DELEGADO AVILAR - Trilogia Homens da Lei 1 (DEGUSTAÇÃO)

Prólogo

Como eu disse o prólogo e o capítulo 1 é onde está a maior mudança, a partir do 2 já vão sentir dentro do livro antigo. Mas a história sendo contada de um ângulo diferente, lindo e emocionante! 🙈❤

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Ricardo.

Três anos antes

Florianópolis - Santa Catarina

- E aí gatinha, vem muito aqui?

Joguei todo o meu charme piscando para a garota mais linda do mundo que estava bem a minha frente em meio à muvuca que era a feira livre de Santa Catarina durante o final de semana, principalmente aos sábados de manhã. Além de oferecerem as melhores verduras, legumes e peixes da cidade é o lugar ideal para encontrar produtos feitos à mão. Desde artigos em pele, crochet e gesso feito com a maior das dedicações, e ainda comidas típicas de vários lugares do Brasil. A parte que eu mais gostava eram as barracas com os melhores doces do Nordeste, minha mãe diz que sou louco por doce desde a primeira vez que coloquei na boca.

Enfim...

Voltando para a bela ruivinha de olhos azuis penetrantes a minha frente que me deixou completamente apaixonado desde o instante em que a vi, foi amor à primeira vista. Ela não diz nada, mas sei que também sente o mesmo só ainda não sabe - literalmente - como dizer. Apenas passa a mão pelos cabelos ruivos sedosos, depois morde o dedo fazendo cara de travessa.

Conquistando-me de vez.

E conseguiu! Sempre tive um fraco por ruivas, premiadas com esses lindos olhos azuis então... era a minha perdição.

Sua boca se curvou num sorriso torto, foi então que me derreti por completo. Havia uma sintonia forte entre nós, simplesmente não conseguia mais ficar longe dela. O lugar estava lotado, mas eu só tinha olhos para ela. Outras mulheres passavam por nós pela feira esbarrando em mim propositalmente se oferecendo na tentativa de tirar a minha atenção da ruivinha. Não gosto de parecer pretencioso, mas sempre fiz muito sucesso com o sexo feminino. Porém, quando gosto de alguém é para valer.

Todas as outras deixam de existir.

Estava rolando um clima bacana entre mim e ela, até a minha ruivinha resolver acabar com o nosso momento romântico gorfando no vestido rosa choque novinho que comprei no dia anterior em uma boutique infantil pagando um absurdo num pedacinho de pano.

- Sofia! De novo não, filha.

Zanguei-me com a minha filha de apenas oito meses dentro do seu carrinho me olhando com carinha de sapeca, a ruivinha mais linda do mundo e o único grande amor da minha vida. Era a terceira vez que trocava a sua roupa naquele dia pelo mesmo motivo, as peças de roupa limpa que tinha trazido na bolsa haviam acabado. Isso é o que dá deixa-la mamar quase duas mamadeiras de uma vez só antes de sair de casa. Gulosinha!

Fiz cara feia para a Sofia, mas não durou muito quando a danadinha começou a rir achando a maior graça da situação. Era esperta, sabia exatamente como me dobrar para não levar bronca toda vez que aprontava quebrando alguma coisa enquanto rastejava pela casa querendo brincar com tudo o que via pela frente. Não conhecia muitas crianças na idade dela, mas sabia que era esperta demais para a sua idade. Observei seus lábios se juntarem para me dar o golpe certeiro! Contei 1... 2... 3...

Não falei!

Abriu a mãozinha direita e levou até a boca dando um beijo na palma da mão ocasionando um estalo enorme fazendo um gesto com o braço que na minha cabeça de pai lunático acredito que sua intenção é jogar na minha direção do jeitinho que a minha prima Taize, vivia tentando ensina-la. Toda vez que ficava bravo com ela fazia a mesma coisa acompanhado de um sorriso encantador, e eu sempre caía como naquele exato momento.