos me rodeando, não me atrevo a desviar minha atenção totalmente do Tobias. Ele está com uma das mãos plantadas no chão e seus olhos estão fechados, sua boca se mexendo com palavras que com o barulho ao redor não consigo compreender.

Os guerreiros não conseguem passar por nossas barreiras e forças, mas também não sobrava muito em mim para poder ir atrás do Tobias.

A terra começa a se elevar, revelando grandes redomas de barro se espalhando por todo o jardim que agora é quase um campo de batalha. A terra rompe, e de lá, começam a sair soldados, só que esses do nosso lado.

Laura vem voando não muito depois, aterrizando próximo a mim.

— Desculpe a demora, e obrigada pelo tempo que vocês nos deram. Agora, pode deixar conosco! — ela diz confiante e armas começam a descer dos céus, equipando ainda mais os soldados que saíram da terra.

— Então vou direto ao que me interessa... — digo confiante e aponto para o governador do Ar. Laura apenas acena e começo a correr.

Tobias não demora a perceber que estou indo na sua direção e de suas costas retira duas espadas negras de metal. Seus pés não tocam o chão e ele está paciente e atento a cada movimento meu.

Sem ter acesso a metal, acabo criando espadas de gelo e terra. Sei bem que elas não serão tão resistentes quanto as do Tobias, mas posso criar mais delas sempre que precisar... Então é colocar o máximo esforço nessa primeira e ver até onde elas vão aguentar.