DELEGADO AVILAR - Trilogia Homens da Lei 1 (DEGUSTAÇÃO)

Capítulo 2

Não resisti e acabei postando mais um capítulo, esse vai de presente para aqueles que não vão ficar em casa no Carnaval. 😂❤

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Julia Helena

Cheguei em casa mal-humorada. Quem aquele idiota pensava que era para me puxar pela cintura para aquele beco escuro daquela forma? Nunca precisei de homem nenhum para me defender dos perigos dos traficantes daqui do morro nem com nada na vida, se queria bancar o herói comigo para me impressionar tinha quebrado a cara.

Bem feito, metido a Super-man!

Mas tinha que confessar, tinha olhos azuis lindos que já vi na vida, misteriosos e penetrantes. Aliais, o seu olhar me pareceu tão familiar que não sei nem explicar. E que físico era aquele, senhor? Tinha quase dois metros de altura, braços fortes com movimentos firmes e seguro do que estava fazendo. Fiquei imaginando como seria o seu rosto sem aquela toca cobrindo-o por completo, bom, pelo menos o seu cheiro era maravilhoso. E aqueles músculos então? Aquela criatura sem roupa deveria ser uma perdição, lindo demais.

Pare com isso Julia, recomponha-se.

Homens para mim só para sexo sem compromisso, já tive prova da vida o suficiente que não nasci para essa baboseira de amor eterno e contos de fadas, no "felizes para sempre." Não tive uma boa experiência com o meu primeiro e único namorado, tinha apenas 17 anos na época e já namorávamos há um ano havia entregado a minha virgindade a ele. Quando a idiota aqui foi perguntar a ele quantos filhos gostaria de ter quando nos cassássemos, Bruno disse para descartar essa possibilidade pois nunca quis ser pai e odiava crianças. Principalmente de um filho meu. Fiquei de queixo caído com a sua revelação, nervosa obriguei que me dissesse o porquê. Ele me deu a seguinte resposta:

"Sempre invento desculpas para não te apresentar para a minha família e amigos porque tenho vergonhava de dizer que tenho uma namorada favelada, você é até bonita e bem gostosinha na cama, mas o fato de ser negra desvaloriza bastante a sua moral. Os meus pais nunca aceitariam um filho mestiço, eu não quero ter um filho mulatinho."

Lembro que isso acabou comigo na época, terminei tudo com ele na mesma hora. Foi a maior humilhação da minha vida, não aceitou muito bem o fim do namoro e me empurro no chão com tudo. A partir daí fiquei marcada de maneira que jurei para mim mesmo nunca mais me apaixonar por ninguém, desde então sigo ao lema "pegar sem me apegar", apenas para subir o meu desejo sexual. Não sou nenhuma periguete, mas também não levo jeito para santa. Nunca sonhei em casar mesmo, somente em ser mãe.

E a realização do meu sonho estava vindo nesse exato momento na minha direção em carne e osso, o rostinho cheio de sardas e cabelos ruivos longos e brilhantes.